FʀᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • 𝐆𝐄𝐍𝐄𝐒I𝐒• (ปฐมกาล) 𝐕𝐢𝐬𝐢𝐬𝐨𝐧

22 - Veintidós -

                                              
Planeta Gênesis, Ano de 2703.

                             

Narrator's Point of view

                             

Calmaria; palavra bonita e sensação mais linda ainda, contudo, quando ela está presente tempo demais acaba-se tornando suspeita.

                             

"Freen?" A suave voz adentrou-lhe os ouvidos, trazendo a sensação de alegria. Aquela noite era calma, como as outras anteriores vinham sendo. Seis dias se passaram desde que Freen jogara a isca e, por enquanto, nada havia acontecido.

                             

"Como me achou aqui?" A garota dona dos olhos verdes indagou curiosa, virando-se para fitar a mais nova. Uma doce risadinha foi ouvida e Freen se concentrou na escuridão dentro de si para não sorrir com tal melodia.

                             

"Bem, digamos que por você morar aqui e esse ser seu quintal não fez da minha tarefa algo muito difícil." Falou sorrindo. "Também tenho a vantagem de morar logo ali." Rebecca disse se virando rapidamente para apontar para sua casa.

                             

"Certo." Freen disse assentindo com a cabeça.

                             

"O que faz?" Rebecca perguntou se aproximando. Freen estava sentada admirando o céu. Ela vinha fazendo isso todos os dias naquela semana e Rebecca sabia, pois perdia horas do seu precioso tempo admirando Freen do sofá de sua sala, através da enorme janela de vidro.

                             

"Aproveitando a temperatura gostosa para admirar o céu. Não é todo o dia que vou para a base 1 e não é como se o céu daqui se comparasse com o de lá, mas me agrada." Explicou.

                             

"Eu, hm, posso me sentar?" Rebecca perguntou timidamente, mordendo seu lábio inferior.

                             

"Oh, claro. Não é como se eu fosse ficar muito mais tempo por aqui, mas pode sim." Falou e Rebecca suspirou decepcionada, no entanto, se sentou calada. Sabia que Freen costumava ficar muito mais tempo ali e ao decorrer da semana notou que Freen estava lhe evitando. Isso não agradou o coração de Rebecca, mas o que a pobre moça poderia fazer?

                             

O silêncio predominou entre elas e com ele veio o desconforto. Não estavam habituadas a não estarem sorrindo na presença uma da outra, contudo, Freen preferia esperar. Esperar para escavarem as fissuras. Tinha certeza de que aconteceria, ela nunca errava um palpite.

                             

Ou talvez fosse apenas seu medo de se envolver com alguém falando mais alto e criando paranoias em sua cabeça. Em seu mais profundo interior ela torcia para nada acontecer, se sentia bem ao lado de Rebecca e a doçura e a áurea alegre da menina a inebriavam.

                             

Freen sempre fora do tipo que não se apaixonava; às vezes chegava até a desconfiar se tal sentimento realmente pudera existir, mas algo dentro de si despertou desde que Rebecca apareceu; algo estúpido e idiota; sua parte mais desesperada e necessitada de atenção; a parte que escondera tão bem ao longo da vida.