𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟗 - 𝐔𝐦 𝐩𝐨𝐨𝐝𝐥𝐞 é 𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐞𝐥𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨

398 31 4
                                    

Pov percy

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pov percy

Estávamos no bosque e Grover estava sentado de pernas cruzadas em um cobertor com alguma coisa felpuda no colo, um bicho de pelúcia sujo e de um cor-de-rosa artificial.

Não. Não era um animal de pelúcia. Era um poodle cor-de-rosa.

O poodle latiu para mim, desconfiado.

- Não, ele não é. - Disse Grover

Eu pisquei.

- Você está... falando com essa coisa?

O poodle rosnou.

- Esta coisa - avisou Grover - é nossa passagem para o oeste. Seja simpático com ele.

- Você pode falar com animais?

Grover ignorou a pergunta.

- Percy, apresento-lhe Gladiola. Gladiola, Percy.

Olhei para Celeste e Annabeth, calculando que elas fossem rir da peça que eles estavam me pregando, mas elas estavam extremamente sérias.

- Não vou dizer olá para um poodle cor-de-rosa - falei. - Esqueça.

- Percy. - disse Celeste me olhando - Então eu disse olá para o poodle cor-de-rosa.

-Olá poodle cor-de-rosa.

O poodle rosnou.

Grover explicou que havia encontrado Gladiola no bosque e que começaram a conversar. O poodle tinha fugido de uma família endinheirada do lugar, que oferecera duzentos dólares de recompensa para quem o devolvesse. Gladiola na verdade não queria voltar para a família, mas estava disposto a fazê-lo, se isso fosse ajudar Grover.

- Como Gladiola sabe da recompensa? - perguntei.

- Ele leu os avisos - disse Grover. - Óbvio...

- É claro - retruquei. - Que bobagem a minha.

- Então nós entregamos Gladiola - explicou Annabeth, em seu melhor tom de estrategista -recebemos o dinheiro e compramos passagens para Los Angeles. Simples.

Pensei no sonho que tive - as vozes sussurrantes dos mortos, a coisa no abismo e o rosto de minha mãe, tremeluzindo enquanto se dissolvia em dourado. Tudo aquilo podia estar esperando por mim no oeste.

- Não em outro ônibus - disse, cauteloso.

- Não - concordou Annabeth.

Ela apontou para a colina abaixo, para os trilhos de trem que eu não conseguira ver na noite anterior, por causa do escuro.

Há uma estação da Amtrack a um quilômetro naquela direção. De acordo com Gladiola, o trem para o oeste parte ao meio-dia.

[...]

Passamos dois dias no trem, rumo a oeste pelas colinas, por cima de rios, atravessando ondas de trigo cor de âmbar.

Não fomos atacados nem uma vez, mas não relaxei. Sentia que estávamos viajando em uma vitrine, sendo observados de cima e, talvez de baixo, que alguma coisa estava aguardando o momento certo.

𝐂𝐞𝐥𝐞𝐬𝐭𝐞 || Percy Jackson Onde histórias criam vida. Descubra agora