6. Verde

31 7 2
                                    

Hoseok seguiu Jimin, em forma de felino, enquanto o mais novo ia desesperado na casa dos Jeon.

Ele entrou correndo pelo quintal da casa e já se aproximava da porta quando ouviu um choro baixinho vindo dos fundos.

Ele deu a volta e ali viu sua amiga.
Sentada em um balanço antigo, com seus longos cabelos pretos caídos sobre o rosto.

Jimin se aproximou e abaixou ao lado da amiga:

- Ji, sou eu... Vai ficar tudo bem.
- Não vai Jimin, meu pai nunca vai me aceitar, nem eu sei o que eu sou de verdade.
- Você é uma pessoa Ji, e uma das mais importantes da minha vida.
- Mas eu sou estranha, eu não me sinto eu...
- Nós somos muito novos Ji, quem sabe quem é com 15 anos?
- Você sabe...
- Eu? Ji... Eu não sei nem que bolinho quero comer no café da manhã...
- Não estou falando disso, você sabe que você é... você...
- E você também, no fundo eu sei você sabe, você tem medo e tudo bem, mas não precisa ter medo comigo.
- Meu pai me bateu,.Minie, disse que se eu...
- Não precisa falar o que ele fez. Ele é o errado, não você. Ele que está perdendo a oportunidade de conhecer e viver com o filho maravilhoso que ele tem.
- Jimin...
- Ji... Eu já disse você pode ser quem quiser ser comigo e eu vou continuar te amando.

Nesse momento Ji se vira para o amigo e cola seus lábios no dele.
Um selinho rápido e que logo foi interrompido.

- Me desculpa Jimin, meu Deus, me perdoa, eu ...

Jimin não pensou muito, apenas puxou Ji para perto e lhe devolveu o beijo.

Hoseok por sua vez entrou na casa de Ji e resolveu pregar uma de suas peças no pai da garota.

Logo o encontrou dormindo em sua cama.

Ele tinha pensado em coisas bobas para assustar o homem, mas ouvindo a conversa dos dois amigos ele teve uma brilhante ideia.

Agora o pai de Ji Eun saberia o que é viver preso em corpo que não era seu.
Sempre que olhasse seu reflexo veria sua imagem como uma mulher.

Hoseok saiu logo em seguida, adoraria ver a reação do homem, mas tinha um Min esperando ele em casa.

Já Jimin estava estasiado com o beijo que havia dado.

- Ji, quando eu disse que te amava, eu queria dizer que te amo mesmo, mais que amigo...
- Mas eu... Eu não sou uma...
- Eu amo você, não sua aparência Ji.
- Mas Jimin...
- Ji se você não me ama assim eu entendo, mas não se afaste de mim...
- Não é isso, eu também amo você Jimin, mas você sabe que isso que você vê não sou eu, quando eu for eu de verdade...
- Eu vou te amar ainda mais, Jungkook.
- Você lembra? - ela diz sorrindo
- É como você quer ser chamado não é? Você me disse isso uma vez, é claro que lembro e faço questão de te chamar assim, meu Jungkook, meu Kook.
- Eu amo você Jimin, meu Deus eu amo você!
- Eu também e vamos dar um jeito nisso.

Os dois ficaram um tempo ali, trocando carinhos e conversando sobre tudo.
Jimin iria ajudar seu namorado.
E, agora Jungkook, estava feliz sendo ele por completo, ou quase.

Hoseok voltou para casa e entrou pela janela que Yoongi deixou aberta e foi direto para a poltrona que o padre estava sentado.

- Você voltou Hope. Fiquei preocupado.
Você ouviu o que Jimin falou não ouviu? Eu estava aqui pensando, porque tudo anda tão conturbado esses dias? É o Nam, a menina dos Jeon, é o tal do Jung...
Tá...ele é legal... Ainda é incoveniente, mas é legal, me lembra o Kim, não o Namjoon o outro Kim, o veterinário, você lembra dele?
Sabia que a gente já foi amigo?
Mas aconteceram algumas coisas... Enfim, eu nem tinha o telefone dele...como as coisas são não é mesmo? Ele já foi alguém importante pra mim e hoje nem o número do celular dele eu tinha.

No coração de um DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora