Prólogo

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Estou postando apenas como um teste. vamos ver se dá certo. (Provavelmente não. Tenho quase certeza de que ninguém vai ler esta história, mas enfim.)

Para aqueles curiosos esta é uma fic de crossover da disney, por isso vou logo avisando que NÃO ESTOU CRIANDO PERSONAGENS NOVOS porque já tem personagens demais nesta história. qualquer personagem que você não conheça, não é meu, mas inspirado nos filmes e livros, ok?

Ah! E mais uma coisa, esta fic terá como protagonista a Vidia (minha favorita, por favor, não me julgue) e (é claro) estou mudando algumas coisas do canon, e antes que mais alguém venha reclamar saiba que MUITA coisa foi mudada quando eles adaptaram os livros de Gail Carson Levine (autora de Pixie Hollow), tipo muita coisa mesmo!

Também é provável que esta fic seja um pouco mais dark que os filmes? Sim, com certeza. Teremos algumas coisas explícitas aqui, mas eu aviso se for o caso de alguém se incomodar, ok?

Tudo certo? Alguma pergunta? Então, bora para o capítulo!

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Porque Vidia ainda não entendia.

Seu coração ainda batia mesmo após sua morte. Não precisava comer, mas seu corpo ainda sofria com dores físicas e emocionais. Não precisava dormir, mas seu vigor continuava vivo mesmo após dias de trabalho. E mesmo que não precisasse dormir, ainda tinha momentos de sono e descanso quando queria, mesmo que fosse desagradável com os pesadelos quase constantes, ainda era melhor do que passar a noite em claro como um animal noturno. Resultados de uma ex-vida humana, ela supôs, já que outras fadas não tinham tais problemas.

Vidia também usou as noites em que escolhia ficar acordada para escrever. Uma diversão que ela tinha para si mesma quando ainda era humana, se perguntando se em outra vida teria a chance de cantar o que escrevia. Era irônico ou apenas uma coincidência que ela estivesse vivendo pela segunda vez e ainda não tinha feito nada para realizar seu desejo?

Suas primeiras semanas foram difíceis, mas não as mais difíceis. Ela reconhece agora. Pois o inédito havia acontecido e seu talento lhe fugiu quando ela o tocou pela primeira vez. Alguns especularam. Disseram que ela poderia estar incompleta, que talvez sua alma tenha sido fraturada durante sua viagem até Terra do Nunca, por isso ela poderia estar incompleta. Vidia não sabia se agradecia por terem tentado criar um porquê para ela ou se deveria se sentir ofendida com tal especulação.

Bem, no final, todos estavam errados. Acontece que a verdade apenas Vidia sabe os detalhes, mas todos estavam lá para testemunhar quando aconteceu. Semanas depois, quando Vidia finalmente conseguira superar alguns de seus medos e aceitar a verdade óbvia: seu talento brilhou quando ela o tocou. Muito. A Rainha viu, afinal, ela tinha pedido uma segunda chance à Lady Primavera, quem estava mais acessível na época. E é claro que todos teriam que fazer uma cerimônia novamente, todos estariam lá, inclusive a rainha. Vidia lembra-se de orar a quem estivesse a ouvindo naquele momento. Mãe Dove, talvez?

Enfim, Vidia era um talento raro. Pois seu talento brilhou e brilhou. Muito! Chegando a iluminar além do grande salão rústico até os ninhos do lado de fora. Não foi um alívio tão grande como deveria ser. Isso a incomodou tanto quanto os pesadelos, quanto as especulações de que ela estava incompleta. Chegando a ser uma surpresa desagradável para ela a velocidade em que acabou ganhando fama entre as Fadas na Terra do Nunca. A Fada Veloz com humor de Ogro, ainda não era muito melhor, não muito diferente de como foi no início também. Foi feio e ruim, ela não queria afastar ninguém intencionalmente, mas supôs que este era o resultado quando ainda se estava presa ao passado que a matou e vendo seu medo se tornar realidade quando renasceu sob os olhos vidrados de um público cheio de expectativas.

Parte dela se arrependeu de pedir uma outra chance...

