"Tᴀʀᴅᴇ ᴅᴇᴍᴀɪs"
Eu lavava e esfregava minhas mãos com tanta força, que sentia minha pele arder como se ela estivesse em chamas.
Sam enquanto isso, limpava rapidamente o telefone com um pano úmido, enquanto as peças tentavam se encaixar na sua cabeça.
De fato, era tudo tão confuso que nem eu conseguia assimilar direito o que tinha acabado de acontecer comigo. Bem, tinham se passado algumas horas desde então, mas isso não importa.
Uma batida minuciosa se sobrepôs sobre a porta da casa de Sam, e nós nos entreolhamos.
Antes de mais nada, Sam se aproximou bem devagar da porta, e colocou o ouvido sob a madeira.
Então uma voz feminina e intrigante disse:
— Gente, abram a porta! Sou eu, Sophie.
— Fala a senha então! — Sam exclamou.
Ouvi um suspiro do outro lado.
— Isso é mesmo necessário? Foram vocês mesmos que me chamaram!
Sam não respondeu, e eu também não estava em condições de responder a mais ninguém.
Sophie suspirou novamente e citou a senha:
— Borboleta azul!
Sam relaxou os ombros e abriu a porta.
Sophie entrou meio emburrada, e assim que olhou para Sam começou a tirar satisfações:
— Por que eu tinha que falar essa senha?
Ela deu de ombros.
— Vai que alguém estivesse com você? Não podia arriscar.
— Quem estaria comigo? Eu não tenho ninguém. — Eu sentiria pena da fala de Sophie se não estivesse ocupado em tirar sangue das minhas mãos no mesmo instante.
Então seus olhos se desviaram os de Sam e pousaram no pano todo coberto de sangue que estava ao meu lado.
— Ah não, vocês mataram alguém?! Eu sabia que isso poderia acontecer em algum momento...
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Gatos Pretos de Salem
HorrorNunca sabemos como, de fato, um segredo pode ser obscuro. Tão sombrio quanto os gatos que rondavam a cidade onde eu morava: Salem. Éramos apenas crianças, quando tudo começou. Quando os segredos, só se tornaram secretos porque não podíamos mais co...