Derrota e Vitória (Romance Gay)

#32: Formatura e Descoberta

JAKE

— Jake, bora! — diz o Richie batendo na porta do meu quarto.

— Já vou, porra!

Estou terminando de me arrumar pra formatura, hoje é uma sexta.

— Nossa...

Saio do quarto.

— Ficou maravilhoso. Isso lembra a minha formatura, naquele dia a gente fez amor a noite inteira.

— Me poupe. Vamos embora!

Vou saindo.

— Tá meio irritado.

— Você não imagina...

Descemos até o estacionamento, então entramos no meu carro e fomos até Columbia.

— Filho, oi! — minha mãe diz ao me ver.

— Oi! Pai, vovó Rosie, vovô Ashley, vovó Mildred, tia Leah.

— Amigo! — diz a Miranda chegando, aconpanhada do namorado.

— Miranda, Kash!

Richie se senta com todos eles, então eu vou pra onde estão os formandos e me sento.

— Oi. — diz o Shane do meu lado.

Olho pra ele surpreso.

— Oi!

— Formatura, né?

— Pois é... Quando você vai embora de Nova York?

— Bom, meus pais chegaram ontem, nós vamos ficar uma semana passeando aqui.

— Ah, que bom.

— Parece até que eu não sou americano falando assim.

— Não... Nova York é a nossa maior cidade, ninguém conhece 100 por cento.

Ele sorri, então sorrio ao ver seus lindos dentes brancos.

Queria beijar essa boca...

— Bom dia. — diz o reitor da faculdade no palanque.

— Vai começar. — digo.

[...]

— Taylor Jacob Simmons.

Subo no palangue, aperto a mão do reitor e pego o canudo, então volto pra onde estava.

— Você tem uma pose... — Shane diz.

Meu coração até acelera.

— Obrigado.

A cerimônia continua, então logo já estamos jogando os capelos pra cima.

— Jake! Você tava tão lindo, meu amor. — diz minha mãe quando chego perto deles.

— Obrigado, mamãe.

Ela beija minha bochecha, então meu pai beija minha testa.

— Que orgulho, filho. — ele diz.

— Um rapagão bonito naquele palanque. — diz vovô Ashley.

— Um netão desses é muito chique. — diz vovó Rosie.

— Nossa, demais! — diz vovó Mildred.

— E um sobrinho também. — diz tia Leah.

— Ai, assim eu fico encabulado. — digo rindo.

— Tô orgulhosa também. — Miranda diz me abraçando.

— Parabéns, cara. — diz Kash com seu sotaque australiano.

— Obrigado.

— Primo, você tava incrível. — diz o Richie me abraçando.

Aperto ele com força só de raiva.

— Então, bora almoçar? — diz meu pai.

— Bora.

De longe vejo o Shane com a família dele e sorrio sem graça.

Vou pro carro com o Richie.

— Não gostei dos seus sorrisos pro Shane.

— Ah, para!

— Logo ele volta pro Texas e você me enxerga de novo...

— Sonhar não custa caro.

— Eu poderia pagar.

— Derrubei a cruz com um trator e taquei fogo, só pode!

[...]

ALISTAIR

De noite.

— Trouxe um vinho. — digo quando o Taylor abre a porta.

— Oh, ótimo!

Entro e vejo o Richie.

— Richie, aqui ainda?

— É, tio, você mesmo falou que voltamos a ficar próximos.

— Pois é. Vou pôr o vinho pra gelar um pouco.

Vou até a cozinha dele e ponho o vinho na geladeira, voltando até a sala.

— Eu fiquei tão orgulhoso de você, filho, não consigo superar. — digo.

Taylor sorri.

— Ele é ótimo, né, tio?

— Vocês dois são ótimos, Richie. Meus orgulhos.

— Meu pai só lembrou da minha formatura uma semana depois.

— Não fica pensando nisso, não.

O meu pai nem mesmo lembrou da minha, na época eu estava noivo da Olivia e ele tava apressado pro casamento, que significava um acordo entre nossa empresa e a deles. Bem, ele também não foi na formatura de nenhum dos netos, Sr. Ted Simmons só pensa em trabalho.

— Pai?

— Hã?

— Pra onde você foi?

— Não, lugar nenhum... Desculpa. Vou pegar o vinho.

Vou até a cozinha.

— Filho, onde ficam as taças?

— Num desses armários de cima.

— É, ajudou muito. — digo baixo rindo.

Demoro um pouco pra achar as taças, então pego a garrafa e vou voltando até a sala.

— Jake, eu tô ficando sem paciência! Nós ficamos juntos por cinco anos, se demorar demais pra voltar pra mim eu vou mostrar essa foto pro seu pai! — vejo o Richie segurando o celular dele.

— Vira o disco, que inferno!!

— Vocês ficaram juntos?

Eles me olham assustados, o Taylor principalmente.

— Que foto é essa?

— Não, foto nenhuma.

— Richie, deixa eu ver essa foto.

— Tio, não é nada demais.

— Me mostra.

— Não precisa, pai.

— Vamos, garotos.

Ele exita e me entrega o celular, então eu posso ver o Taylor beijando outro rapaz, parece que apaixonado.

— Uh... — digo olhando pra eles.

Taylor abaixa a cabeça.

— Filho, você é...

Continua...