Capítulo 20

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Vamos vê como foi esses 6 meses pela visão do David?

Bônus David

Escuto o carro da Sophi saindo e me levando para tomar um banho, eu espero que ela aceite vir morar aqui, não vejo a hora de poder acordar ao seu lado todos os dias. Termino de tomar meu banho me arrumo e desço pra tomar café, quando estou prestes a sair de casa meu celular toca, ué é o Pietro irmão mais velho da Sophia. Atendo, pra ver do que se trata, deve não ter conseguido falar com a irmã e quer saber se ela já saiu.

Ligação on

-Oi Pietro, se é pra falar com a Soph ela já s...

-David é a Sophia cara-Sou interrompido e engulo seco.

-O que houve?-Minha voz sai estridente

-Ela capotou com o carro- Nesse momento meu mudo desaba e eu caio de joelhos

-Pietro você tem certeza? ela acabou de sair

-Tenho cara- a voz dele sai com um soluço e eu entendo que é verdade, ele está chorando

-Porra...-Grito com lagrimas nos olhos- Onde ela tá?

-No hospital do centro, ela está indo de amb...

-Estou a caminho- Não espero ele finalizar e encerro a ligação

Ligação off

NÃO PORRA ISSO NÃO PODE TA ACONTECENDO. Jogo vários copos no chão e saio em disparado, nunca fiz um caminho tão rápido, só não fui mais rápido que minhas lagrimas que escapavam dos meus olhos, eu não posso perder ela .

Estaciono meu carro de qualquer maneira, quando o frentista vem falar alguma coisa, quando ele ver minha farda ele fica quieto, ótimo não quero socar ninguém. entro igual a um furacão e logo vejo a família dela

-Cadê ela? Onde ela tá- Pergunto sentido minha garganta fechar é como se eu não pudesse mais respirar

-Calma David- Sua mãe pega no meu braço- Ela acabou de chegar e foi para o centro cirúrgico- sinto o chão debaixo dos meus pés sumir

-Cirurgia ?-pergunto agora soluço, e vejo os olhos dela se encherem de lagrimas

-Ela teve vários ferimentos que fizeram ela perder muito sangue, o medico disse que era urgente e que depois conversaria conosco- ela me abraça e eu me permito chorar mais, sinto uma mão no meu ombro e vejo que era seu pai que também estava igualmente abalado

Nos sentamos na cadeira de espera seus pais, seus irmãos e eu. A hora não passava, ninguém nos falava nada, e cada minutos que se passava eu ficava mais angustiado. 3 Horas se passaram e um medico veio conversar com a gente

-Familiares da paciente Sophia Albuquerque Andrade?

-Nós- levantamos em um só salto- Como ela está doutor?

-Ela teve sorte, se assim podemos dizer, foi socorrida rápido o que nos ajudou, ele teve vários ferimentos que causou muita perda de sangue, fraturou duas costelas, fraturou a clavícula- A cada palavra que ele dizia meu coração era esmagado- e quebrou uma das pernas.

-Meu Deus- sua mãe disse cobrindo a boca com suas mãos

-Infelizmente ela bateu a cabeça, não apresenta nenhum ferimento sério, porém ela ainda não acordou, tememos que ela entre em coma pelo estado do trauma- ele diz e meu mundo cai ali mesmo

-Podemos vê-la?-Pietro pergunta

o médico concorda com tanto que entre de dois em dois, digo pra eles irem na frente que preferia ser o ultimo e todos concordam.

Quando chega minha vez, entro no quarto e me desespero mais uma vez, Seu olho esta roxo e inchado, vários pontos e cortes pelo seu corpo, seu braço imobilizado e sua perna engessada, Derramo algumas lagrimas por vê-la assim, o que aconteceu com você minha princesa?

-Oi amor...-digo chorando e me aproximando quando pego sua mão- Volta pra mim por favor, tá doendo te ver assim, quero ver você sorrindo e falando que sabe se cuidar, quero acordar e olhar seu rosto de anjo, com a respiração calma enquanto dorme, quero sair pra trabalhar e te da um beijo na despedida, sai dessa logo, e não desiste por favor, eu preciso de você- digo enquanto faço carinho no seu rosto- Vai amor, acorda logo.

