Nunca sabemos como, de fato, um segredo pode ser obscuro. Tão sombrio quanto os gatos que rondavam a cidade onde eu morava: Salem.
Éramos apenas crianças, quando tudo começou. Quando os segredos, só se tornaram secretos porque não podíamos mais co...
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As folhas secas flutuavam e depois caíam em círculos juntamente das outras no bosque.
Haviam gravetos espalhados por todo o lado, e algumas árvores já se preparavam para o inverno que em breve chegaria.
— Ash, pega! — Sam gritou, jogando um graveto no ar.
Seu cachorro correu em alta velocidade e pulou, balançando seu brinquedo favorito com os dentes.
Estávamos no bosque em frente a macieira, como sempre. A árvore já não tinha muitas maçãs, e as que sobraram estavam no chão, quase enterradas por tantas folhas mortas.
Quando eu acordei naquela manhã, esperava encontrar Lizzie do lado de fora do meu quarto me encarando, mas em vez disso eu fui recebido por ninguém. Fiquei aliviado.
Tinha jogado os papéis rasgados no lixo, mas nenhum sinal dela. Na verdade, desde que saí de casa poucas horas atrás não encontrei ninguém lá dentro. Todos haviam sumido.
Sinceramente, era melhor assim.
Então fui até o bosque na esperança de encontrar alguém, e então quando cheguei Sam já estava lá brincando com Ash.
Ela ouvia atentamente toda a minha explicação sobre o comportamento de Lizzie, o irmão de Rick tentando me matar e também sobre Brad estar agindo estranho.
— Bem, já tá bem óbvio que Scott queria te bater porque foi sua irmã que agrediu o primo dele. — ela comentou.
— Eu sei disso, mas só por causa daquilo? Quer dizer, a culpa não é minha!
— Claro que não é, mas pra ele você foi o culpado. Ela é sua irmã, seu idiota.
Sam balançava o graveto em suas mãos, e Ash abanava o rabo na esperança de sua dona jogá-lo para longe.
— Agora sobre Brad... — ela continuou. — Eu também notei que ele tá estranho, mas o que poderíamos fazer em relação a isso? Pode ser algo familiar ou sei lá.
