12 - Família

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☆*:.。.

Win foi sincero quando disse não querer se casar com uma barriga imensa, mas isso foi antes de conhecer Mariana.
A mulher é a veterinária da fazenda, o ômega não havia colocado seus olhos nela ainda, apesar de já ter ouvido seu nome algumas vezes.

Principalmente seu filho falava com empolgação sobre ela quando voltava em seu chapéu e botas dos estábulos; Win achava que Chaos havia se encantado pela profissão, embora fosse cedo para dizer. Contudo, a maneira que ele falava como era o cuidado com cada animalzinho era material o suficiente para ver até onde ele levaria isso, independente da carreira que escolhesse ele teria seu apoio.
Era um final de semana, Win já estava no oitavo mês e sentia ainda mais a necessidade de ter seu alfa por perto e ele estava demorando a voltar dos estábulos. Hoje era dia da visita para verificar a saúde dos pôneis e Win resolveu ir até lá buscar seu homem, só não esperava encontrar uma mulher muito próxima dele, ambos encostados em uma cerca de madeira, sorrindo muito alegrinhos.

Sua autoestima só não havia caído porque seu alfa provava diariamente que ele permanecia mais e mais lindo, brilhante, perfeito e milhares de adjetivos. Como ele não acreditaria em palavras que o deixavam quase a desmanchar, quando seus olhos e seu toque o deixavam praticamente entregue? Não havia uma pessoa no mundo que não se sentisse especial, mesmo com a aparência de um pinguim que engoliu uma melancia.

Mas nesse momento, enquanto observava a mulher com um corpo escultural, uma bunda que dava pelo menos três da sua bisnaguinha, cabelos longos, sua vestimenta era simples, bem estilo country, incluindo o chapéu... "Uma beleza brejeira", constatou em pensamento e se sentiu muitíssimo enciumado.

Sua autoestima pareceu sumir como seu pinto que não enxergava há algum tempo, devido à barriga volumosa.
A mão de Bright empurrou o cabelo dela que voou para frente com uma rajada de vento e Win queimou de raiva, tendo imediatamente a mão de Bright sendo levada a marca. Em instantes o alfa se virou e o viu, olhou preocupado, mesmo sentindo o traço inconfundível do ciúme, alcançou seu ômega e o trouxe para onde estavam, não sem antes alisar as bochechas coradas de Win e dar-lhe um beijo que transmitia calmaria e pertencimento.

Mariana foi apresentada a Win, uma moça simpática, provavelmente mais nova até que ele, isso o deixou ainda mais afetado, mesmo seu alfa não o largado por um segundo, abraçado a ele e sutilmente transmitindo seu cheiro. Infelizmente, Win não conseguiu demostrar simpatia, ela não pareceu preocupada com a aceitação do ômega, que viu que ela não diferia de Bright, não se rebaixaria a ninguém nariz em pé.

Exatamente o que Win estava sendo agora, com sua carranca fria e superior, ele culparia os hormônios pelo ciúme excessivo, seu lobinho estava todo eriçado em posição de ataque e não o reprimindo pela atitude.
O ômega ouviu histórias sobre a moça, seus sogros já haviam falado dela, filha de um dos funcionários da fazenda, esforçada e dedicada, conquistou uma bolsa integral para a faculdade. Os pais de Bright ajudavam ela indiretamente a custear os caros livros e materiais necessários para a graduação, sabiam que eles não aceitariam fácil, então sempre achava um servicinho extra para os pais dela, e os recompensam generosamente, não havia prazer maior que poder proporcionar algo aos filhos. Obviamente que o casal entendia as intenções dos patrões e eram muito gratos aos mais velhos, que os tratavam com grande respeito, eles realizavam seu trabalho com extremo zelo para agradecer.

Hoje, Mariana estava formada e é a profissional que cuida dos animais da fazenda.
Win sabia que todos eram tratados muito bem na fazenda, ele não fazia distinção, apesar de que todos os tratavam com uma enorme formalidade, talvez com o tempo as coisas mudassem, já que até mesmo seu irmão parecia integrado a eles. Embora, o ômega, agora não estivesse trabalhando para isso.

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