Do you feel that I'm here?

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—Varsóvia,Polônia 2006

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Varsóvia,Polônia 2006

Passos.Eu os ouço atentamente vindo do corredor até a presença aparecer em minha frente,seu rosto está como um borrão,eu não consigo ver.

Ele está vindo em minha direção,estou travada.

"Olá,Margo" ele me deu um beijo na testa

Sua presença é arrepiante,estou com medo por não saber se devo me sentir segura,ou não

"Sua mãe está preparando o nosso jantar,está com fome?"perguntou

Claro,era o amigo de mamãe,mas por quê eu não consigo ver seu rosto e minhas palavras parecem tão presas em minha garganta?

Ele dizia mais coisas,mas sua voz parecia tão distante cada vez mais,até eu não escutar nada,mais nada.

Abrindo os olhos lentamente,o frio sendo a primeira coisa que sinto por meu corpo estar descoberto e eu vestir apenas uma regata branca e a calcinha rendada da mesma cor.Eu me levanto e esfrego meus olhos,são uma e meia no relógio,porra,realmente dormi tanto assim desde que Diana e Nat me deixaram?

Eu caminhei até a porta e abri,o corredor silencioso e a casa escura,ninguém estava aqui além de mim.Desci às escadas fingindo não ser uma mulher medrosa e que tem medo do escuro,fui para a cozinha a procura de água,minha boca estava seca,o sonho me deixou assim?eu não consigo decifra-los de certa forma,é inútil tentar.Na casa de tia Anninka eu também costumava tê-los,mas agora eles parecem mais reais,como se talvez fossem lembranças totalmente bloqueadas reaparecendo,eu não sei se isso é bom.

Peguei um copo de vidro no armário colocando sobre o balcão e logo após a água na geladeira,eu servi e virei rapidamente,isso é bom.Fechei a garrafa de água e estava colocando de volta na geladeira,eu planejava ir voltar a dormir por completo depois disto.Meus ouvidos estavam atentos,dois passos ouvidos e meus olhos arregalados,tinha alguém aqui?

Eu fechei a geladeira devagar e fui andando até as gavetas de facas em passos lentos,poderia ser um ladrão,sequestrador ou um mero psicopata?eu não estava com meu celular para chamar a polícia,droga Margo como pode ser tão burra.

Peguei uma de cortar carnes na mão e bem afiada,o medo correndo por minhas veias,tem alguém na minha casa e eu não tenho ninguém,estou só,merda,é nessas horas que sinto falta do imbecil do meu irmão,grr.

Meus olhos atentos mesmo não estando pronta para atingir e carregar a morte de alguém nas costas,mais passos.Eles vieram do andar de cima,meus pelos se arrepiaram,eu teria que subir.Respirei fundo pelo meu coração acelerado quase saltando do peito e caminhei para às escadas,subindo degrau por degrau cautelosamente,ele poderia sentir minha presença igual sinto a dele?

No fim vendo o corredor vazio,meu corpo tremeu com o barulho de gaveta se fechando,mas que merda é essa?eu não saberia decifrar de qual dos quartos,então o jeito era ir em um por vez como se a morte estivesse me fazendo um pequeno teste em cada um deles.

my knight-Damon TorranceOnde histórias criam vida. Descubra agora