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Gustavo foi dormir mal humorado e desde que acordou nem o vi direito.
Não sei o que houve ontem, mas eu e Giana acreditamos que tem relação com a Jussara, já que os dois estavam estranhos quando voltamos da cozinha.
Preferi não me meter em assunto de mãe e filho — apesar da minha melhor amiga insistir que eu deveria ajudá-la a descobrir.
Passei o dia na trilha com Giana e Jussara, enquanto Gustavo mal saiu de seu quarto. Mesmo preocupada com o moreno, foi bom ter um dia só das meninas.
Depois de uma ducha quente e demorada, me deitei na cama e não consegui pregar
Quando ameaço pegar meu celular para ver as horas, o aparelho apita com uma mensagem.
"Gustavo: Tá acordada?"
Segundo o horário da mensagem, já é de madrugada — uma e trinta e cinco, para ser mais específica.
"Eu: Sim, tá tudo bem?"
"Gustavo: Vem aqui me fazer companhia."
"Eu: Você tem a cara de pau de me chamar pra transar depois do dia cansativo que tive?"
Rio com a minha própria pergunta.
"Gustavo: Não falei em sexo, mas se quiser... ;)"
Acabo rindo novamente e, ao invés de. mandar outro texto, escolho falar com o moreno pessoalmente.
Chegando lá, ele me abraça e deixa que eu deite a cabeça em seu peitoral nu. Suas mãos acariciam meu cabelo e minhas costas e, por mais que eu goste, preciso perguntar:
— O que é tudo isso? — inclino meu pescoço para olhá-lo.
— Tenho quase certeza que já falei que gosto do seu corpo. — dá de ombros.
— Vestido? — questiono com humor causando outro riso seu.
— Também — faz uma pausa. — mas sem roupa é bem melhor – diz o moreno.
É minha vez de rir e, em seguida, o silêncio se instala no quarto. Diferente de algumas ocasiões, não me sinto desconfortável com a falta de diálogo agora.
O carinho que suas mãos fazem em mim é aconchegante e fecho os olhos para recebê-lo.
— Ana — sua voz rouca me chama.
— Hm. — murmuro o insentivando acontinuar.
— Eu não quero estragar tudo. — declara Gustavo me deixando confusa.
— Como é? — levanto a cabeça para vê-lo.
— Minha mãe acabou descobrindo sobre nós e disse que eu estragaria sua amizade com a minha irmã se não parassemos – conta ele e fico envergonhada por Jussara saber que estou fazendo sexo com o seu filho.
— Então você quer parar? — pergunto temendo a resposta.
¿Por que eu espero que ele diga que não?
— Não — o moreno me encara sério — Gosto de estar com você – ele admite.
— Gu, você pode estar confundindo prazer com... — tento iniciar um disurso, mas sou interrompida.
— Ana, eu não te conheço muito bem. Sei que é amiga da minha irmã e que é uma maluca na cama e eu adoro isso. Nós começamos ao contrário e sinto que quero saber quem você é em outras ocasiões, sabe, quando não estamos só no sexo – Gustavo não desgruda os olhos dos meus em nenhum momento.
— Então — engulo em seco — o que isso significa? – pergunto.
— Me chame de louco, mas... quer namorar comigo? Eu..eu te amo Ana Flávia – fala Gustavo e eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo.
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