O casamento.

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Boa noitinha, bom capítulo.

Beijim.

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Pov Camila

Acordei estranhamente ansiosa na quarta-feira, começando a lembrar com mais frequência do tempo que ainda restava para sábado. De alguma forma, me acalmei um pouco assim que Clara nos informou que tudo o que faríamos aquele dia se resumia a provar o bufê. Tudo já havia sido organizado por ela e Taylor. Por isso, Lauren e eu só tivemos que ir até o local marcado - um tipo de salão de festas um pouco longe dali - para decidir o que entraria ou não no cardápio. Elas foram conosco, apenas para ajudar em alguma eventualidade.

Passamos horas provando doces, chocolates, salgadinhos, canapés, frios de diversos tipos, porções de massas, pratos de sopas e mais outras coisas. Taylor ajudou na tarefa, talvez porque quisesse parecer útil ou talvez porque sua gravidez a estava deixando com fome. Lauren parecia interessada nesse assunto, e me lembrei por seu gosto pela culinária. Como minhas costas começavam a doer agora com mais rapidez, sentei em uma das cadeiras e permiti que ela resolvesse aquele assunto, escolhendo o que quisesse. Eu realmente não me importava com nada, contanto que ela não faltasse ao casamento.

Naquela noite, Lauren e eu tivemos uma pequena discussão. Ao pedir meu documento de identidade e minha certidão de nascimento para finalizar os últimos documentos que faltavam para tornar o casamento possível, descobri que ela havia decidido, sozinha, que nos casaríamos em comunhão total de bens. Eu não entendia absolutamente nada sobre assuntos jurídicos de matrimônios, mas sabia o suficiente para ter certeza de que casar com Lauren, assinando um papel que dizia que toda a fortuna dela era minha também, era, no mínimo, injusto.

- E o que você sugeriria? Separação total de bens? - Ela debochou.

- Seria mais plausível, não?

- Não!

- Me explique então de que maneira eu tenho alguma influência sobre a SUA fortuna.

- Se estou me casando com você, quer dizer que quero que as nossas vidas se unam. O que é meu é seu, e essa é a minha ideia de união.

- E por que eu não posso me unir a você sem precisar tomar as suas coisas...

- Você não está tomando nada. Eu estou dividindo...

- É injusto e claramente vantajoso unicamente para mim! Só eu ganho com isso!

- E eu não perco nada! Por que você é tão teimosa?

- E por que você sempre decide as coisas sozinha?

- Mas você concordou em deixar os assuntos jurídicos sob minha responsabilidade!

- Mas eu não lembrava que tínhamos que decidir o tipo de regime de bens!

Discutimos por algum tempo, até que minha cabeça começou a doer e Lauren pareceu profundamente arrependida de ter começado uma discussão, preocupada demais com o meu estado de nervos e como aquilo poderia afetar a gravidez. Quando eu já estava deitada e sendo devidamente paparicada, ela tentou me convencer em um tom mais calmo de que não havia porque optarmos por outro tipo de regime de bens, e que, caso eu continuasse com a mesma opinião, poderíamos mudá-lo depois do casamento.

Para tornar as coisas mais fáceis, eu aceitei. Sabia que se continuasse com a minha ideia, o casamento provavelmente acabaria não acontecendo dali a três dias. Além disso, Lauren estava certa: ela não tinha muito a perder, porque se dependesse só de mim, divórcio não era uma opção.

Na quinta-feira eu já não conseguia esconder minha ansiedade, que foi agravada quando Lauren comunicou que iria fazer a prova do vestido e que eu não poderia ir junto.

My Sweet Prostitute. (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora