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Entrei dentro do apartamento praticamente carregando a Angel, ela não apenas estava bêbada, ela estava fumada também, alguma coisa tinha na bebida dela, isso não é normal não

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Entrei dentro do apartamento praticamente carregando a Angel, ela não apenas estava bêbada, ela estava fumada também, alguma coisa tinha na bebida dela, isso não é normal não.

— Quer tomar um banho? — eu disse um pouco sério

— Você é babá agora? — ela disse toda grogue, trançando uma perna na outra

— Não, sou babaca mesmo, por ter saído daquela festa porque você está como uma cadela no cio atrás de macho — ela ficou me encarando, como se eu tivesse ofendido ela

— Eu te pedi alguma coisa? — ela me empurrou de perto dela, e quase caiu — estou bem

— Que bom — eu não dei a mínima — da próxima vez, não enfia tanto a cara em bebida se sabe que não aguenta

— Isso não é da sua conta, idiota! — ela gritou — só porque é bonito se acha melhor que os outros?

— Pelo menos eu aguento mais bebida do que você! — porque eu estava discutindo com uma garota fora de si? — quer saber, eu nem dou a mínima se você está caindo de tanta bebida no seu estômago ou não

— Então porque não deixou aquele cara me levar pra cama? — ela me encarou de perto, cruzando seus braços — pelo menos ele ia me comer sem remorso

Eu fiquei encarando ela, que me olhava tão séria que nem piscava, aquele silêncio pairou acima de nós. Ela definitivamente não tinha a menor noção das coisas, se tivesse saberia que fiz um favor para ela.

— Sua otária, ele iria te estuprar sem remorso, ele iria usar você sem mais nem menos, iria enfiar o pau dele em todos os seus orifícios e você não iria poder fazer nada! — eu finalmente disse algo, sem pena se isso assustaria ela ou não, era a verdade

— Pensei que não se importasse — ela debochou

— Eu não me importo! Eu não ligo pra você!

— Então vaza fora, porra! — nem parecia ela naquele momento — volta pra festa, e volta a quase enfiar aquela garota contra a parede!

— Pelo visto era isso que queria que eu fizesse com você!

— E se quisesse?! — seu rosto estava próximo do meu — vai fazer oque? Mudar meu pensamento? Não, você não pode fazer nada, seu cuzão

Ela bateu seu ombro no meu, e foi andando para o quarto, me deixando ali na sala, meio sem saber oque fazer agora, nunca cheguei nessa parte. Eu me joguei no sofá, peguei um cigarro e acendi, comecei a fumar com tranquilidade, tentado me manter calmo, discussões nunca foi o meu forte. Eu fiquei jogado no sofá, de costas para a porta do corredor, mas logo ouvi os passos de Angel voltando para a sala, já respirei fundo, deve ter pensado em melhores respostas e voltou para descontar.

— Oque foi agora? — eu disse sem olhar na direção dela, dando uma tragada no cigarro e soltando a fumaça pela boca

— Acho que não estou me sentindo bem não — a voz dela era falha agora

— Olha, Angel, melhor você ir dormir um pouco... — eu me virei na direção dela

Eu tomei um susto quando olhei para ela, ela estava apenas de roupa íntima, com uma calcinha box cinza, e um sutiã todo rendado e preto, eu rapidamente me virei para frente outra vez.

— Angel! — eu chamei a atenção dela — cadê a sua roupa?

— Eu vomitei — ela disse mais baixo, como se estivesse com medo de algo

Eu me virei para ela outra vez, olhando diretamente em seu rosto, tentando deixar de lado o fato de estar seminua em minha frente.

— Porque está com os olhos vermelhos? — eu soltei a fumaça pela boca

— Não briga comigo, me desculpa — ela começou a chorar, colocando as mãos no rosto

Eu não entendi nada naquela cena. Há dois segundos atrás ela estava bancando a maioral, e agora estava chorando feito um bebê na minha frente. Eu apaguei o cigarro e joguei encima da mesa de centro.

— Porque eu brigaria? — eu levantei do sofá, pegando uma manta e andando até ela

— Porque eu sujei minha roupa, eu fiz besteira, eu errei, eu deveria ter aguentado até o banheiro, me desculpa — ela abaixou no chão, e só sabia chorar

Na hora vi um pequeno reflexo do porque daquilo, e eu só conseguia pensar e assimilar os pais dela com essa cena, ela disse que tudo que fazia, eles brigavam. Ela estava com medo, de mim? que eu brigasse? Batesse nela?

— Angel, tá tudo bem — eu andei até ela, abaixando no chão ao seu lado — não vou brigar, foi sem querer

Ela levantou sua cabeça para me olhar, seus olhos azuis como um céu ensolarado, agora estavam cheios de lágrimas como a chuva. Eu senti algo que provavelmente não deveria. Era como uma criancinha amedrontada olhando para mim. Eu só conseguia ver uma inocência negada em seus olhos, e me senti ainda pior.

— Não precisa se culpar tanto — eu peguei em seus braços, fazendo ela levantar — só precisa dormir, você se sujou? — eu olhava por ela, já vendo que ela não estava suja. Peguei a manta e enrolei nela, cobrindo seu corpo o máximo que pude

— Não, sujou o vestido — ela olhava pelo peito dela, mas agora já estava coberto pela manta branca

— Ok, então só precisa dormir — eu passei o braço pelo ombro dela, puxando ela para perto de mim, e caminhei com ela até o quarto

Entrei e levei ela até a cama, ela parecia cansada e com sono, então coloquei ela na lá, coloquei o cobertor por cima dela. Ela estava meio sonolenta e seus olhos já estavam se fechando, eu apaguei o abajur ao lado da cama, e ela deu um pulo.

— Não, no escuro não! — ela disse agitada e eu acendi o abajur outra vez, bem rápido

— Pronto, escuro não — eu disse calmo e ela se deitou outra vez

Rapidamente, seus olhos foram se fechando, mas ela não parecia estar cem por cento com sono, não o suficiente para fazê-la dormir rápido demais. Ela se mexeu na cama, se virando melhor na minha direção, pondo a mão por baixo de sua bochecha, e falando:

— Era uma vez uma garotinha — ela dizia super sonolenta, apenas fiquei sentado na cama vendo ela falar — ela era risonha, encantadora, mas era uma maldição, não era desejada, foi amaldiçoada no dia em que nasceu — ela piscava super devagar. Parecia que ela estava tendo um devaneio, por conta da bebida, provavelmente

— Porque? — eu disse baixo quando ela parou, parecendo reflexiva

— Porque não deveria ter nascido — ela olhou para mim, ainda com seus olhinhos pequenos — onde esteve esse tempo todo, Jack? — ela deu uma risadinha, eu não entendi

— Como assim? — eu fiquei confuso, e aquela pergunta me fez buscar na lembrança um motivo pela qual ela não soubesse por onde andei, isso não faz sentido algum

— Você é militar ou algo assim? — ela riu com aquilo, mas eu não achei engraçado

— Oque quer dizer com isso? — eu perguntei, mas notei que ela havia apagado, em um piscar de olhos, ela apagou completamente

Aquilo me deixou completamente sem reação e muito confuso. Do que ela estava falando agora? Ela ao menos sabia do que estava falando? Por qual motivo ela trouxe essa questão em jogo?

(...)

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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