Vidia estava acostumada a decepcionar, mas não havia como negar o quanto isso a machucava. Ver a decepção de sua mãe sempre que olhava para ela, o desgosto de seu pai sempre que pensava na criança que o herdaria caso outro filho não nascesse. Ela sabia que seria apenas uma questão de tempo até que as Fadas gentis da Terra do Nunca se decepcionassem com ela também. Só não foi como ela esperava. Vidia, de fato, havia renascido com um talento raro para a Magia do Ar, sendo capaz do que outras fadas como ela apenas sonhavam em fazer, aprendendo feitiços com facilidade e se adaptando à eles quando necessário. Mas agora eles estavam decepcionados com ela. Como se entregar aquele dom a Vidia fosse uma perca de tempo ou um desperdício de talento. Sim, isso mesmo! Eles a olhavam como se Vidia fosse um desperdício.

Claro que não eram todos. Havia aquele grupinho que tentou ser mais paciente com Vidia, além de outras fadas também. Mas aquele grupinho em específico lhe chamou mais a atenção: Iridessa, fada solar, Rosetta, fada jardineira, Silvermist, fada aquática e Fawn, fada dos animais. Ela ouviu das outras fadas que aquelas quatro fadas estavam ligadas pelo destino. Vidia não entendeu muito bem de início, mas depois de pesquisar preguiçosamente (porque ela tinha tempo de sobra nas madrugadas) nas bibliotecas, ela acabou descobrindo que algumas vezes as Fadas nascem (ou renascem) marcadas pelo Destino.

Para simplificar os parágrafos que ela leu, a Estrela que havia lhes dado a chance de viver na Terra do Nunca nem sempre foi uma estrela e agora que aquela criatura celestial via os passados de quem já havia vivido e aa almas daqueles que ela escolhia, simplesmente não fazia sentido não decretar que aquelas almas não se conhecessem algum dia. Decretar que um dia eles seriam uma família, ou que se apaixonariam, ou que encontrassem ali seus filhos ou pais que nunca tiveram a chance de ter até então.

Era isso o que elas eram. Rosetta, Fawn, Iridessa e Silvermist eram irmãs de alma, uma amizade que as salvariam de muita coisa no futuro, fossem de conflitos internos ou externos. Vidia ficou feliz ao saber que almas gêmeas de fato existiam, mas ficou triste logo depois. Porque ela havia renascido sozinha. Porque mesmo que sua solidão a atormentasse, mesmo que seu coração estivesse mais vazio a cada dia que nada acontecia, nem mesmo seres superiores tinham a opinião de que ela era digna de alguém. Ela não tinha orgulho de admitir, mas permitir que este fato a assombrasse todos os dias há anos e anos apenas fez com que sua personalidade desagradável piorasse, afastando ainda mais os outros dela. Mesmo Zarina, que ignorava praticamente tudo ao seu redor, não conseguiu ignorar o desconforto que era ter Vidia por perto. Mesmo Terrence! O gentil e educado Terrence não se aproximava mais dela ou prolongava as conversas como costumava. E não havia ninguém a quem culpar além dela mesma.

Então Vidia viveu os anos até que décadas lhe permitissem aprimorar sua magia. Escrevendo as lembranças que ela não queria esquecer de sua primeira vida, alguns poemas e praticando seu canto quando ninguém estava perto o suficiente para ouvi-la. E foram assim que se passaram 49 anos.

Então ela ofereceu ajuda silenciosa e guiou a nova alma escolhida pela Estrela. Seus ventos voaram delicados e gentis, com medo de ser acusada de machucar o que sobrara do Dente de Leão, e pousou-o delicadamente. Terrence veio e sorriu para Vidia, ainda educado apesar de tudo, e ela sentou-se em silêncio com as outras fadas de sua classificação. Terrence despejou Pó Mágico na pequena criatura e todos suspiraram e sorriram quando um ser consciente começará a surgir ali.

Aquela foi a noite em que Tinker Bell nascera e foi a partir dali que tudo começou a mudar para Vidia.

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Então, este foi o prólogo!

Pixie Hollow - Vidia e o Talento RaroOnde histórias criam vida. Descubra agora