Médica?

5.1K 49 15
                                    

Me encontrava em mais uma das minhas festas noturnas, que com um pouco de luta consegui convencer minhas mães de me deixarem vir, sim eu tenho duas mães o que tem?

A única condição delas para vir era que eu maneirasse na bebida e não voltasse tão tarde pra casa, por isso vim com meu irmão Jonatas, um ano mais velho que eu e que poderia cuidar de mim, o mesmo me olhava do balcão da boate enquanto mexia no celular.

Eu não ligava se o meu irmão estivesse ali porquê ele não falaria nada que eu fizesse ali e também porquê nós éramos parceiros de guerra e não falávamos nada que o outro fazia para nossas mães, caso não fosse algo tão ruim claro.

Já estava cansada de ficar ali sentada sem fazer nada então fui até onde meu irmão estava pedindo um drink pro barman que se encontrava ali.

Jonatas:-que foi? Cansou de ficar ali maninha?

Vitória:-pior que sim, balada parada do caramba.

Bufei irritada pois realmente não estava fazendo nada de bom ali, já estava cogitando ir embora o mais rápido possível.

Meu irmão deu um riso fraco com o meu comentário olhando para trás das minhas costas.

Jonatas:-chega em alguém e pronto.

Olhei incrédula pra ele que ria da minha cara de espanto, quem ele pensava que eu era? Uma prostituta?

Vitória:-não sou de ficar me oferecendo pra ninguém não maninho, entendi bem quando as nossas mães disseram.

Jonatas:-eu sei, mas só se vive uma vez, e tem uma menina lá que não tira os olhos de você.

Mesmo sem querer, me virei no automático pra ver quem era, meu olhar foi de encontro com o de uma garota me encarando, trocamos olhares por alguns segundos até que eu quebrei o contato me virando pro meu irmão novamente.

Vitória:-tá doido? Já não disse várias vezes que eu não fico com mulher.

Jonatas:-ai conta outra maninha, já tivemos essa conversa antes não?

Vitória:-por isso mesmo, já disse que sou hétero, H-E-T-E-R-O! Deu pra ouvir agora?

Jonatas:-para de ser burra e se assume logo, não tem ninguém da família que não te aceite e você sabe disso.

Eu já bufava de raiva, ninguém nunca acreditava quando eu dizia que eu era hétero, principalmente meu irmão, minhas mães sempre respeitaram minha decisão e sempre disseram que nunca iriam me forçar a ser algo que eu não queria.

Vitória:-assumir o que? Que eu sou hétero? Tá bom, EU SOU HÉTERO! Tá bom assim?

Meu irmão revirou os olhos no mesmo instante me deixando mais irritada ainda.

Vitória:-só porquê você é gay eu tenho que ser também?

Jonatas:-não sou gay maninha, sou pansexual é diferente, ok?

Ri baixo com as suas explicações passando minhas mãos no rosto sentindo o suor em minha testa.

Jonatas:-se você não quer eu quero.

Quando ele iria se levantar eu agarrei seu braço sentando o mesmo no banquinho novamente.

Vitória:-onde se vai?

Meu irmão não conseguiu segurar o riso me encarando debochado como se espiculasse algo em minha expressão.

Jonas:-ver a garota que você negou.

Vitória:-eu... Eu não neguei nada.

Não medi minhas palavras vendo um sorriso diabólico se apossar dos lábios do meu irmão mais uma vez, aquele gay metido não tinha jeito mesmo.

Contos lésbicos Onde histórias criam vida. Descubra agora