[1ª Temporada CONCLUÍDA]
Após uma festa de ano novo que vira sua vida de cabeça para baixo, Jungkook se vê imerso em uma competição de bandas que desperta seu interesse como nunca antes. Determinado a participar, ele forma um grupo improvável de des...
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Que noite de merda.
A mão viajou até a maçaneta, a luz vinda da sala iluminou parcialmente o interior do quarto assim que ele abriu a porta.
Os passos lhe levaram até a cama no centro do cômodo. A escuridão dominava todo o quarto, a única fonte de luminosidade vinha da sala e pairava sobre o corpo dele. Os móveis tornavam-se silhuetas difíceis de distinguir.
A cama era a única favorecida pela luz vinda do cômodo vizinho, a única decentemente visível.
Os sons produzidos pelos fogos, que prosseguiram estourando aos céus, eram evidentes. As luzes coloridas eram brilhantes o suficiente para esgueirar-se entre as cortinas, que ocultavam as vidraças das janelas, refletindo suas colorações ao chão.
A atmosfera prosseguia silenciosa, a única fonte de som vinha dos fogos de artifícios, que poderiam ser escutados com longevidade. Seus sons agudos eram abafados pelas paredes grossas do cômodo.
Se você fosse no lado de fora, veria o céu preenchido pelas cores vibrantes, os barulhos estrondosamente altos, além das pessoas comemorando a virada do ano.
Mas, se você fosse Park Jimin, os sons, as cores, eram apenas elementos que mantinham-se de fundo, discretos, quase como se não estivessem ali, quase como se fossem referências ocultas.
A estrutura corpórea repousou-se no colchão, apenas os pés mantiveram-se fora da cama.
Sentia o corpo naquele quarto, porém, a mente encontrava-se muito longe daquele cômodo. Muito longe daquela casa. A mente prosseguia por lugares desconhecidos, dando voltas por regiões sombrias e trazendo questões que lhe atormentavam.
Questões que não suportaria pensar. Não mais. Não naquela hora.
Repousou o antebraço sobre a região dos olhos, sentindo a angústia subir por seu ser e dominar os sentimentos, torná-los escravos da tristeza repentina.
O mesmo sentimento que agora eram abafados pelo som de seu choro.
As lágrimas escorriam pelas bochechas, deixando rastros molhados conforme deslizavam. As narinas queimavam em vermelho, os cílios eram inundados, dava tudo de si para que seus soluços não fossem altos.
