Capítulo 2 - Alerta Vermelho

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Após horas falando com Regina sobre o mega, elas foram se deitar.  Os quartos baixos da plataforma foram evacuados,  afinal eram alvos fáceis,  então a pouca tripulação  que sobrou,  mais a tripulação que Regina levou estavam dividindo quartos.  E a morena Mills ficou no quarto de Emma Swan.

No silêncio de seu quarto, Emma tomou um gole do whisky, sentindo o calor do líquido descendo pela garganta. A imagem do megalodonte na tela do computador ainda ecoava em sua mente, mas algo mais pesava em seu coração. Ela achava que a morena já dormia.  Mas foi surpreendida com a luz se acendendo  e Regina tirando o copo de sua mão e sentando se de frente pra ela.

—As vezes por pra fora ajuda.— Regina falou fazendo ela olhar diretamente em seus olhos.

—Regina, você nem imagina o turbilhão que minha vida se tornou. Killian não me trai de hoje.

— Porque segue com o casamento? Você o ama tanto assim?

—Henry é o motivo. — Ela se levantou e pegou a foto do filho e entregou a bióloga. — Temos um tubarão pré histórico  a solta e eu aqui chorando.

— Vamos resolver sobre o mega. — Regina sorriu.— mas você precisa estar bem pra isso.

—Eu conheci o Killian eu tinha quatorze anos. Começamos a namorar. Eu amava ele. Com dezoito nos casamos. O sonho dele era ser pai... eu acho que ele me amava,  mas tudo foi mudando conforme eu engravidava e perdia  as gestações. Ele foi se afastando e me culpando por não dar o filho que ele tanto queria. Até que um dia ele me disse que teria seu filho por bem ou por mal. E eu na época não entendi.  Até o dia que ele chegou com minha irmã mais nova a Ingrid,  ela estava grávida de três meses,  e eles tinham um caso a 9 anos. E eu era casada com ele a 8 anos... então.— ela deu risada e limpou o rosto. —Ingrid deixou claro que não queria a criança.  Então acertamos tudo e quando ele nasceu eu adotei Henry legalmente. Killian  me prometeu deixar ela.  Eu voltei a estudar terminei a faculdade e consegui esse emprego.  E durante meu período no mar ele voltou com ela muitas vezes e me culpava pela minha ausência.  Porém  minha ausência é que paga as contas e banca o padrão de vida dele.

— Ok fora ele ser um merda,  ainda não entendi o porquê não pede o divórcio.

— Ele diz que se eu o fizer dará um jeito de me tirar Henry e contar que ele é adotado.

— Emma basta arrumar um bom advogado. E sobre a adoção uma hora seu filho vai descobrir,  melhor que seja por você.

—Sinto como se o mundo tivesse resolvido cair sobre a minha cabeça.

—Ás vezes, a vida nos testa de maneiras estranhas. Sei que acabamos de nos conhecer,  mas estou aqui Emma.—A fragilidade de Emma era palpável naquele momento, suas emoções tumultuadas misturando-se ao som do oceano lá fora.

—Obrigada.— Emma falou tendo sua mão acariciada. Ela olhou nos olhos de Regina, encontrando um lampejo de compreensão.

— Sem problemas. Estamos todas enfrentando nossas tempestades. Se precisar conversar mais, estarei aqui. Agora acho bom você deitar e descansar.  Teremos um dia longo amanhã. — Emma respirou fundo mais concordou.

Enquanto o alerta vermelho permanecia ativo e o megalodonte continuava a desafiar a equipe, um vínculo singular se formava entre Emma e Regina.

Enquanto a noite avançava, os membros da equipe se revezavam na vigia, atentos aos sensores que detectavam movimentos nas águas circundantes.

Após a intensa conversa, Emma e Regina decidiram descansar. Regina, já deitada, observava a engenheira com uma mistura de compreensão e preocupação.

Mar Profundo - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora