#46: "Para de se meter na minha vida..."

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2017, janeiro

ALISTAIR

Estou na minha sala trabalhando e recebo uma ligação do Ronnie.

*Ligação on*
— Oi, gato. — digo sorrindo.

— Oi, Ali. — ele diz num tom incomodado.

— O que aconteceu?

— O seu irmão veio falar comigo no hospital.

— Ah, meu Deus, isso não me cheira bem.

— Tem razão. Ele me ofereceu uma doação pro hospital pra eu te largar.

— Não, ele não fez isso! Caramba!

— É claro que eu não aceitei.

— Eu nem duvidei, Ronnie. Obrigado por me avisar.

— Claro.

— Vou resolver essa história. Tchau, tchau.

— Tchau.
*Ligação off*

— Chegou na hora, infeliz. — digo o vendo passar.

Ele passa e eu vou atrás dele.

— Você foi no hospital tentar comprar o cara com quem eu tô saindo?! — entro na sala dele igual um tiro.

— Pô, o cara é fiel, hein. Mas coitadas das crianças, ele não aceitou um centavo do doação que eu ia fazer.

— As crianças passam muito bem naquele hospital, ainda mais com o Ronnie como médico. Elas não precisam de um pulha como você!

— E você não precisa de macho, mas tá aí.

— Para de se meter na minha vida, Tyler! Aceita, eu sou seu irmão e sou gay, você não pode mudar isso!

— O macho é bom assim pra você defender? Queria ver a sua cara se ele aceitasse o dinheiro e te desse um pé na bunda.

— Que cara você fez quando as ninfetas que você sai te deram um pé na bunda depois de aceitar dinheiro do Richie?

Ele fica calado.

— Olha, o gato comeu a língua dele, gente... Fica assim, caladinho, cê fica até mais interessante, irmão.

Saio pleno da sala dele.

— Que filho da... Urgh!

[...]

De noite na minha casa...

— Oi, Ronnie. — digo abrindo a porta pra ele.

— Oi. — ele diz me dando um selinho.

Ele entra.

— O que falou com seu irmão?

— Dei um jeito pra ele parar de latir. E o que você disse pra ele?

— Faltou eu bater nele lá mesmo. Ele ficou falando que você é viadinho e um qualquer de esquina, eu te defendi e falei o quão bom você é.

Ele fica tenso e trava o maxilar.

— Hum... — digo me aproximando dele e o dando um selinho longo. — Você bateria nele?

— Só não bati por causa das crianças e do hospital.

— Você me deu um tesão agora, sabia? Um homem desse me defendendo.

Nos beijamos com muita intensidade, um beijo bem molhado mesmo.

— Me come.

— Senta aí, então.

Sento no sofá, então ele desabotoa a calça e tira o pau pra fora da cueca, mesmo mole é grande.

Derrota e Vitória (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora