Capítulo 05

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— Ai, Edgar! Esse é o vestido de Isabel! — Vega respondeu, sorridente e o homem olhou para a filha.

— Você vai se casar? — Ele perguntou, confuso, já que não acreditava que aquilo poderia ser, de forma alguma, o vestido da moça.

Isabel olhou para a mãe, revirou os olhos e voltou-se para o pai.

— Não, pai. Por enquanto, não. A mamãe apenas viu esse lindo vestido e pensou que ficaria perfeito em mim.

Edgar entrou no quarto e foi até a filha.

— Meu amor, você ficaria bem com qualquer roupa — O sorriso dele era amável. Então, encarou a esposa — Exatamente como a sua mãe.

Edgar não foi apaixonado por Vega por muitos anos, no entanto, com o tempo, ele passou a apreciá-la e se deu conta de que ela era uma bela mulher, carinhosa e que cuidava muito bem da filha deles.

— Oh, Edgar, deixe disso! — Vega falou, balançando a mão, envergonhada, com as bochechas corando.

— Hmm, eu tenho que tomar banho. Depois falamos, tá bem? — Isabel disse e os pais concordaram com a cabeça. Ela deu um beijo na bochecha de cada um e saiu do quarto.

“Eles estão muito cheios dos carinhos… Credo!”, e saiu de perto do quarto o mais rápido que podia.

Edgar movimentou a mão, pedindo que Vega se aproximasse dele.

— Por acaso há mais nesse rapaz que Isabel conheceu do que eu estou sabendo, Vega?

Vega colocou as mãos no peito de Edgar, mexendo com a gola da camisa dele.

— Ele parece estar muito interessado em Isabel. Até mencionou casamento, então, eu acredito que ele não está tentando enganá-la. Ele quer nos conhecer, meu amor.

Vega fez um beicinho e Edgar semicerrou os olhos para ela, mas acabou aceitando o que a loira estava dizendo e deu-lhe um beijo carinhoso nos lábios.

Edgar não era um homem de falar muito, mas ele observava. Ele sabia que Vega detestava ser contrariada e, em todos aqueles anos de casamento, ele aprendeu a esperar, ouvir, observar e, então, tomar alguma atitude.

O domingo chegou e Isabel estava muito nervosa. Aquele seria o primeiro encontro do pai dela com Sebastián e o primeiro dela mesma, após chegar ao México, com o homem com quem ela passou os dias mais maravilhosos da vida dela.

— Calma, deixa eu arrumar o seu cabelo assim — Disse Vega, prendendo os fios em um rabo de cavalo alto, com algumas mechas caindo pelo rosto, emoldurando a face de Isabel.

Enquanto Edgar estava na sala de visitas e as mulheres se arrumando no quarto, a campainha tocou e Alejandro se adiantou a Ximena e foi abrir a porta. Ele sabia quem estava chegando.

Assim que a porta se abriu, Sebastián retirou os óculos escuros e sorriu. Alejandro não o recebeu tão bem.

— Bom dia! Eu sou Sebastián Alarcón.

— Bom dia. O que quer, aqui? — É óbvio que Sebastián já havia passado pela segurança nos portões da mansão e até mesmo o seu carro estava estacionado do lado de dentro.

Sebastián franziu levemente o cenho, ainda com um sorriso nos lábios. 

— Eu sou o namorado de Isabel Guillén. Estou aqui para o almoço em família.

Alejandro o encarou e Sebastián sentiu que havia algo de errado, mas ele só teria certeza nos próximos segundos.

— Sebastián!  — Isabel disse, por trás de Alejandro. Nesse momento, Sebastián percebeu como aquele homem se moveu perto dela, como ele a olhou e então, ele soube o que estava acontecendo.

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