FERNANDAEu estava pingando, mas continuava dançando com as meninas e, quando decidia que já tinha dado e precisava descansar os pés, o Dj soltava um funk antigo me fazendo ficar um pouco mais.
Nessa brincadeira eu já estava alta, minhas bochechas dormentes e os pés eu já nem sentia mais. Porém seguia firme e forte, e quando ele soltou Na ponta ela fica eu e as meninas já fomos fazer a coreografia de 2015, com direito a ir até o chão, travada e tudo.
– Pedro não para de olhar, ta petrificado o homem! – Carol gargalhou me fazendo virar pra ver ele escorado com um braço na mesa enquanto segurava uma long neck e tinha os olhos fixos em mim.
Eu poderia ignorar e seguir dançando, mas segui dançando e provocando sutilmente pois não sou nenhuma safada. Desci mais uma vez e olhei pra ele, vendo que ele balançava a cabeça me fazendo querer rir.
Sabe o frio na barriga do flerte? Aquela sensação gostosa de desejar algo e ser recíproco? Pois estava adorando o joguinho de provoca-lo enquanto seu olhos não desviavam um segundo.
Eles estava queimando tanto quanto eu.
Assim que a música acabou, Carol avisou que iria ao banheiro e eu segui com Isa até a mesa pois precisava beber algo urgente.
– Você não é inocente! – Ela falou enquanto eu abria a cerveja. – Coitado do homem.
– Culpada amiga, mas homem tem que correr atrás do que quer. – Disse vendo ela balançar a cabeça em negação com um sorriso.
PEDRO
Fernanda tinha um riso tão frouxo quanto a bunda que mexia com uma precisão do caralho.
Eu devia estar com cara de idiota enquanto acompanhava os movimentos dela sentindo meu corpo responder a cada movimento que ela fazia. Até tentava esconder bebendo mais do que devia para um domingo, mas porra.
– Irmão! –Murilo chegou falando enquanto mantinha os olhos bem atentos, assim como eu. – Não é por nada não, mas que que isso!
Levei a garrafa a boca mais uma vez antes que enlouquecesse e para minha sorte, ou azar, a música acabou e vi Fernanda e Isadora voltando. Elas se aproximaram da mesa para pegar uma cerveja e ficaram conversando entre si.
Depois de um tempo Carol voltou e puxou Isadora pra voltarem pra pista, deixando Fernanda sozinha. Deixei minha cerveja e fui até ela, que levantou os olhos assim que me aproximei, parecendo sentir minha presença.
– Ta me seguindo, é? – Perguntou com um sorriso frouxo.
– To cuidando. – Falei vendo ela pescar os lábios e gargalhar.
– Você é um perigo, viu? Tem base não..
– Você tá brincando e eu sou perigoso? – Disse me aproximando um pouco mais. – To te sacando.
– Acho que não, uai. Até agora não fez nada além de falar!
Afastei só um pouco o rosto pra olhar o dela vendo o sorriso sacana entendendo exatamente o joguinho dela.
– Eu achei que..
– Você acha demais, benzinho. – Ela não precisou de mais nenhum segundo para se aproximar e colar nossos lábios e puta que pariu. Que boca!
Os lábios macios, a língua que dançava perfeitamente no ritmo da minha me fazendo parecer um virgem de 15 anos por sentir cada parte do meu corpo esquentar.
Mas a a sensação não durou muito. Em poucos segundos fui do céu ao inferno ao sentir um líquido gelado me molhar e Fernanda se afastar rapidamente.
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A Sorte Nos Sorriu
Hayran KurguSei que você quer Não deixa pra depois Não dá nenhum migué Aqui só tem nós dois Se a sorte nos sorriu Pra que vou esperar? Se a gente se uniu É bem assim que temos que ficar