Be My Company - Republicação (KimChay)

Surprise

Tenham uma ótima leitura!!!✨✨✨

Porchay

Eu não sei o que me deu na cabeça ao pedir aquilo para P’Kim, mas ficar perto dele estava me trazendo sentimentos muito estranhos. Bem que eu já escutava dos meus amigos, que nessa idade os hormônios ficam a flor da pele.

E P’Kim atiçou esses meus hormônios.

Posso admitir com muita certeza, que não foi só pelo calor do momento. Eu senti algo profundo, e gostaria de aprender mais sobre o que realmente sinto por ele e somente ele.

Se passou duas horas desde o ocorrido, ainda estamos trancados, aguardando reações de fora. O irmão mais novo pegou no sono facilmente, por eu ter dormido bem essa noite, decidi ficar acordado acariciando seus cabelos.

Infelizmente começo sentir fome, acredito que não tenha problema sair já que estão todos trancados, certo?

Eu nem iria demorar tanto...

Levanto lentamente da cama, pegando a chave acima da pequena cômoda. Antes que eu desse mais um passo, sinto alguém segurar meu pulso.

-Onde pensa que vai?- Kim acorda, se é que ele não estava acordado.

-Eu estou com fome.

-Eu desço com você, assim aproveito e falo com os seguranças lá fora.

-Você deveria pedir que eles levem comida para cada quarto, não é possível que depois de todo esse tempo ninguém esteja sentindo fome.

-Entendi, senhor Kittisawasd. Você tem total razão. – Ele diz, achando engraçado minha proposta. – Lembrei que fome é sinal de um infectado.

-Kimhan! Eu não estou brincando. – Dou um leve tapa do seu ombro. – Vamos logo.

Destranco a porta, vendo Kimhan me olhar com preocupação. Consigo ver o corredor vazio e quieto, parecendo um filme de terror.

Kim me segue atento em cada canto, andávamos sem fazer barulho. Chegar até a cozinha, nunca pareceu ser uma eternidade como dessa vez.

Me sinto aflito por não ter notícias de Porsche, e se Kinn for o infectado? Meu irmão teria forças o suficiente para lutar contra ele? E se...

-Porchay, eu consigo ouvir sua respiração acelerada. Pare de pensar muito, eu estou aqui com você.

-Mas e Porsche?

-Entenda uma coisa, você acha mesmo que Kinn colocaria Porsche ao seu lado, se não soubesse os limites dele? Kinn sabe que Porsche é o único que realmente poderia detê-lo caso ele fosse o infectado, então você não precisa se preocupar.

Minha respiração acalma aos poucos, Kim está certo. Eu ando pensando e me preocupando demais com Porsche, enquanto esqueço de me preocupar comigo mesmo.

Chegamos no local, finalmente. Kim começa fazer inúmeras perguntas ao guarda que estava de vigia, abro a geladeira e armários procurando o que levar.

-Pedi que ele levasse comida a todos os quartos, ainda dei os créditos pra você. – Kim aparece atrás de mim, me assustando. Fecho rapidamente o armário.

-É o mínimo, não é? – Fico de frente para si, depositando um selinho demorado nos seus lábios.

Kim não se contentando, aprofunda o beijo segurando minha cintura. Eu permito, agarrando seus cabelos.

-P’Kim, e o guarda?- Pergunto, com muita dificuldade de separar.

-Ele já foi.

Fomos retomar onde paramos...

-Ah, senhor Kim... Gostaria de saber onde estão as chaves reservas. – Escutamos a voz do guarda de longe.

Nos separamos, volto abrir o armário, e disfarçando a risada. Kim seca os lábios, e finge beber água.

-É... Pergunte ao Arm. – Ele responde, arrumando os cabelos.

-Certo, senhor.

O guarda se retira, logo Kim me encara.

-Eu avisei, eu avisei. – Jogo na cara dele, terminando de arrumar as comidas.

-Você não conseguiu me impedir, a culpa não foi só minha.

-Eu tenho culpa de ter a pessoa mais bonita que eu já conheci na vida, me beijando?

Kim sorri, um pouco vermelho pelo elogio.

-Vem, vamos voltar. – Ele segura minha mão.

•••••••••••

Estávamos perto do nosso corredor, um barulho de tiro ecoa pela mansão.

-Porchay, volte para o quarto. Eu encontro você depois. – Kim avisa, pegando sua arma.

-Certo, tome cuidado. – Demonstro um sorriso, o encorajando.

Ele parte, seguindo o barulho do tiro.

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Kimhan

Entendo que o barulho de tiro veio através do quarto de algum segurança, então realmente Pol estava certo. Chego na porta de onde veio o barulho, sendo seguido pelos seguranças que ficaram do lado de fora.

Não houve mais barulho algum, pelo visto mataram na hora que o alvo se transformou.

-Não faça nenhum outro movimento, estamos entrando agora. – Chuto a porta de imediato.

Encontro o corpo de Big morto e transformado, Pete que foi sua dupla, está em estado de choque com a arma na mão. No momento, quem está em choque, sou eu.

Eu confiava tanto nele...

Big, eu nunca vou esquecer nada que fez por todos nós.

-Pete! Você está bem? – Porsche aparece desesperado, indo consolar o amigo.

-Ei, Kim... Deixe o resto conosco. – Kinn segura meu ombro, me consolando do jeito dele.

Saio do ambiente, tentando processar toda situação. Me pergunto, se estou realmente preparado para esse trabalho.

Eu... falhei.