38 - Treinta y ocho -

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Planeta Terra, Ano de 2698

                     

Narrator's Point of view

                     

Os olhos de Rebecca se franziam na tentativa de enxergar de longe, porém os raios de sol atrapalhavam sua missão. Os 45 graus Celsius a levavam à exaustão e a falta de água contribuía para isso.

                     

A cada ano que se passava a temperatura subia de três à quatro graus, consequência da falta de árvores que eram devoradas pelos brutamontes.

                     

Ela queria muito verificar melhor as redondezas, no entanto se via caindo de sono. Há dias não dormia direito e aproveitando que Sofia dormia ela optou por cochilar ao menos uma hora.

                     

Seus olhos foram abertos de supetão ao sentir uma mão tampar sua boca. O desespero tomou conta de si, porém seu coração errou uma batida ao ver quem era.

                     

"Shh... Sua irmã está dormindo." O homem sussurrou. No momento seguinte Rebecca se jogou no braços de seu pai, em um abraço forte.

                     

"Você nos achou." Ela proferiu em um choro baixinho.

                     

"Sim, meu amor. Papá demorou, mas achou meus amores." Ele sussurrou, vendo-a lhe fitar com a expressão desolada.

                     

"Eu não consegui proteger Nicolas." Sua voz saiu como se com ela estivesse saindo junto cacos de vidro.

                     

"Eu sei. Eles quase me acharam; ouvi uma conversa deles." O homem disse com profundo pesar. O olhar da garota umedeceu no mesmo instante.

                     

"Me perdoa, papá. Eu tentei. Eu juro que eu..."

                     

"Shh... Não foi sua culpa, mi niña. No te preocupes." Ele sussurrou, não querendo que sua filha assumisse a culpa.

                     

"Ele estava em meu colo." Rebecca disse, deixando cintilar a nostalgia em seu olhar.

                     

"Filha, quero que me escute." Ele disse sério. "Se alguém tem que levar a culpa aqui, esse alguém sou eu." Ele disse sério. "Eles estão atrás de mim porque sou a única pessoa que sobreviveu dos oito homens que sabiam o código que abre o arsenal do governo." Rebecca lhe fitou confusa.

                     

"E por que não lhes dá esse código e ficamos em segurança?" Ela perguntou.

                     

"Se eu entregar esse código nada mais lhes impede de nos matarem." Afirmou, acariciando os cabelos da garota que agora deitava sobre seu peito.

                     

"Por que nos matariam?"

                     

FʀᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • 𝐆𝐄𝐍𝐄𝐒I𝐒• (ปฐมกาล)  𝐕𝐢𝐬𝐢𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora