5 - Cinco -

566 123 14
                                    

                                                
Planeta Terra, Ano de 2703.

                     

Freen's Point of view

                     

Quando dizem que você é louco por fazer ou falar algo que aparentemente é absurdo para eles, você não precisa se irritar. É tudo uma questão de fé. De confiança. Ou eles acreditam ou não acreditam em você. Simples.

                     

Se você mal conhece a pessoa, ponha as cartas na mesa, se ela não acreditar... Bem, tanto faz.

                     

Se você conhece muito bem a pessoa faça o mesmo. Se ela não acreditar... Bem, ou você sempre foi mentiroso e não lhe deu motivos para crer no que diz ou a pessoa não confia em você, e sem confiança nenhum tipo de relação vai a lugar algum.

                     

Não vale a pena insistir nesse tipo de relação.

                     

"O quê disse?" Ele perguntou.

                     

"Exatamente o que ouviu." Falei e ele me olhou pensativo.

                     

"Tem certeza que aquelas coisas foram mortas, Mi hija?" Perguntou à Rebecca.

                     

"Sim. Vi o exato momento onde Freen atirou e eles caíram. Também vi Engfa matando um." Ele descruzou os braços e me olhou de soslaio.

                     

"Quem me garante que não estão apenas interessadas em se alimentar de nós?" Franzi o cenho em confusão.

                     

"Perdão?"

                     

"Depois que aqueles meteoros caíram a comida foi ficando escassa e agora, além dos grandões, alguns humanos matam outros para comerem a carne do corpo deles." Explicou sério.

                     

"Que asco." Engfa falou.

                     

"Está achando que somos canibais?" Perguntei com expressão de nojo.

                     

"Não sei. Me diz você."

                     

"Bem, não somos, mas se fossemos não iríamos te contar a verdade." Falei. "Senhor, eu adoraria te contar toda a história do por quê estou aqui, mas estamos meio sem tempo. Eventualmente vou te contar assim que chegarmos na nave." Expliquei paciente. "Posso te garantir que não somos canibais, se fossemos teríamos levado sua filha pra fazer o churrasquinho de hoje a noite e não vindo atrás da família dela oferecer apoio."

                     

"Ela tem razão, pá!" Rebecca falou.

                     

"Poderíamos ter perguntado a ela como chegar aqui e ter vindo atrás de você depois do banquete que teríamos com a carne dela." Falei novamente. "Precisamos ir. O quanto antes." O homem me fitou sério por um tempo. Pude ver na expressão de Engfa que ela já estava ficando sem paciência.

FʀᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • 𝐆𝐄𝐍𝐄𝐒I𝐒• (ปฐมกาล)  𝐕𝐢𝐬𝐢𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora