Contos lésbicos

Amigas

Nunca pensei que iria dizer isso, mas eu estou apaixonada pela minha amiga, sim, apaixonada mesmo, eu nunca dei muita bola para os meus sentimentos por ela, pois sempre pensei ser uma paixão platônica que nunca sairia dos meus pensamentos, até minha amiga se assumir lésbica pra mim a alguns dias atrás.

No começo fiquei em choque pois ela nunca me contou nada sobre essas coisas, e do nada ela se assume dizendo que confiava em dizer aquilo somente pra mim, mas agora estou tão feliz quanto ela, pois talvez eu tenha uma chance já que ela não teria como correr dizendo coisas como, "eu sou hétero!" Ou algo que me faça desistir de tentar.

Mas com o tempo ouvi ela falar de uma menina que ela está gostando que me deixou meio pra baixo, confesso que estava ficando cada vez mais difícil ficar perto dela, olhar nos seus olhos e não desejar pelo menos beijar seus lábios, esse sentimento está me matando tanto que eu ando até meio afastada dela, para não ter problemas futuros com esse sentimento que agora eu julgo ser idiota.

Hoje riamos nos ver, Jenifer me convidou para ir à sua casa depois de um bom tempo sem ir, eu estava nervosa pois teria que ficar com ela ao meu lado, não que eu não goste de vê-la, eu amo vê-la, esse é o problema e outro pânico é que eu sou lésbica e também sou uma virjona da vida que não pode ver uma buceta que, fica excitada ou morrendo de medo, eu e Jenifer estamos a um tempo sem contato pelo motivo que eu não contei nada pra ela, queria? Queria! Mas não consigo, ela pode se afastar e sumir da minha vida, eu não iria aceitar perder minha amiga pra uma paixão, mas ao mesmo tempo eu queria falar pra ela, mas meu medo não deixava, era impossível tentar brigar com uma emoção como aquela que me dominava por completo, após chegar da faculdade me arrumei, peguei o necessário pra passar a noite e me arrumei devidamente, pedi a minha mãe que me levasse até a casa de Jenifer, ela concordou e logo nós estávamos lá, nos despedimos e eu desci do carro vendo minha mãe ir embora dali, encarei a porta da casa dela e engoli a seco, eu não queira parecer uma medrosa, mas estava difícil, com dificuldade bati na porta e não demorou muito para ela abrir me dando a visão do seu corpo lindo, ela usava um shorts de pijama rosa claro que não cobria nada e um cropped da mesma cor que lutava pra cobrir seus seios que estavam saltando praticamente na minha cara, tentei sorrir mas travei, ela era areia demais para o meu caminhão, aquilo era óbvio, o que ela iria querer com uma nerd que por sinal era sua amiga?

Jenifer:-vem, entra.

Caroline:-e seus pais?

Jenifer:-vão sair.

Engoli a seco mais uma vez só nesse tempo que estava ali com ela, seus pais iriam sair, aquilo era um problema, eu não podia ficar sozinha com ela, não iria dar certo, não que eu fosse agarrar ela ou ela me agarrar, mas independente, não podíamos, seria horrível, eu não queria ou queria? Eu não sabia mais de porra nenhuma, só queria fugir.

Caroline:-achei que eles iriam ficar em casa.

Jenifer:-esqueceu que cada fim de semana eles escolhem algo pra fazer juntos? E hoje pra tristeza de poucos e alegria de muitos, eles resolverem jantar fora, tendeu?

Assenti várias vezes, tentando guardar aquela informação na minha cabeça, que ficou até engraçado, pois arrancou várias risadas dela que me levou até a sala de estar onde a tv já estava ligada na Netflix, ela se insinuou para sentar no sofá e eu meio relutante me sentei junto dela, enquanto ela ia procurando um filme, eu fingia demência e tentava não olhar pra sua cara.

Jenifer:-o que acha de um terror?

Eu olhei pra ela que tinha uma cara séria e o controle da tv na sua mão, sorri fraco e assenti toda travada, eu não sabia o que fazer perto dela, como agir, o que dizer, eu só queria ela comigo, mas não podia fazer isso, eu iria jogar uma amizade fora, isso era o que mais se passava na minha mente naquele momento.