Isis Carson, uma recém-formada em psicologia, aceita um trabalho que promete transformar completamente sua vida. Dentro dos muros de uma prisão, ela conhece um bad boy que irá assombrá-la para sempre. Ah, Isis... Mal sabe o que está prestes a enfren...
"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do Destino" — Luiz Fernando.
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21 de janeiro de 2024. Whitville, Quiméria
Corro desesperada para ajeitar o cabelo no espelho trincado que fica no canto do meu quarto. Os fios rebeldes insistem em sair do lugar, mas hoje nada pode dar errado. Depois de três anos, vou poder visitar meu irmão. Vou poder abraçá-lo de novo, sentir que ele está ali, inteiro.
Meu coração dispara só de imaginar.
Pego minha bolsa no guarda-roupa e dou uma última conferida no que carrego. Sei que não vou entrar com ela, mas sair sem minha fiel companheira? Nunca.
Spray de pimenta, check. Colt, check. Adaga afiada, Check.
No mundo que vivo, essas coisas são tão essenciais quanto o ar para respirar. Vacilar não é uma opção. Ainda mais nesse jogo injusto que é o universo mafioso. Principalmente com o sobrenome que carrego como uma herança suja do pai.
Pai... ele nuca mereceu esse rótulo. Sempre me metendo em seus planos cruéis. Carlos que o diga... Sinto pena dele, tanto pelo que passou na infância, quanto por estar preso agora, e tudo por uma troca idiota de poder. Ainda não entendi o que ele ganhará com isso tudo.
Enquanto passo os dedos pelos detalhes da bolsa, mergulhada nos pensamentos, a porta do meu quarto escancara com um estrondo.
— Daise?
Quase pulo como um gato assustado. A voz familiar e os passos invasivos não deixam dúvidas: Lucas. O descarado do Lucas. Meu coração dá um salto tão violento que parece querer escapar pela boca.
Viro-me com tudo, o ar de empolgação sendo substituído por puro desgosto.
— Desgraçado! — disparo, apontando o dedo do meio pra ele como se fosse uma arma carregada.
Lucas, despreocupado como sempre, entra no meu quarto como se fosse a sala de estar da própria casa.
— O que você tá fazendo aqui? — solto, furiosa. — Eu quase enfartei, seu idiota! Tá achando que minha casa é o QG agora?
Ele sorri, aquele sorriso cínico que me tira do sério.
— E aí, vai me bater com a bolsa? Ou atirar em mim com o Colt? — provoca, apontando para o item pendurado no meu ombro.
Respiro fundo, tentando não perder a cabeça. Ele vive pra me desestabilizar.
— Me tenta, Lucas. Só me tenta. — Aperto o zíper da bolsa, sentindo a paciência se esgotar. — Vai ter sorte se eu não colocar veneno no seu café na próxima vez.