Hoje chegou o dia em que o Pietro e a Manu iriam embora, meu coração esta apertado já chorei horrores, mas sei eu será melhor para eles assim. Mamãe e papai até hoje não entraram em contato com eles, e eles também não deram o braço a torcer, toda essa situação é triste.
-Vou sentir tanta saudade- digo abraçando os dois
-A gente também- eles dizem em uníssono.
Levamos eles até o aeroporto, chegando lá nos despedimos e foi o maior chororô.
Já se passou mais de uma semana e nenhuma pista sobre os traficantes, o que tem deixado David muito frustrado, ele passa a maior parte do tempo no escritório, e eu fico em casa ou ficava na casa do Pietro junto com Manu. Ela me distraiu muito durante esse período e sua gestação estava andando muito bem, meu sobrinho estava muito saudável, e grande, agora com sua ida embora eu ficava muito tempo em casa sozinha e isso estava me sufocando.
Descido ir para casa dos meus pais passar o dia por lá.
Chego dando um abraço em todo mundo, eles estavam na piscina esperando o almoço, ficamos ali conversando, David tinha ido pra delegacia novamente. Eu sei que tudo isso o deixava frustrado, e ele estava preocupado comigo também, mas ele estava cada dia mais distante, isso me deixava tão triste.
Logo entramos para almoçar, assim que terminamos e meu celular tocou em uma chamada de vídeo e era a Manu, atendi e ela estava feliz, vi meu pai se levantando da mesa e eu não disse nada, pergunto sobre meu sobrinho e ela me conta tudo animada, e diz que vai ir ate o quarto pra me mostrar, nesse momento mamãe levanta e vem para meu lado, Manu ainda não tinha visto que mamãe estava na ligação também, Ela abre a porta do quartinho e esta tudo tão lindo, mamãe solta um lagrima na hora.
-Meu netinho é um menino?- Ela diz
Manu se assusta e vira a câmera pra ela
-Mãe?- Ela diz com os olhos cheios de lagrimas, mamãe já estava chorando.
-Como você tá minha filha? e o seu irmão- ela pergunta
-Estamos bem mãe, o Pietro está na empresa, e eu já cheguei da loja- ela diz- Vocês estão bem?
-Estamos sim minha garotinha, e esse garotinho, já escolheu o nome?
-Theo mãe, o nome dele vai ser Theo.
Ficamos mais de uma hora conversando sobre vários assuntos, até Cauã entrou na conversa, ele disse que estava com saudade e prometeu ir pra lá no mês de nascimento do nosso sobrinho, mamãe disse que também vai e que ninguém vai impedi-la. Fico tão aliviada que mamãe e ela se acertaram, meu coração fica em paz, só falta meu pai, mas daqui a pouco ele deixa esse orgulho de lado.
...
Se passaram mais dois meses e nada, David passava pouco tempo em casa, mas ele me dava atenção nesse tempo, a gente se amava era nítido, mais a situação era complicada com toda essa investigação, eu quase não podia sair de casa, só ia para casa dos meus pais, eu sei que era pra minha segurança mas isso me fazia mal, Hoje ele concordou que eu precisava sair um pouco.
Combinei com Mari e com a Jessy de ir no shopping bater perna, Jessy está em um relacionamento cada dia mais firme e forte com o Cauã, fico feliz por isso, já Mari ela me liga sempre, mas sinto ela estranha, mas ela sempre diz que nada.
-Oi meus amores- digo indo abraça-las assim que chego na frente do shopping
Elas me abraçaram forte e decidimos fazer algumas compras, passamos em varias lojas e compramos varias coisas, e fomos para a praça de alimentação.
-Desembucha- Falo pra Mari que arregala o olho- Anda Mariana eu sei que você tá me escondendo alguma coisa.
-Soph, só me promete que não vai surtar por favor- ela suplica
-Porque eu surtaria?
