capítulo 1

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Muitas vezes as pessoas olham pra mim como se eu não prestasse pra nada.

-Mae!!! Mãe!!!! Mamãe!!!!

Mas pouco sabem o que  realmente sei  fazer,  não estou sem mão ou enfornada numa cadeira de rodas.

O meu mundo sempre foi tão caótico? Não , nem sempre foi assim....

{...}

-Ela é linda igual a vc Liliam

-Ai para com isso Miguel, ela e muito mas bonita que eu , e quando crescer vai ser uma mulher de fazer inveja

Usava nesse dia um vestido rodado vermelho, tinha rendas pela parte do peito e nas borda.

Eu estava com 10 anos e sempre ia pra casa da minha vó , e minha mãe sempre me arrumava muito bem.

-Mãe, pq temos que ir só nós duas ?

-Ah filha pq e tradição da nossa família,as mulheres se reunirem uma vez no ano. Vem agora vamos , estamos quase atrasadas...

-tchau principeza...._meu pai me pega em seu braço e me carrega até a porta.

-Cuida do Zeus pra mim está bem papai..._meu cachorro.

-Claro , você também não vai aprontar muito tá?

-Ta papai

-Promete ?- Ele ofereceu seu mindinho da mão.

Colei meu mindinho com o dele , e isso e o contrato entre nós dois , o contrato mas leal.

-Prometo.

...
-Acorda menina- a irmã balança meu ombro, e eu acordo a assustada- estava tendo o mesmo pesadelo?

Eu estava suada ,minha mãos tremiam deveria ter me acostumado com essa merda toda. Sempre sonho com o mesmo cenário que bosta.

Olho pra ela e forço o melhor sorriso que eu consigo.

-Estou bem, não se preocupe vou tomar banho- acho que ela fica convencida já que sai de cima da minha cama e caminha até a porta.

-Irei te esperar lá em baixo pra tomar café, não demore- aceno com a a cabeça e ela sai.

Me levanto e vou pra o banheiro, durmo em um quarto com mais três meninas e é só com elas que eu falo , a Madre disse que com 18 ano eu poderia sair desse lugar, mais estou com 25 anos e ainda não recebi a permissão pra me aventura fora desse "convento".

Cada vez por ano , no meio do ano a entrada do convento lota de carros , carros pretos braços , velhos e vinho , alguns são amarelhos, sei disso porque sempre fui uma boa observadora, as melhores meninas são escolhidas pra irem embora nesses carros. Eu nunca fui escolhida , não que eu seja feia , acho que eu não tenho graça como as outras.

Ou talvez não , vai saber. Bom voltando hoje é um desses dias de visita , depois do café aposto que vou ter que subir e trancar a porta,  e ver tudo pela janela.

Acabo de tomar banho e desço pra o grande saguão, sento junto das meninas com quem eu durmo.

-Iai , qual foi o resultado de hoje- olho pra elas que pareciam está animadas.

-Temos uma grande notícia- fala Luiza.

-Uma ótima notícia- fala Michele.

-Vocês foram escolhidas pra saírem em um daquelas carros- falo em tom de brincadeira, e Rafaela pra mim é diz.

- Você também foi- meu sorriso desapareceu no mesmo instante e quase eu me intalo com o pão.

-Como é?

- Todas nós fomos escolhidas isso não é máximo- fala Michele.

Não! Na verdade eu não sei o que pensar sobre isso , o que eles vão fazer com nós dentro daqueles carros. Falo eles por que  eu só vejo homen sair de dentro daqueles carros , nenhuma mulher, NENHUMA.

- Alou! Terra chamado Victoria- fala Rafaela- Você não está animada ?

-Não , é claro que eu tô,  só tô um pouco nervosa sabe- forço um sorriso mais elas três não ficam convencidas.

-Não era você que queria conhecer o mundo fora daqui - questiona  Luiza

-Eu tô bem , juro meninas , só não sei oque fazer quando acontecer seja lá oque for que acontece dentro daquela sala.

Elas param pra pensar comigo também, mas aposto que nossas pensamentos não estão pensando na mesma coisa.

Terminando o café eu subo junto com elas pra me arrumar. Não demora muito pra uma mulher alta loira com  um vestido colado até o joelho e com uma caderneta na mão chamar nós três até a sala que ainda por cima está cheia de meninas , cada uma sentada em uma cadeira, são rosto familiares uma cochicha com a outra , umas começam a rir , outras só estão nervosas como eu, e quando mal me dou conta.

-Victoria,  por favor venha comigo- a mesma mulher me chama e guia até uma sala- Pode entrar.

-Obrigada- entro e vejo três homens altos na minha frente super sérios, eles eram super bonitos os três tinham barbas e um corpo que parecia ter sido esculpido por um deus da beleza,  um tinha um cabelo social penteado pra trás,  outro da era um penteado mais rebelde , e o terceiro é um penteado mais formal e esse tinha tatuagem na parte do pescoço,  já os outros dois não,  eles são realmente muito lindos.

-Eh, olá eu me chamo Victoria- falo nervosa minha voz quase não sai.

-Não se preocupe,  sabemos seu nome- o cara social fala , com um voz grossa e firme- me chamo Karl , esse aqui é o Heinrieh e o Matteo.

-Muito prazer- esboço um sorriso e o ambiente fica tenso por uns segundos até o cara do meio Henrieh falar.

-Viemos busca você,  e leva-la pra casa- sua voz era calma mais é tão autoritária quando o primeiro, me deixou ainda mais nervosa.

-Não se assuste , não vamos machucar você iremos ter explicar tudo , quando saímos desse lugar- afirma Karl pegando minha mão.

- Estou um pouco nervosa mais tudo bem...eu acho- eles três concordam entre si e saímos pela porta alternativa a que eu entrei.

- E minha mala?

-Não vai mais precisar dela, lhe garanto Victoria- fala Matteo.

-ok...

Eles me acompanham até um grande carro preto eles abrem a porta para que eu possa entrar. Saímos dali e eu percebo que tem dois carros na nossa frente e atrás de nós,  o que me deixa ainda mais assustada,  é casa vez mais o convento desaparece em meio a neblina e as árvores.

-Adeus...-murmuro baixinho.

Essência de um anjoOnde histórias criam vida. Descubra agora