Be My Company - Republicação (KimChay)

Admiration

Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨

Porchay

Acordo um pouco melhor, diferente da madrugada.

Antes de fazer qualquer movimento, espero alguns segundos até minha cabeça voltar ao normal, ainda estou um pouco tonto. Respiro fundo e me viro, dando de cara com Kim adormecido.

Por eu ter virado rápido, consequentemente estou perto, quase colado a si. Sinto sua respiração calma, contra meu rosto.

Então ele ficou comigo todo esse tempo?

Retiro alguns fios de cabelo que tampa sua face, decido não acorda-lo. Kim salvou minha vida, e eu nem sei como o agradecer.

Percebo seus olhos abrindo aos poucos, me afasto prontamente.

-Oi. – Chamo sua atenção.

-Oi. – Ele retribuí. – Como se sente?

-Melhor.

Kim levanta, sentando na cama.

-Muito bem, eu vou procurar meu irmão. Preciso entender como tudo aquilo aconteceu.

-Me deixe ir com você? Eu quero ver Porsche, e ele deve estar junto com seu irmão.

-Você que sabe. Eu vou para o meu quarto, daqui vinte minutos você me encontra no portão principal.

-Certo. É... P’Kim... Obrigado.

Ele acena, se retirando em seguida.

•••••••••

Chega o tão aguardado 20 minutos, aproveitei para colocar novamente minhas coisas de volta e rasgar o bilhetinho que fiz a Porsche. Parece que não vou poder sair nem tão cedo, serei obrigado me acostumar com esse lugar.

Saio do quarto, encontrando Kim perto do portão, aparentemente ele já estava me esperando. É nítido marcas de sangue nas paredes, indicando que a infectada passou nesses pontos.

-Para onde vamos? – Pergunto.

-Para casa de Tay, um dos guardas me avisou que Kinn foi acompanhado de Porsche até lá.

Acompanho Kim até o estacionamento, entrando no seu luxuoso carro. Me sinto confuso por não entender quem seja esse tal Tay, e ainda mais do porquê Kinn e Porsche estarem lá.

Durante o silencioso caminho, Kim liga o rádio deixando nas músicas aleatórias. Particularmente, é maravilhoso sentir o vento e o sol no meu rosto, como se eu não tivesse sentido isso há muito tempo.

-Kim, você toca muito bem. – Digo espontâneo. – Tão bem, desde a época que você era P’Wik.

Sua respiração trava.

-Você me conhecia nessa época?

-Você era meu ídolo, mas por tudo que aconteceu acabei me esquecendo desse fato. Tanto que eu me esqueci até de seu rosto, graças a Macau eu me lembrei.

-Entendi. – Ele sorri, sincero. – Eu ainda sou seu ídolo, Porchay?

Meu rosto esquenta pelo tom de voz que ele usou, além de eu ter visto pela primeira vez seu verdadeiro sorriso. Eu não entendo o que acontece comigo perto de Kim, é uma sensação... boa.

Mas é por ele ter sido meu ídolo...
Só isso.

-Sim, ainda sinto que você é. Inclusive, eu estava cursando música e eu acho que nunca chegarei no seu nível.

-Não se subestime, se você quiser eu posso te ensinar algumas técnicas.

-Sério? – Meu coração acelera. – E-eu aceito!