Be My Company - Republicação (KimChay)

Proposal

Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨

Porsche

Caminho lado a lado de Pete, procurando entender o motivo desse tal Kinn precisar falar comigo. Chay com certeza deve estar me odiando agora, eu deveria ter simplesmente negado ir.

-Porsche, é aqui. Por favor, meça muito bem cada palavra sua. – Pete me deixa frente a uma sala.

-Entendi, entendi.

Entro no local mantendo minha postura, aqui realmente é tudo muito luxuoso, uma vida que eu gostaria de viver. O grande chefe me avalia de cima a baixo, sentado confortavelmente em sua poltrona.

-Sinto muito por incomodá-lo, Porsche. Imagino que não seja uma boa hora para falar sobre isso, mas é uma ótima proposta.

-Do que você está falando? – Pergunto, quase indo pra cima do infeliz.

-Seja um dos meus guarda costas. – Seu tom soa tranquilo. – Antes de recusar, gostaria de informar que você ganharia muito bem e ainda conseguiria arranjar um lugar melhor, para você e seu irmão.

Mas que cretino.

-Não. – Respondo, me virando.

-Espera, me escute um pouco. Porsche nós perdemos muitos de nossos homens, tanto pela guerra entre as duas famílias quanto por esse vírus.

-Eu não tenho nada a ver com isso, sério.

-A questão é que sem nossos guardas, vocês ficam desprotegidos então sim, você precisa aceitar. Ou é isso, ou vocês se tornam alvos fáceis.

Respiro fundo, me sentindo convencido. Eu deveria ter fugido daqui na primeira oportunidade.

Maldito Pete.

-Tudo bem, eu aceito. Mas estou fazendo isso para proteger Porchay e tirá-lo daqui o mais rápido possível. – Digo, me odiando profundamente.

-Muito bem. Seus treinos iniciam amanhã, boa sorte.

Saio apressadamente, querendo espancar Pete com todas as forças. Como explicar uma situação dessas a Porchay?

Onde eu fui me meter, que porra!

•••••••

-Deu tudo certo, Porsche? – Pete pergunta, almoçando calmamente no próprio quarto.

-EU TE ODEIO!

-Então deu certo?

-Era o que você queria, não é?

-Porsche, me deixe te explicar uma coisa, é uma oportunidade única de você conseguir sair daqui. Pense.

Cínico.

Me acomodo na cama dele, acalmando minha respiração aos poucos. Eu só posso estar dentro de um pesadelo, não é possível.

-Como está você e Vegas? – Mudo de assunto.

-Nós... Estamos bem, mas sei lá... Vegas mudou.

-Mudou? Isso é bom, não é?

-Não, não nesse sentido. É como se ele tivesse me escondendo alguma coisa, entende?

-Sei... E você voltou trabalhar aqui, por que?

-A primeira família realmente precisava de reforços, então retornei por muita insistência do senhor Tankhun. Logo quando esse assunto de zumbis encerrar, eu saio em definitivo.

Zumbis. Quem diria...

-Me diga como está Venice. – Sorrio pela lembrança, Venice foi uma surpresa maravilhosa na vida da segunda família.

-Eu não estou o vendo muito, não no momento. Deixei que Macau cuidasse dele, não gosto de pensar na ideia de Vegas fazer isso. - É nítido a saudades do segurança.

Espero que esse tal Macau, esteja fazendo um ótimo trabalho.

••••••••••••

Porchay

Tédio.

É o que sinto assistindo os desenhos animados de Thankhun, que por incrível que pareça foi o primeiro a dormir no meio da história. Kim está sentado do outro lado da cama, mantendo o olhar fixo na tela da televisão sem demonstrar expressões.

-Eu acho que podemos ir, ele dormiu. – Tento quebrar o gelo.

Ele analisa o irmão para ter certeza de que ele realmente está dormindo, para minha surpresa, Kim abre o guarda-roupa pegando uma coberta e travesseiro. Me retiro da cama, entendendo sua atitude.

O mais novo coloca o travesseiro embaixo da cabeça do mais velho, e o cobre em seguida. Nunca imaginaria uma coisa dessas, vinda dele.

-Vamos, também precisamos dormir. – Ele aconselha.

O sigo para fora do quarto, um pouco sonolento. Mesmo que eu ainda me sinta um estranho aqui dentro, Tankhun e Kim não me deixaram desconfortável.

Disso eu não posso reclamar.

Enquanto caminho pelos corredores ao lado de Kim, reparo bem no seu rosto. Eu acredito conhecê-lo de algum lugar, mas não estou me lembrando.

-Entregue. – Ele aponta. - Amanhã meu irmão agradece você por hoje.

-Não foi nada, eu espero ter ajudado de alguma forma.

-Eu também espero, até ma...

-Não, não vai! – Interrompo, ignorando o fato de eu ter agarrado seu pulso. – Quer dizer... Eu q-quero me desculpar.

-Por ontem, no banheiro?

-Sim, eu não deveria ter agido daquele jeito.

-Não precisa se desculpar, Porchay. Na verdade, você tem razão. Se você quer fugir, faça isso eu não tenho direito de te impedir.

O irmão mais novo de afasta, me deixando cada vez mais confuso.

Ele é completamente estranho.

••••••••

Entro no quarto, vendo Porsche deitado sem sono algum.

-Porsche, aconteceu alguma coisa? – Sento ao seu lado.

-Onde você estava, Porchay? Já são quase duas da madrugada.

-Eu fui fazer companhia para Tankhun.

-O que? Não era você que queria sair daqui?

-E eu ainda quero, mas não significa que eu precise odiar as pessoas pra isso. – Quase altero minha voz. – A questão é outra Porsche, eu estou perguntando sobre você.

Meu irmão se cala por alguns segundos.

-Eu irei servir Kinn Theerapanyakul.

Agora quem se calou, foi eu.

Não falo mais nem uma palavra, simplesmente deito na minha cama guardando toda raiva dentro de mim.

Eu vou fugir.

Pode apostar que vou.