Saio da sala, me despeço da família e peço que qualquer coisa me liguem. Vou pra delegacia pra verem se descobriram o que aconteceu. chego e as testemunhas disseram que o cara estava em alta velocidade, aparentemente bêbado, bateu no carro dela e fugiu.

Foram dias me desdobrando entre o hospital e a investigação, até que exatamente uma semana depois achamos o carro, até próximo do local, o carro tinha varias latas de bebidas e cigarros de maconha, o que bate com as informações das testemunhas, a pericia investiga o carro atrás de digitais, mais o carro tinha queixa de roubo de exatamente duas noites anteriores. PORRA

A investigação segue sem mais pistas o que me deixa frustrado, já o caso da Sophia segue evoluindo com os ferimentos, mais ainda sem respostas dela acordar, o que me deixa cada dia mais no fundo do poço. Mais um dia estou chegando no hospital, e todos me olham com, pena? vão se foder se acham que vou desistir dela, podem se passar anos e eu estarei aqui esperando.

-Oi amor- entro no quarto, sorrio em ver que os hematomas sumiram, e agora só parece que ela está dormindo tranquilamente- já são três meses mocinha, não chega de cama não?- pego em suas mãos- eu tô com saudade do seu sorriso, do seu beijo, e da sua voz, daria tudo pra você acordar agora- faço uma pausa como se esperasse uma resposta, que não obtenho- Não vou desistir de você, me ouviu? então não desisti também, te garanto que a gente ainda vai se casar e ter uns cinco pirralhos correndo pela casa, vamos envelhecer juntinhos, você não vai se ver livre de mim nem tão cedo garota- fico mais um tempo ali, com a esperança que de uma hora pra outra ela acordará, e é isso que me mantem de pé.

Saio do hospital mais uma vez quando sua mãe chega, e vou direto para a delegacia, nenhuma informação do caso da Sophia, e o caso do tráfico de mulheres está encalhado desde o corpo daquela garota, o que ainda me perturba. Como esses caras sumiram assim, não é possível, algo me diz que estamos deixar algo passar.

...

Mais três meses se passaram e a Sophia ainda não acordou, quem tem me obrigado a comer, ir pra casa tomar banho, até cortar o cabelo é a Malu, sua mãe. Além de sogra eu ganhei uma mãe, ela cuida de mim como fosse uma, e de verdade não sei o que seria minha vida nesses meses sem ela.

Cheguei no hospital depois de ter ido cortar o cabelo e tomar um banho.

-Agora sim, esse é o genro que eu conheci- Sorrio e dou uma abraço nela

-Obrigado sogrinha, Acho que estaria igual a um homem das cavernas se não fosse por você- Digo e ela sorrir

-Estaria mesmo, só sabe trabalhar, descontar suas frustrações na academia e vir para o hospital, Tenho certeza que minha filha não iria gostar de ver sofrendo assim, meu menino- Sorrio pela forma carinhosa que ela me chama, ela me deu esse apelido a uns 4 meses, e eu amo, é como se eu tivesse minha mãe de volta.

-Agora chega de brigar comigo,a senhora também vai pra casa descansar, deixa que eu cuido da nossa joia- Ela sorrir e concorda e sai da sala.

-Oi amor- digo, essa se tornou minha rotina, venho pra cá todos os dias e converso com ela- Você não acha que está na hora de acordar não? são seis meses já, acho que já deu pra coloca o sono em dia não? - Faço carinho no seu rosto, ela já perdeu tanto peso, isso me corta o coração- acorda logo tá? eu tô te esperando.

Me sento na cadeira ao seu lado e começo reler todo o caso do trafico humano de novo, só podemos está deixando alguma coisa passar, eles não sumiriam do nada assim, ninguém consegue desaparecer da fase da terra assim, ainda com tantas investigações, eles são um grupo grande. Me distraio por algumas horas nisso, quando escuto um barulho, quando me levanto ela tá com os olhos abertos.

-O que aconteceu- ela resmunga

Não acredito...

SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora