Tonight, you got my time

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Estava escurecendo, ela não fazia ideia do que deveria dizer ou como agir. Apenas seguiu aquele cara que havia dito que o chefe da mafia queria vê-la. Era uma simples garota que trabalhava na sorveteria de sua família, nunca se envolveu com essas coisas.

- Sua família é dona daquela sorveteria, né? - O estranho tentou puxar assunto. - Eu amo o sorvete de lá, só pode ter magia pra ser tão bom. - Ela não falou nada. - Qual é? Vai me ignorar? Eu já disse que ninguém vai te machucar, é que o maluco do Gio... - Percebeu que era melhor não sair por aí revelando o nome do chefe da mafia. - Enfim, só estou fazendo o que me pediram mas não vou deixar que você se machuque.

"Gio" aquilo se repetiu na mente dela. Como seria o chefe da mafia? Ela se questionava, devia ser alguém bem forte para conseguir todo aquele poder. Estavam chegando num restaurante caro. Obviamente um mafioso não receberia qualquer pessoa em sua casa, covil ou algo do tipo.

- Esse seu chefe, como ele é? - Finalmente decidiu falar.

- Ah, não sei explicar muito bem, mas ele é uma boa pessoa.

- Boa pessoa... - Aquilo não fazia sentido. Boa pessoa? Era simplesmente o chefe da mafia.

- Ele é bem legal. Inclusive, sou o Mista, prazer em te conhecer. - Ela não queria que mafiosos soubessem seu nome, mas se sentia mal em deixá-lo no vácuo, então se apresentou também. - Você tem um nome bem legal, hein?

- Obrigada.

- Chegamos. Ele tá sozinho no restaurante então você vai saber quem é assim que entrar.

- Você não vem?

- Vou ficar por aqui mesmo. - Sentou-se num banco, preguiçosamente. - E nem pensa em fazer gracinha, vai direto pra lá.

Ela não podia desobedecer, percebeu que aquele homem estava armado. E, mesmo que ele parecesse amigável, não era conveniente confiar demais. Atravessou a rua, chegando no restaurante. Parecia um lugar muito caro, por um momento, sentiu vergonha de entrar lá com suas roupas tão casuais. Respirou fundo e abriu a porta do lugar.

Foi recebida por um funcionário que parecia saber tudo o que estava acontecendo, ele pediu para que a jovem o acompanhasse até uma mesa no fundo do restaurante, onde um loiro estava sentado mexendo no cabelo. "É ele? Não é possível que seja!", ela estranhou toda aquela situação, "talvez seja mais um subordinado".

- Boa noite, senhorita. - O loiro a cumprimentou e levantou-se para puxar uma cadeira para ela, sendo cavalheiro.

- Boa noite...

- Espero que goste do lugar. Venho com frequência aqui.

- É um lugar bonito.

- A comida é ótima. Posso te recomendar meu prato favorito?

- Sim.

Olharam o cardápio juntos, a situação pareceria super casual, se ela não estivesse entre desconhecidos envolvidos com a máfia. Após pedirem a comida ela permaneceu em completo silêncio, só então decidiu arriscar falar algo.

- Você ainda não se apresentou.

- Não acho tão conveniente sair por aí falando meu nome, mas eu também não posso perguntar o seu, se for assim, seria injusto.

- Quantos anos você tem? - Arrependeu-se instantaneamente, não devia ser tão curiosa com gente perigosa, mesmo que o homem em sua frente não parecesse perigoso.

- É uma boa pergunta. Muito pessoal, mas essa eu vou responder. 17, ainda não posso beber nada alcoólico. - Brincou no final.

- 17...?

- Tá surpresa? Por acaso aparento ser mais velho?

- Na verdade, não.

- E você? Já é maior de idade?

- Não, temos a mesma idade, senhor.

- "Senhor"? Assim me sinto um vovozinho.

- É que não sei como te chamar.

- Você venceu. Me chame de Giorno.

- Giorno, igual "dia"?

- Exato.

- Certo. Giorno, posso perguntar por que estou aqui?

- Hoje queria apenas te cumprimentar e ver que tipo de pessoa você é. Vamos precisar marcar uma reunião séria depois. - Um arrepio subiu pelas costas dela, queria ir embora, não entendia aquela situação. - Podemos apenas jantar como bons amigos por enquanto? - Ela permaneceu em silêncio pedindo que tudo aquilo acabasse logo para que pudesse ir para casa.

Enquanto comiam, o silêncio permanecia forte, Giorno a encarava sem nem disfarçar, isso aumentava o nervosismo dela. Quando a refeição finalmente acabou, ela sentia suas mãos suadas pelo nervosismo.

- Preciso ir. - Falou amedrontada.

- Tem certeza? Queria conversar mais um pouco. Essa noite tenho tempo de sobra.

- Meus pais vão ficar preocupados se eu chegar muito tarde.

- Tudo bem, pode ir. E me conta o que achou da comida depois.

- Obrigada pela refeição, senhor. - Disse enquanto se levantava e saiu rapidamente sem olhar para trás.

- Me chama de Giorno. - Reclamou, embora ela já estivesse distante demais para ouvir.

A garota certificou-se de que ninguém estava a seguindo ou observando e foi o mais rápido que pôde para casa. Não queria ver aqueles caras de novo, seu coração acelerava de medo só de pensar na tal "reunião séria". Sua família não era rica, o que eles poderiam querer? Esse questionamento a rodeou durante toda a madrugada.

Freek 'N You - Giorno Giovanna Onde histórias criam vida. Descubra agora