𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟔- 𝐀𝐮𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨

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Pov Celeste

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Pov Celeste

Entramos no saguão do M.A.C.
Alto-falantes embutidos tocavam uma música ambiente suave. O carpete e as paredes eram cinza-chumbo. Cactos cresciam nos cantos como mãos de esqueletos. Os móveis eram de couro preto, e todos os assentos estavam ocupados. 

Havia gente sentada em sofás, gente em pé, gente olhando pela janela ou aguardando o elevador. Ninguém se mexia, nem falava, não faziam nada. Com o canto do olho, eu podia vê-los muito bem, mas, se me concentrasse em qualquer um em particular, eles começavam a parecer... transparentes. Dava para ver através dos seus corpos.

O balcão da segurança ficava em cima de um degrau, portanto tínhamos de olhar para o alto para falar com o guarda. Mas antes teríamos que esperar em uma fila gigantesca para falar com ele.

— Com Licença. Sinto muito. Me desculpa. Me desculpa. —Percy falava enquanto a gente cortava a fila.

Percy segurava minha mão me puxando, eu segurava a mão de Annie e Annie segurava a mão de Grover, para não nos perdemos.

—Com licença. —Percy fala empurrando de leve um velho que não se mexia na fila. 

— Cabeça de alga não empurre os velhos, ainda mais os mortos. Vai que ele volta para te assobrar. —Falo a última parte segurando a risada, mas falho miseravelmente quando vejo Percy soltar uma risada.

— Gente parem com isso. —Annabeth fala. Ela parecia segurar a risada também.

—Isso parece muito errado. — Grover fala.

— Não. Só os trouxas esperam na fila. —Percy diz andando e empurrando as pessoas da fila. — Olha vocês deveriam passar uns dias em Nova York comigo. Vocês aprenderiam bastante.

Percy para de falar assim que demos de cara com o homem atrás do balcão. Ele era alto e elegante, com pele na cor de chocolate e cabelo tingido de loiro, cortado em estilo militar. Usava óculos com armação de casco de tartaruga e um terno de seda italiano que combinava com o cabelo. Uma rosa negra estava presa à lapela, embaixo de um crachá de prata.

Tentei ler o nome no crachá, mas não consegui entender por causa da dislexia, então olhei para ele.

— Seu nome é Quíron? —Percy pergunta.

Ele se inclinou por cima da mesa. Não consegui ver nada em seus óculos exceto meu próprio reflexo, mas seu sorriso era doce e frio, como o de uma jiboia exatamente antes de devorar você.

— Que rapaz mais engraçadinho. — Ele tinha um sotaque estranho... inglês, talvez, mas como se tivesse aprendido inglês como segunda língua. — Diga-me, parceiro, eu pareço um centauro?

— N-não. —Percy responde.

— Senhor — acrescentou ele suavemente.

— Senhor — Jackson falou.

𝐂𝐞𝐥𝐞𝐬𝐭𝐞 || Percy Jackson Onde histórias criam vida. Descubra agora