4 - AF1.1

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☆*:.。.

"Advogadozinho de quinta! Cafona! Gostoso! Vou me vingar seu... seu... tedioso... argh!"

Win xingava Bright enquanto caminhava até a casa de seu irmão, depois da rapidinha mais intensa já contabilizada, ele simplesmente o despachou como um qualquer.

O ômega não podia acreditar em tamanho absurdo, mancando, devida a mordida que recebeu na coxa e as pernas ainda trêmulas da atividade mal recuperada, esbravejou até chegar na porta da residência. Noel o dispensou sem mais nem menos, ele não entendia a mudança repentina daquele imbecil, apenas o mandou se retirar.

'Ridículo, senhor advogadozinho 'eu-cumpro-com-minhas-palavras... nunca vi mais falso! Falso!'

Deu uma ajeitada na aparência, colocou um sorriso rígido no rosto e aprumou a postura.

"Eu vou acabar contigo, NoelBright, advogadozinho de porta de cadeia!"

"Ah, senhor Win, já estava indo chamá-los na sala. O jantar será servido."

"Brisinha, espere por mais uns 5 minutos, por favor. Pode avisar que cheguei, mas preciso de um banho rápido antes. Tive um encontro indesejado e preciso limpar a energia ordinária impregnada em mim."

"Claro, farei como me pede."

"Obrigado, você é a melhor! Vou te roubar para mim!"

Win deixou um beijinho na bochecha da beta, havia achado Brisa uma ótima funcionária, desde que ela cuidou dele e foi cúmplice da sua atividade na noite de natal. Ela, muito discreta, nada falou, inclusive o acobertou como pode, um anjo.
Subiu com certa pressa para o quarto, precisava se lavar, ainda se sentia úmido da atividade anterior e precisava passar uma pomada naquela mordida, não queria mais ligação com aquele advogado sem classe que poderia até lhe passar raiva como um cachorro que é.

Tomou um banho rápido, e se juntou aos seus familiares à mesa, seu filho foi o primeiro a perguntar sobre a marca em seu pescoço, o ômega quase teve um sufocamento por engolir o alimento sem mastigar.

"Isso foi um inseto, filho."
Respondeu puxando a gola do casaco.  "Fui atacado por insetos enquanto caminhava até aqui, virei o pé nas pedras soltas, estou até mancando."

"Papai, cadê o tio Bright?"

O primogênito de Men questionou, quando o jantar começou e seu tio favorito não estava.

"Humpf! Seu sócio, meu irmão, é um homem sem palavra. Ele me atendeu super rápido e me deixou no portão sem nenhuma vontade, ainda por cima me largou ali.
Descaradamente ainda disse ser um cumpridor de suas palavras."

Win estava indignado, apunhalando a comida no seu prato e mastigando com vontade.

"Irmãozinho, não o julgue assim. Ele teve uma emergência, deve ter te comunicado como fez comigo."

Men o respondeu e explicou alguma coisa ao filho que chacoalhou a cabeça em compreensão.

"Não sei onde um código ridículo e sem sentido se aplica ao comunicado." O ômega se serviu novamente. "O que quer dizer AF1.1? Para mim, parece alguma desculpa esfarrapada."

Win também estava frustrado por outra coisa, de alguma forma ele sentia que ficou fora do ar enquanto o alfa arremetia firme em seu interior. Ele associaria a um estado profundo de meditação se soubesse o que era isso, afinal nunca foi adepto a prática, sua mente era muito mundana para isso.

"É algo pessoal." E íntimo.

Men pensou. Não havia motivos para falar certas coisas pessoais de outra pessoa para seu irmãozinho.
O ômega apenas fez uma cara irritada, seu irmão e cunhada trocaram um olhar, que muito pouco dizia a ele. Após repetir dois pratos, se sentiu cansado e resolveu se retirar com o filho que já estava sonolento ao seu lado, era melhor encerrar seu dia pouco proveitoso.

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