𝐑𝐄𝐒𝐈𝐃𝐄𝐍𝐓 𝐄𝐕𝐈𝐋: O Brilho Do Caos

CAP 1

Não tinha um jeito melhor de descrever Evelyn do que como uma rebelde, ela era uma garota extremamente rebelde indo contra todos os ideais de seu pai, claro, rebeldia era típica de adolescentes eles e seus mais de mil problemas que por incrível que pareça na cabeça deles são maiores do que pagar contas ou controlar um país como era o caso de seu pai. Otto Williams, o primeiro ministro da Inglaterra. E claro além de rebelde, a menina era um gênio, seu QI raro resultou na mesma frequentando a faculdade mais cedo do que o normal.

Otto era um homem duro mas atencioso com a família, o político era conhecido como sem coração pelo povo, um homem bom para a Inglaterra mas com o coração de gelo, isso até fotografarem o mais velho com sua esposa e filhas, sendo um pai e marido bondoso e amoroso. Evelyn amava sua família, ela amava seu pai,amava sua mãe e amava suas irmãs isso era inegável...mas ela queria mudar o mundo, ela queria ser diferente, ela queria fazer as coisas do jeito dela. Por isso começou estudos sobre a subcultura gótica e o comunismo, ato esse que trouxe fúria ao seu pai, é claro que um homem com uma posição altamente capitalista e ainda por cima velho, iria ver isso como uma afronta e vergonha apesar dos conselhos de sua adorável esposa, Madeline.

- Essa garota vai me fazer perder a cabeça Madeline ! - Otto esbravejou em quanto a esposa fazia massagem em seus ombros largos e tensos. - Ah querido, é só uma fase você vai ver e outra, Evelyn é uma mulher livre ! Pode escolher o caminho que quiser.

- Comunismo de Karl Marx, Madie! Foi isso que encontrei na prateleira dela. Já imaginou se a imprensa vaza isso?! " A filha do primeiro ministro, comunista" aí meu deus que horror!

O desabafo do marido fez Madeline dar uma risada, uma risada gostosa e linda de ouvir, os belos dentes brancos amostra e ela batendo palmas. - Meu amor, é só uma opinião política, veja, Evelyn não vai se reunir com pessoas e começar uma revolução na Inglaterra, esse é só o jeitinho dela.

- Cristo, por que os primogênitos são sempre os mais complicados?!

Evelyn era intensa, como um corsel preto indomável, como a brasa do fogo, aquela ruiva era simplesmente impossível de se lidar e ninguém nunca sabia o que ela queria ou que ela iria fazer...ela era, imprevisível. E seus olhos, suas belas orbes verdes prendiam qualquer um, " ela tinha olhos de cigana oblíqua e dissimulada"

( . . . )

Era seu aniversário de 17 anos, a menina acordou com a mãe entrando em seu quarto junto a suas irmãs cantando a famosa canção " Parabéns pra você " e no final dela, Madeline colocou a bandeja com o bolo nas mãos da filha e acariciou seus fios. - Faz um pedido pequena... - Evelyn pensou e então imaginou um mundo de possibilidades, mas seu desejo era um único...ela queria curar o mundo... Curar as doenças dele, ajudar a população, era isso que Evelyn queria. A garota fechou os olhos e assoprou as velas com o número "17" no topo do bolo recebendo aplausos de sua mãe e irmãs.

- Eu e suas irmãs vamos fazer uma pequena visita ao laboratório mas já voltamos tudo bem ?

- Sim mamãe! Estarei dando uma volta pelo Hyde Park em quanto isso. - Madeline afirmou com a cabeça e saiu do quarto com as menores, deixando a filha desfrutar um pouco de seu bolo de aniversário.

A ruiva andava de forma lenta pelo parque, era bem famoso em Londres e um lugar sereno,famílias fazendo piqueniques, mães passeando com seus filhos no berço, senhoras de idade fazendo caminhada ou apenas alimentando os pombos do local. Parecia um dia como qualquer outro para a pequena mas mal ela sabia que seus 17 anos ficariam marcados pela maior tragédia de sua vida.

( . . . )

Os gritos de Evelyn desesperados era ouvidos por todo o quarteirão em quanto seu pai a agarrava impedindo ela de entrar na construção em chamas. - MAMÃE! - A garota esperneava e caia no chão, seu pai tão arrasado quanto , o laboratório de Madeline havia explodido, obra de mãos humanas mas ninguém descobriu quem fez aquilo. A explosão matou sua mãe e suas irmãs , as únicas vítimas do atentado por estarem próximas ao local onde ocorreu exatamente a explosão.