Capítulo 30

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Depois de sairmos do shopping decidimos ir logo para casa do Pi e da Manu, a gente precisava de um banho e de um pouco de descanso.
David estaciona enfrente a casa e já tá todo mundo ali esperando.
Saio do carro e eles vem me abraçar chorando, choro nos braços deles, como eu senti falta deles, cada dia naquele lugar me massacrava. David sai do carro logo em seguida com Liv no colo e todos me perguntam quem era ela.

-Gente essa é a Liv, ela vai ficar comigo.-Falo e David me interrompe.

-Com a gente.-Fala sorrindo e me abraçando, eu sorrio e concordo com a cabeça.

-A mãe dela foi uma das minhas melhores amigas naquele lugar, ela e a Liv que me ajudaram a me manter sã, só que houve uma coisa com ela e mais tarde eu explico para vocês com detalhes.

-Minha mamãe vilou estelinha.-Liv disse com a voz de choro. Eu e David tentamos explicar da melhor forma pra era dentro do carro, que agora a gente ia cuidar dela.

-Oh meu amor não fica tristinha não, Olha eu sou a Manu, mas se você quiser pode me chamar de vovó o que você acha?- Mamãe disse a pegando no colo.

-Vovó?- A Liv disse animada-Eu nunca tive vovó

-Agora você tem florzinha.

Elas foram entrando na casa animadas e quando David, meu pai e Pietro pegam as bolsas na viatura, e entramos logo em seguida.
Vou logo dar um banho na Olívia pra dar alguma coisa pra ela comer, ela está muito cansada o dia não foi fácil, e daqui pra frente tudo vai mudar.
Coloco um pijama do Sulivan do monstros S.A nela que fica a coisa mais fofa do mundo.
Tomo banho e deixo ela no quarto brincando com os brinquedos que o David comprou pra ela.

Quando saio do banho David tá dando comida pra ela e tem uma bandeja de comida pra mim na mesinha no canto, sorrio em ver que os dois estão se dando tão bem, ele está encantado por ela e ela apaixonada nele, A Liv é um amor de criança, ela é calminha, carinhosa, não dá trabalho nenhum e apesar de toda a vida dela não ter sido fácil até aqui, o sorriso sempre está ali, quero dar tudo de melhor pra ela, vou fazer de tudo pra fazer essa garota feliz.

Me sentei pra comer e logo escovo meus dentes e da Liv e deitamos na cama para dormir.

Acordo cerca de umas 4 horas depois sentindo muitas dores na coluna e barriga. Não consigo nem me mexer direito, chamo David que estava deitado junto com a gente.

-Amor- cutuco ele.

-Oi, tá tudo bem?

-Pega um remédio pra mim? Eu tô com muita dor- falo

-Dor onde amor?- ele diz se sentando.

-Na barriga e na coluna.- digo e solto um gemido de dor.

-Melhor te levar no hospital amor.

-Não precisa, é só tomar um remédio, deve ser só uma cólica mais forte.

-Melhor você ir, as vezes é alguma coisa do trauma vida- Ele diz e eu concordo com a cabeça.

Quando me levanto sinto mais dor e sento de novo,David vê meu estado e me pega no colo, ele me leva pro carro e volta para a casa pra pedir para minha mãe cuidar da Liv que estávamos indo para o hospital.
No caminho do hospital vou me contorcendo de dor, e parece que cada minuto vai ficando mais forte. Chegando lá David faz minha fixa e logo já vai me levando para sala de emergência. Lá uma médica faz alguns exames e pede uma ultrassom para saber o que está havendo.

-Eu sinto muito Sophia- ela diz enquanto passava o aparelho na minha barriga.

-Porque o que tá acontecendo- David diz com desespero na voz.

-Ela está tendo um aborto.- Assim que ela diz um nó se forma na minha garganta.

-Aborto?- eu e David perguntamos juntos

-Vocês não sabiam da gravidez?- Negamos com a cabeça- Você estava grávida de aproximadamente 2 meses. E pelo que estou vendo teremos que fazer um curetagem.

David vem para meu lado com os olhos mareados, e eu sinto meu coração ser esmagado, estou perdendo um bebê que nem sabia que existia, meu coração tá doendo. A gente ia ter um bebê juntos. Um filho nosso.

-Eu sinto muito vida.-David faz carinho no meu cabelo e eu sinto meus olhos derramarem algumas lágrimas.

-Eu também.- digo

A médica vem logo depois de algum tempo e me leva para o centro cirúrgico para fazer o processo, não demorou quase nada, porém tive que passar a noite no hospital para observação e no outro dia de manhã teria alta.

David foi em casa enquanto eu estava na sala de cirurgia e explicou tudo pra minha família, ele disse que a Liv ficou chorosa querendo vir junto com ele, mas ele explicou da melhor forma, e disse que amanhã eu estaria lá com ela. Ela ficou relutando mais minha mãe convenceu ela.

No outro dia de manhã eu decidi já passar na delegacia para dar meu depoimento e acabar logo com isso, estava doida pra voltar pra minha casa no Brasil, Eduardo colocou o laudo do meu aborto no inquérito também, porque foi por todo o estresse que eu perdi meu bebê.

Saímos da delegacia e fomos para casa dos meus irmãos, a barriga da Manu já estava enorme, já já o Theo estava aí. Ficamos conversando algum tempo e fui conversar com meus pais, precisava da ajuda deles como advogados para conseguir viajar com a Liv, e Eduardo como policial também disse que nos ajudaria. Chegando no Brasil já daríamos entrada na adoção dela.

Sim David e eu adotaríamos ela legalmente, não deixaria nenhuma outra pessoa criar ela, eu prometi a Sam e a Liv já faz parte de toda nossa família, ela chama meus pais de vovó e vovô, a Manu, Pietro, Cauã, eu e o David de titios.

Depois de conversar com eles, eles conseguiram uma autorização, iríamos voltar para o Brasil no outro dia de manhã, estava doida para chegar em casa, ver os cachorros, minha cama. Sim, minha casa, minha cama, decidimos morar juntos de vez.
A gente não conseguiria morar longe do David depois de tudo que passamos.

Esse homem é a minha vida.
Terminei de arrumar nossas malas e é só esperar pelo dia de amanhã.

Olívia dos Santos- 2 anos

Olívia dos Santos- 2 anos

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