um; sorriso

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Os poucos raios solares que iluminavam o quarto de Sasuke através da janela ainda eram fracos, significando que somente as primeiras seis horas do dia haviam passado. Era muito cedo para Sasuke acordar, mas mesmo assim alguém batia incansávelmente na sua porta.

— Já vai, caralho — soou rouco por ter despertado recentemente.

Sasuke levantou da cama vestindo somente uma boxer preta, só conseguia dormir se estivesse vestindo o menor número de peças de roupa possível. Ele caminhou até a porta sem fazer barulho, não havia necessidade nenhuma pois estava em casa, porém, devido ao trabalho, estava acostumado em esconder sua presença.

— Olha só, além de matar, ele também dorme demais. — Ele escutou assim que abriu a porta.

Quem estava lhe incomodando era Sai. O Uchiha analisou a figura na sua frente, Sai estava com seu habitual cropped, uma mão na cintura e a outra segurava a chave de algum veículo que Sasuke não conseguiu identificar.

— Já está pronto?

— Pronto pra quê? Ainda são seis horas — Sasuke falava arrastado por conta do sono.

— Errado, são cinco e cinquenta. Seis horas eu vou estar te esperando no estacionamento. Arruma suas coisas e desce logo — dito isso, Sai saiu rebolando, deixando para trás um Sasuke atordoado.

Ele estava de castigo, lembrou finalmente. Sasuke Uchiha estava de castigo como uma criancinha de três anos e Sai seria quem o levaria para a sua detenção que duraria três meses.

Sasuke escovou os dentes porcamente e vestiu a primeira roupa que encontrou dentre as milhares que espalhou enquanto enchia uma mala surrada de tecidos escuros. Ele olhou o relógio, cinco e cinquenta e nove, precisava correr, pois Sai definitivamente não esperaria e seu pai lhe mandaria para o porão se o visse zanzando pela mansão após sua carona ter partido.

Desceu as várias escadas da casa até chegar ao térreo e teve que apressar o passo para entrar no caminhão porque Sai já havia dado partida no veículo.

— Sasuke Uchiha quebrando duas regras e sendo mandado para o tio Orochi, quem diria, hein? Quem te viu e quem te vê. — Eles já estavam no meio do caminho quando Sai começou com as provocações.

— Como você sabe das regras? — Sasuke parou de observar a estrada para encarar Sai.

— Tobi contou, não só pra mim. Sabe como ele é.

— Sei. O que estamos levando? — questionou Sasuke após notar a previsão do horário de chegada no GPS e perceber que não teria tempo suficiente para cochilar.

— Maconha e cocaína — Sai respondeu sem tirar os olhos do volante.

— Por que putas precisam de cocaína?

— Se eu fosse transar toda noite com desconhecidos eu iria querer estar chapado de coca. — O motorista deu de ombros como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Sasuke não era uma pessoa matutina, então prolongar a conversa não era um dos seus objetivos, por isso optou por não responder. Somente tornou a contemplar a estrada e logo eles chegaram no bordel.

Sasuke desceu do veículo a contragosto, puxando sua velha mala consigo. Seus olhos percorreram pelo prédio de médio porte. Todo o edifício exibia a cor carmim e no topo do prédio havia uma enorme placa néon que continha a palavra "Sina". Sasuke queria voltar para a mansão com Sai, não obstante teria que passar três meses naquela espelunca brega. Era a sua sina, pensou irônico.

— Até mais, Sasuke. Quem sabe eu passo aqui uma hora pra te ver.

Enquanto Sasuke permaneceu encarando o bordel e se lamentando mentalmente pelo seu infeliz destino, Sai descarregou todo o baú do caminhão e estava de volta ao volante.

Sina | NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora