CINCO

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FERNANDA

Existe uma pergunta seríssima que me faço desde que me entendo por gente:

Será que eu nasci em uma sexta-feira 13?

Algumas pessoas acham que é brincadeira, mas se parar e observar a minha vida, talvez entenda o meu questionamento. Tem dias que acho que vivo um filme de terror.

Não é possível ser uma pessoa tão azarada, já até cansei de questionar a Deus o porque, bem dramática sim, mas puta que pariu!

E mais uma vez lá estava eu, crente que ia ser uma noite boa com green em diversão, beijo bom e quem sabe, se tivesse sorte (deixe sua risada), alguns orgasmos.

Mas os planetas, as luas e os sóis não estavam alinhados a meu favor.

Nunca estavam!

Pedro tinha o molho, o beijo foi bom demais para os poucos segundos que compartilhamos, mas os poucos segundos foram suficiente para todo o meu corpo sentir seu toque.

Era bom demais pra ser verdade. Tanto era que não demorou para que um ser de luz, ou das trevas, derrubasse uma taça de bebida em nós quebrando o momento.

– Meu Deus, desculpa! – A loira falou assim que nos afastamos para ver o que tinha acontecido.

– Ta tranquilo! – Falei desanimada, conformada que, como sempre, a sorte não estava comigo.

Olhei pro Pedro ele parecia muito puto, o que a menina pareceu perceber também pois não ficou nem mais um segundo antes de sair passando apressada entre as pessoas.

– Tudo bem? – Perguntei vendo ele bufar.

– Sim. Vamos ao banheiro limpar isso! – Falou apontando para nossas roupas.

Concordei e ele pegou minha mão, me guiando ao corredor onde ficavam os banheiros. Pedro me deixou na porta do feminino e foi para o masculino se limpar também.

Apesar da sujeira, não demorei muito, apenas tentei tirar o excesso de bebida da minha pele porque a calça era tão fininha que eu fiquei melecada e a calça já até havia secado. Passei um papel nos sapatos que estavam escorregando e lavei as mãos, deixando o banheiro e, assim que sai, vi que ele já me esperava no corredor.

– Acho que não é meu dia de sorte! – Brinquei ao me aproximar dele.

– Bobeira, a sorte a gente faz! – Disse com os olhos fixos nos meus.

– Uai, então tem que me ensinar. — Disse rindo tentando tirar os fios que estavam no meu rosto.

Ele passou a língua nos lábios ao se aproximar antes de abrir um sorriso.

– Não sei se conhece, mas quando era moleque via um filme que vivia passando na sessão da tarde. – Ele colocou as mãos na minha cintura acabando com qualquer espaço entre nós. – É com aquela ruiva maluca, e ela era muito azarada mas conheceu um cara e quando eles se beijaram toda a sorte dele ficou com ela.

Joguei a cabeça gargalhando com a comparação, mas logo voltei meu rosto pra chegar bem perto.

– Acho que é uma boa ideia! – Disse. – Acho que podemos testar!

Ele não precisou de mais nada para tomar meus lábios, sua língua pedindo passagem e suas mãos intercalando entre apertar e alisar minha cintura, fazendo um corrente elétrica percorrer cada pedacinho do meu corpo. Nossas línguas mantinham um ritmo perfeito, uma de suas mãos subiu para puxar meu cabelo ao passo que o ritmo do beijo aumentava.

Me afastei um pouco para respirar mas não deu tempo de nada, pois logo ele trocou nossas posições, me encostando na parede e tomando meus lábios novamente num beijo ainda mais intenso. Mordi seu lábio e senti ele puxar meu cabelo mais forte enquanto a outra mão seguiu para minha bunda, me fazendo dar um gemido baixo.

Aos poucos, por falta de fôlego, terminamos o beijo com ele puxando meus lábios e dando alguns selinhos antes de afastar um pouco o rosto e sorrir pra mim.

– Acho que com um beijo desses levou muito mais que minha sorte.

– Aposto ter roubado seu juízo igual tá fazendo com o meu. – Disse respirando fundo ao cruzar meus braços por seu pescoço para dar início a mais um beijo enquanto ele sorria.

Apesar da tensão que existia entre nós, o beijo foi mais lento e exploramos cada cantinho da boca um do outro. O ritmo mudou, e nossas línguas mantinha uma valsa lenta, mas que não diminuiu em nada o fogo que parecia me incendiar.

– Gostosa! – Disse me apertando antes de Ele descer os beijos por todo meu pescoço me fazendo suspirar enquanto passeava com as mãos pelo meu corpo.– Gostosa pra caralho!

Murmurei puxando seu rosto com urgência para sentir seus lábios nos meus novamente e nisso nos perdemos um no outro durante alguns segundos.

Me afastei um pouco sem fôlego tirando alguns segundos para respirar. Seus olhos me encaravam então só escondi meu rosto em seu peito sentindo seu coração tão acelerado quanto o meu.

– Acho melhor voltarmos.

Ele concordou me dando um selinho e pegou minha mão.

– Você quem manda!

Oieeee!
Tenho 2 avisos pra vocês:
1. Coloquei no instagram @bwest.autora uma caixinha de perguntas para fofocarmos sobre os livros.
2. Disponibilizei essa semana um outro livro chamado "Amor de Fim de Noite", se puderem ler, votar e comentar vou ser muito grata!! (:

Espero que gostem do capítulo, bjo bjo

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⏰ Última atualização: Jan 14 ⏰

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