-Quando você estava internada eu me aproximei muito do Johnny.- Ela diz prestando atenção nos meus movimentos.- e acabamos ficando juntos
-Mari eu não tenho o porque surtar, vocês são solteiros e merecem toda felicidade do mundo.- Ela suspira aliviada.
-Tem mais uma coisa- Arqueio a sobrancelha, e Jessy também.- Eu tô gravida
Eu e a Jessy ficamos sem reação por alguns segundos e depois fomos abraçar ela.
-Quando você descobriu?- diz Jessy.
-Hoje de manhã- ela riu
Ficamos ali comemorando, lanchamos e ficamos muito tempo ali conversando, como senti falta disso, delas e de ver gente, com elas eu consigo esquecer os problemas e sei que elas me entendem.
Depois de horas a gente decide que era hora de ir embora, eu mando mensagem para David que ficou de me buscar e vamos esperar ele na frente do shopping, quando a gente menos espera aparece um carro preto parando bruscamente na frente do shopping, e dois homens saem de dentro do carro, um agarra meu braço enquanto o outro afasta as meninas que estavam gritando, sinto algo no meu nariz e meu corpo fica fraco.
...
Acordo horas depois em um lugar escuro, minha cabeça está doendo, eu estava amarrada e com uma mordaça, olho pro lado e vejo mais 15 meninas na mesma situação, todas ainda estavam desmaiadas, só eu tinha acordado,merda. Um homem alto, de terno preto cruza a porta e olha pra nós uma a uma com atenção.
-Essas cinco- Aponta pra mim e mais quatro meninas- Vão para El Royale, as outras para o Bellagio- ele diz e os outros homens concordando nos agarrando e colocando a gente dentro de um navio.
Meus olhos ardem com as lagrimas, e sinto desespero, eu quero minha casa, eu quero o David e minha família.
São horas de viagem até que chegamos em um cais, eles nos tiram de dentro do navio e tiram nossos objetos pessoais, e jogam no mar, eu e todas meninas estamos desesperadas, sabemos de que se trata tudo isso, minha cabeça dói cada vez mais de tanto chorar. Eles nos dividem em três carros e nos levam para o tal lugar, observo na janela e vejo que estamos em Los Angeles.
Chegamos em um Cassino, gigante, eles nos levam pela parte de trás, e nos levam para o sótão do lugar, lá tinha varias mulheres sentadas em camas
-Renata- um dos caras grita e uma garota ruiva aparece, ela tem alguns hematomas e sorri pra nós
-Oi Caveira- ela diz
-Explica as novatas as regras e as preparem para subir hoje- ele nos empurra e sai dali.
-Oi gente-ela sorri fraco soltando nossas mãos.- Todas brasileiras- ela pergunta e concordamos- Gente é o seguinte, Vocês vão trabalhar como garçonetes no cassino, as vezes eles selecionam uma para fazer programa caso um cliente importante se agrade, eu sei que vai ser difícil no começo, até porque ninguém tá aqui porque quer, mais temos que obedecer, se não a gente fica dias sem comer e só apanhando- ela diz mostrando seus braços e eu deixo cair algumas lagrimas.
Ela continua explicando mais algumas coisa e nos leva para nossas camas. minha cama é ao seu lado e ela começa a puxar conversa comigo, ela tem 21 anos, está aqui a seis meses e ontem foi a primeira vez que foi obrigada a se prostituir, seus olhos eram tristes, ela era natural de São Paulo, e era linda, deixou seus pais e seu irmão mais novo, em busca de trabalhar fora do pais, a ofereceram um trabalho e quando ela chegou era isso aqui.
Conversamos alguns minutos e logo um dos caras vem no mandar se arrumar para subir para o cassino.
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Sophia
FanfictionSophia Albuquerque de Andrade uma garota agora com seus 18 anos,filha de advogados e com mais 3 irmãos ,entre eles Cauã seu irmão gêmeo. Promete aprontar muito e deixar seus pais de cabelo em pé... Segundo livro da série "Doce Realidade"