Eu decidi amar você

Sobre mim

Me chamo Melissa, que significa
" abelha", " mel", que trás associação com a doçura, a trabalhadeira e a organização das abelhas.
Vivo num corre corre intenso, mas adoro essa loucura de nem conseguir tomar um café, essa intensidade me encanta. Muitas vezes quando chego em casa e sinto falta de ficar agarradinha no sofá, mas as decepções foram inúmeras, me fazendo entender que apenas o trabalho e a minha própria companhia eram suficientes.
Encontrar alguém está fora de meus planos, eu quero crescer, viajar pelo mundo, curtir festas e quem sabe um dia, ficar bêbada e nem me lembrar onde moro, mas penso na ressaca, na dor de cabeça e vou deixando isso para outro instante.
No momento penso em crescer como estilista, a minha loja ainda é bem pequena, eu desenho, corto os moldes, costuro e visto os manequins com minhas criações.
Sonho em um dia ser reconhecida pelo meu talento, por isso estou tão focada no meu profissional.
Amores dão muito trabalho, mas se bem que eu queria uns beijos, uns abraços, só que agora não tenho tempo, preciso correr, a loja irá abrir em meia hora, tenho que trocar a roupa dos manequins, as pessoas precisam gostar do que veem para poderem entrar e comprar.
Ufa, dá um pouco de trabalho, mas eu amo, prazer, sou Melissa Bianchi e a minha vida começa aqui.

- Bom dia, Melissa, já vai abrir a loja? - perguntou sua velha amiga.

- Bom dia, senhora Luma, estou correndo, preciso trocar as roupas dos manequins.

- Peças novas?

- Várias! Pode me ajudar com as caixas?

- Lógico!

Elas tiraram as caixas do carro e Melissa correu para substituir as roupas, estava expondo a nova coleção de Primavera, com peças alegres e coloridas.

- Melissa, que lindas essas novas peças! - falou a senhora Luma.

- São da nova coleção de Primavera, a senhora gostou mesmo?

- Eu amei! Você arrasa sempre, as pessoas já estão parando para observar.

- Espero vender bastante, quero ampliar a loja, tenho tantos sonhos.

- Vai precisar de alguém para te ajudar, você faz tudo sozinha.

- Agora não posso, senhora Luma, estou investindo em tecidos, linhas, máquinas, quem sabe mais para frente.

- Se precisar de mim é só chamar.

- Muitos sapatos para arrumar?

- Sim, tenho que entregar alguns agora pela manhã, nos vemos depois.

- Claro, obrigada pela ajuda.

- Melissa, você namora?

- Eu?

- Sim, só trabalha, precisa de algo novo, um brilho no olhar.

- Desisti dessa parte da vida.

- Por que? És tão jovem!

- Quero me dedicar ao meu trabalho, as decepções machucam.

- Se um lhe feriu, outro pode chegar e curar essas feridas.

- Assim como está é bem melhor. Me dedico ao trabalho, vou para casa, tomo um banho e durmo.

- Que sem graça! Onde estão as borboletas que deveriam estar voando em seu estômago?

- Fui ao banheiro e deixei todas por lá.

- Não diga isso! É tão bom beijar, sorrir sem motivos, ganhar uma mordidinha no pescoço.

- Senhora Luma, ainda faz essas coisas?

- Não estou morta, só estou velha!

- Caramba! A senhora tem uns rolinhos?