The Oryd [CONCLUIDO]

7

Fico tão absorta em meus próprios pensamentos que ao olhar ao redor, estava no jardim que antes se encontrava em minha janela. Aproveito pra conhecer e dar uma caminhada noturna no jardim, há flores aqui que nunca tinha visto em Oryd e algumas espécies que nem sabia que existia.

Flores são o meu segundo passatempo, desde criança minha mãe despertou em mim o encanto, ela me apresentou várias espécies e também me ensinou como descobrir quais são. Pelo menos foi o que meu pai disse, particularmente não me lembro disso.

                — Pena que agora não posso olhá-las tão bem... – penso alto –

                — Olhar o que?

Levo um susto ao olhar para o lado e ver etiel parado confortavelmente ao lado de um arbusto, como se já estivesse ali a algum tempo.

                 — Você está me seguindo? – pergunto indagada –

                 — Eu já estava aqui antes de você, Elizabeth! Parecia entretida com as flores, gosta delas? – perguntou curioso –

                 — Sim! Me faz lembrar da minha mãe..

                 — Cristine.. Lembro dela, sinto muito Lizzy!

                 — Você conheceu minha mãe? – pergunto alterada –

                 — Como disse, há muitas coisas que vc precisa saber! — responde se afastando —

                 — Não me venha com essa, estou cansada do "você não sabe" então me fala! – falo puxando-o pelo pulso –

                 — Não é o momento!

                 — Então qual vai ser o momento? Vocês estão me tratando como se eu fosse uma menininha indefesa mas se esquecem que eu sei muito bem me defender sozinha!  – falo puxando minha espada – Se eu vencer, você vai me contar tudo! –o desafio –

                 — Quer mesmo fazer isso?

                — Acha que não sou capaz? – respondo o desafiando –

Ele retira sua espada rapidamente, me fazendo recuar quando a ponta passa a milímetros do meu rosto.

                 — Então vai ser assim? – pergunto empolgada –

Me jogo no chão, derrapando para trás dele, sem dar chance dele se preparar. Levanto rapidamente e corro para pegar impulso para o ataque. Finalmente tive uma chance, visto que ele estava de costas ainda, mas Etiel nem precisou se virar, ele apenas acertou o cotovelo no meu rosto, senti o sangue jorrar e sua força era tanta que fui arremessada a uma pequena distância, fazendo com que eu batesse minhas costas em um tronco de árvore.

                — Elizabeth! – grita – Você está bem?

                — Não – sorri – Deve ser algo que deve esconder a todo custo, para precisar usar seus poderes contra mim! — falei séria — Nunca tive chance né!

Ele ficou calado, apenas abaixou a cabeça.
Me levanto de onde estou, e Etiel tenta me ajudar mas o rejeito.

                   — Não toque em mim! Se não posso confiar em vocês, eu vou descobrir sozinha por que estou aqui!

Levanto e saio andando com o sangue escorrendo pelo meu nariz, Etiel continua andando atrás de mim e a dor era insuportável mas não daria o braço a torcer.

                   — Vamos, deixe me ajudá-la! – fala sem paciência –

Permaneço calada tentando conter a dor que me cerca.