𝐑𝐄𝐒𝐈𝐃𝐄𝐍𝐓 𝐄𝐕𝐈𝐋: O Brilho Do Caos

CAP 7

Sua respiração estava pesada, seu coração parecia que poderia explodir a qualquer momento, sua garganta estava seca e suas mãos e pernas completamente trêmulas. O caos havia se instaurado na cidade de Raccoon City, unidades da UBCS se espalhavam pela cidade e uma delas interditava o hospital por completo resultando em mais desespero de Evelyn a fazendo correr até um dos agentes da unidade.

- Espere!! Meus avós! Meus avós estão em casa ainda! - Ela gritou de forma desesperada, várias coisas se passavam na cabeça de Evelyn naquele momento, se seus avós estavam bem, se conseguiram escapar da cidade , se Jill ou Brad já estavam a sua procura. A garota estava tendo uma crise de pânico. - Ninguém aqui vai sair até segunda ordem! Sugiro que volte para dentro, doutora.

O soldado falou de forma bruta para a ruiva que logo foi arrastada para dentro do hospital novamente por seus colegas de trabalho. - O que é que tá acontecendo?? O que são aquelas coisas ?? - Florence perguntava com a voz e mãos trêmulas e era perceptível algumas lágrimas de desespero em seus olhos castanhos. Evelyn sabia bem o que aquilo significava, não precisou de muito para a chave em sua cabeça girar e ela perceber que tudo aquilo era obra da Umbrella e aparentemente aquele pesadelo havia apenas começado.

( . . . )

Os serviços do hospital foram cessados, ninguém entrava ou saia, muitos pacientes acabaram morrendo naquelas poucas horas de caos e a luz havia sido cortada em algumas partes do hospital o que impossibilitava a realização de cirurgias no local fora o terror que médicos e enfermeiros estavam passando. Evelyn foi mandada para o armazém em busca de toalhas e lençóis para os pacientes mais idosos, a luz no corredor acendia e apagava direto, estava tudo muito sujo e lúgubre além do silêncio mortal que lhe causava arrepios na espinha já que só era possível escutar a respiração da moça, ao abrir a porta Evelyn tomou um susto ao olhar para o lado e uma janela ter sido quebrada por um zumbi e antes que ele pudesse entrar por completo dento do complexo, se ouviu um tiro e tudo o que Evelyn viu foi a cabeça do indivíduo estourada.

Seus olhos se arregalaram com a cena e ela sentiu vontade de vomitar ao ver aquilo e então uma figura masculina, alta e um tanto velha lhe apareceu vestindo o uniforme da UBCS. - Melhor tomar mais cuidado, Doutora , se eu fosse você me armaria e quando digo isso quero dizer armas de verdade não um bisturi. - O homem debochou e em seguida jogou uma pistola carregada para a ruiva que a pegou no ar. - Melhor não confiar nem na sua própria sombra...

Ele disse antes de sair em passos lentos do corredor, deixando para trás uma garota assustada e confusa. Evelyn guardou a arma em seu jaleco e pegou o que precisava, voltando correndo até onde os outros estavam, não iria arriscar ficar ali nem por um segundo.

( 28 de setembro de 1998 )

Evelyn P.O.V

A comida estava chegando em seu limite, nos últimos dias tivemos vários ataques e soldados da UBCS tiveram que interditar por completo o hospital, nos impossibilitando de ajudar as outras pessoas e com isso vários pacientes morreram por falta de cuidados nos quais não tínhamos como tratar, a água estava contaminada então tivemos que nos virar com as máquinas de comida que tinham espalhadas pelo hospital, mas em breve saberíamos que não seria o suficiente para todos já que ou nós comiamos ou dávamos aos poucos pacientes que restavam. Estávamos sem esperanças de uma melhora, o estado parecia não ligar para o que estava acontecendo nessa cidade pois a dias nos prometeram água limpa e que resgatariam as pessoas que não estivessem infectadas...tudo mentira.

Estávamos no velho corredor de sempre, sentados nas macas, todos famintos e cansados pois até agora ninguém havia dormido direito, apenas algumas horas ou até minutos de cochilo. Sei que até a morte era melhor do que ficar ali. - Eu sinto minha força se esvazir do meu corpo...