Megalomaníaco

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CAPITULO 1

MEGALOMANÍACO 

(Megalomaniac)

          Uma aula demonstrativa estava prestes a ser iniciada no Instituto de Zoonose da Grã Bretanha na manhã de segunda feira naquele ano de 2023.

          Um grupo de alunos das maiores universidades do país adentraram pelas portas do auditório preenchendo de forma gradativa as fileiras dos assentos.

          Em meio aos murmúrios de conversas aleatórias e risos desinteressados, os olhos da maioria não escondia o tamanho da curiosidade do que estavam para presenciar.

          No palco principal, estavam dois homens com seus jalecos de cientistas por cima de seus paletós que acabaram de sair por detrás das cortinas.

          Na companhia de um laboratório improvisado para aula estavam os cientistas em um espaço bem estreito. Um telão por detrás deles, os alunos pareciam se endireitar nas cadeiras para fazer silêncio.

          Os dois homens traziam nas mãos algo cúbico, sendo que um era mais extenso em largura do que o outro, cobertos por um pano cor de vinho.

          Um dos homens se aproximou do microfone.

(tosse discreta) — Agradeço a todos por estarem aqui nesta manhã! Por gentileza, peço que guardem os aparelhos celulares e se possível, deixem no silencioso.

          Colocando luvas descartáveis nas mãos, o homem continuou.

— Deixe-me apresentar! Me chamo Albert Gilligan, sou biólogo e cientista. Comigo está o meu assistente e amigo de laboratório, o renomado e cientista chefe de equipe Oswald Smith. Vamos começar! Espero que todos vocês estejam prontos para presenciar a maravilhosa sabedoria da biodiversidade.

          Em meio aos olhares brilhantes e atentos, os cientistas removeram os panos revelando duas gaiolas. Em frente a Oswald estava um gato doméstico de pelos brancos, na gaiola trazida por Dr. Albert, estava um pequeno rato cinzento.

          Alguns suspiros simpatizantes com o felino vindo de jovens garotas e por outras repúdio pelo roedor, podiam ser facilmente reconhecidos.

— Para nossa aula trouxemos esses dois auxiliares que vão nos ajudar. Vocês podem chama-los de Pet 1 e Pet 2, mas vamos usar códigos de laboratório como P1 e P2. Ou quem sabe "Tom e Jerry" se assim preferirem.

          Repentinamente o auditório encheu-se de risos em divertimento. O biólogo de forma descontraída continuou a aula.

— Como nós sabemos, o mundo foi abalado pela violenta onda da COVID levando milhões de vidas tanto quantas já foram e continuam sendo levadas por males como o Câncer, a Aids e Rubéola...

          Olhares e ouvidos atentos foram conquistados em todo o salão.

— No passado, vivenciamos doenças como a Peste Negra, a Gripe Espanhola, a Poliomielite e muitas outras. E o que há de comum entre elas? O seu poder de destruição, pois esse é o dom natural de uma doença contagiosa.

          O cientista Oswald preparou uma seringa certificando-se minuciosamente da dose pela agulha através dos seus óculos e a colocou sobre um pano limpo.

— Existem muitas formas de se destruir o ser humano. Alguns colegas biólogos que conheço acreditam que uma delas é pelo controle da mente. Pode parecer intrigante, mas isso pode ser possível com um avanço ou evolução seja de um simples fungo, parasita e até mesmo um complexo vírus.

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