Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨
Porchay
Retorno a mansão junto de Kim, me sinto confortável por saber que meu irmão não havia esquecido de mim naquele momento. Na sala, vejo Tankhun conversando com seus guardas, até perceber minha presença.-Porchay! Onde você estava, minha criança? – Ele pergunta, logo encarando Kim.
-Eu fui atrás do meu irmão.
-Hum... Kinn tem sorte por tê-lo como guarda-costas, sabia que ele me convidou para ir num bar depois que derrotarmos o vírus?
-O que? Sério?
-Sim. E você também vai, Kim.
-Claro, ainda vai sair tudo por minha conta. – Kim diz, revirando os olhos.
-Que maravilha, Kimhan! Você cresceu tão bem... O que você pensa sobre isso, Porchay?
Sou pego de surpresa pela pergunta.
-Eu acho que... O Kim deve fazer aquilo que ele se sentir bem. Então se ele está disposto pagar a conta, quer dizer que ele vai pagar. – Vejo o semblante de desespero do irmão mais novo.
-Combinado. Quando formos nesse misterioso bar, Kim pagará para todos nós. Muito obrigado, Porchay!
Tankhun me abraça, transmitindo uma energia boa, retribuo, acostumando com o contato. Eu costumo ser grudento somente com Porsche, pois ele era o único que me dava esse espaço.
Após alguns segundos nos separamos, acompanho Kim até o meu quarto.
-Porchay, eu não falei sério sobre pagar. – Ele me encara, parecendo irritado.
-Eu sei, Kim. Mas eu quis fazer aquilo de propósito, por você ser um babaca.
-O que eu fiz?
-O que você fez? Falou que não me conhecia no café da manhã naquele dia e ainda me impediu de fugir.
-Você só está estressado, e eu não vou tirar esse direito. Pra tudo isso, eu tive um motivo. – Kim mantém seu tom de voz baixo.
-Então me explique o que foi aquilo no café da manhã. – Cruzo os braços.
-Se eu dissesse que te conhecia aquela guarda iria ficar de olho em você o tempo todo, como forma de proteção. Pelo pouco que vi em você, tenho certeza que não seria algo que você gostaria.
Me calo completamente, pelo visto há muito sobre esse lugar que eu não sei e principalmente as pessoas daqui. Kim possuí formas diferentes de proteger alguém, isso é bem claro.
Quer dizer... Eu acho que ele tentou me proteger.
-Eu quero descansar agora, Kim. Quando você pode começar me ensinar as técnicas?
-Podemos começar amanhã.
-Certo. Obrigado por ter me deixado te acompanhar.
Kim se retira fazendo seu trajeto, entro no quarto pensando sobre o que o destino me aguarda nessa jornada maluca que estou envolvido. Eu ainda quero sair daqui, mas estou ciente de que não é o momento certo.
Porém sinto que me aproximando de Kim, eu posso entender melhor tudo que está acontecendo.
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Eu concordei comigo mesmo de que não iria voltar atrás com a proposta de ser ensinado por ele, eu quero ser um ótimo músico e cantor até retornar a faculdade. Caminho em direção ao quarto do outro, esperando não vê-lo dormindo.
Já são quase 11h.
Bato na sua porta, aguardando retorno. Kim rapidamente abre, me surpreendo com a visão.
Ele está de roupão.
-Eu sinto muito, Kim. Não sabia que você...
-A gente não marcou horário, não precisa se culpar. Espere só um minuto, eu vou me trocar.
Tento disfarçar meu nervosismo, permaneço do lado de fora o esperando. Outro coisa perceptível, Kim é bem pontual.
Ele não estava brincando quando disse 1 minuto, foi literalmente 1 minuto. Logo, ouço o barulho da porta abrindo novamente, ele abre espaço permitindo minha entrada.
Observo o local grande e bem arejado, é compreensível vindo de um dos irmãos do chefe da máfia.
-Seria muito melhor se fosse no meu estúdio, mas estou impossibilitado de entrar lá no momento.
-Está tudo bem, P'Kim. – Me acomodo na cama.
Kim começa procurar o instrumento, pegando seu violão, dentro de um grande armário. Cuidadosamente ele entrega, e lentamente eu pego.
-Primeiro, eu quero ver você tocar. Assim posso entender no que você precisa ou não melhorar.
-Tudo bem.
Respiro fundo, pensando em tudo que aconteceu durante toda minha vida. Fecho os olhos, captando toda a energia do ambiente, dedilhando um som vindo direto do meu coração.
O som do amor.
Amor por todas as pessoas que esteve comigo durante minha jornada, meu irmão, meu tio e meus amigos. Talvez eu inclua minha admiração pelo meu ídolo.
Esqueço por um segundo, Kim sentado ao lado. Abro os olhos, vendo seu olhar brilhar intensamente, ele é indecifrável.
E talvez, eu goste disso.
-É... Como eu fui? – Pergunto, fazendo-o voltar para a realidade.
-Bem, você não é tão ruim.
-E agora? No que eu preciso melhorar?
-Você pode continuar mantendo a intensidade, mas tente intercalar com um pouco de leveza também.
-Entendi.
-Na próxima, eu quero escutar você cantar.
-Foi só isso? – Devolvo seu violão.
-Sim, eu só estou te ensinando técnicas, Porchay. Você na verdade... Já é bom. – Ele elogia, meio retido.
Meu rosto esquenta, eu sou acostumado ser elogiado... Porém vindo do meu ídolo, é diferente.
Eu não tenho certeza se é o momento certo para pedir informações sobre todo caos, e acredito que seja muito difícil Kim querer me dizer.
-Porchay, você ainda precisa de alguma coisa?
Saio da distração, percebendo que ainda estou sentado em sua cama. A verdade, é que eu não me sinto a vontade de conversar com ele e aparentemente, ele também não parece estar confortável perto de mim.
-Não, eu estava tentando lembrar o que eu iria te perguntar, é... Quando eu posso voltar aqui? Para continuar as técnicas.
-Eu estou o tempo todo na mansão, você pode vir quando quiser. Ou se preferir, eu mesmo posso passar no seu quarto.
-Então eu prefiro, tenho medo de encontrar você do mesmo jeito que eu encontrei quando abriu a porta. Como Porsche quase não fica lá, você tem minha permissão.
-Ótimo.
-Até mais, P’Kim.
Me retiro do seu quarto, suspirando profundamente.
Eu preciso criar coragem e tirar informações na próxima.
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Be My Company - Republicação (KimChay)
FanficUm vírus que mudou completamente o rumo da vida dos irmãos Kittisawasd