Minha melhor escolha

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Foi difícil sair daquela cama quentinha, onde o amor era o protagonista.

- Amor, levanta, vamos dar uma volta, quero andar juntinho com você. - disse Melissa.

- Queria ficar aqui para sempre, volta aqui.

- Eike, vem tomar banho comigo.

- Você falou banho?

- Mas é só banho, nada demais.

- Prontinho, estou aqui. Nossa, vamos tomar banho para sempre?

- Amor, para, vem aqui, vamos lavar esse cabelo vai ficar lindo.

- Hum, é cheiroso!

- Me solta, amor, parece que tem duzentos braços.

- Não fiz nada.

- Eike, stop! Nós vamos sair, quero andar por aí sem destino.

- É culpa sua.

- Minha?

- Me dá só um beijo, eu fico quieto, prometo.

- Só um?

Que fosse um, mas sempre intenso.
Eles saíram de bicicletas, queriam fazer um passeio onde pudessem observar cada cantinho. O hotel dispunha de várias, para os hóspedes andarem pela cidade, era o que eles precisavam, ar puro, felicidade e muito amor.

- Meu amor, me espera!

- Eike, mais rápido, olha que lugar lindo, vamos parar aqui, será a nossa primeira foto juntos.

- Como namorados?

- Namorados?

- Você aceita?

- Meu amor, te amo demais! Vem, quero que fique linda essa recordação.

E a primeira foto oficial dos pombinhos acabava de ser tirada.

- Ficou linda, veja, Eike!

- Me dá outro beijo?

- Outro?

- Está contando, Melissa?

- Vem aqui, menino carente, quer um beijo?

- Agora não sei mais.

Eles eram assim, fofos, carinhosos e viviam a descoberta daquele amor, um sentimento que desabrochou com o carinho recíproco e a atenção que sempre desejaram receber.

- Amor, chega, já tiramos mil fotos! - falou Eike.

- Só mais essa, amor.

E o sorriso sempre seria o mais bonito, afinal de contas, era a mulher que amava.
Eles seguiram até um café e pediram sucos gelados e duas panquecas.

- Que fome, amor! - disse Melissa.

- Eu também! Aqui é muito lindo, só não mais que você, sempre supera tudo e todas.

- E você é o homem mais maravilhoso, por quem me apaixonei e me apaixono a cada olhar.

- Te amo, nunca esqueça disso, meu amor.

- A sua panqueca parece ótima, me dá um pedaço.

- Pequeno viu.

E a bocada foi a melhor.

- Melissa, sua gulosa!

Ela apenas sorria, como era bom poder ser quem somos, sem medo de incomodar o outro, ou ser preciso criar um personagem que se adapte à determinadas pessoas.

- Hum, delicioso! - falou Melissa.

- Não te dou mais!

- Não te dou beijos!

- Como assim? Me dá um agora, já deu saudades.

Como eles mereciam toda aquela felicidade, o quanto Melissa lutou para viver um amor onde fosse aceita, respeitada, admirada e amada, e estava vivendo ao lado de Eike todos os seus melhores sonhos, onde somente o que sentiam importava.

- Promete que sempre vai comer o seu lanche e o meu?

- Nem preciso prometer, você já sabe, Eike.

- Te amo, nunca amei alguém assim, você faz o meu coração te querer sempre mais, foi feita para mim.

- O que mais?

E o beijo apaixonado foi a melhor resposta para todas as perguntas. Melissa era aquela que despertava nele as melhores sensações, as que sempre desejou sentir, era com ela que queria permanecer por toda a vida.
Eles retornaram, e a Itália deixaria saudades em seus corações, pois foi onde tudo se concretizou.

- Meu amor, esse não é o caminho da minha casa. - falou Melissa.

- Nós iremos passar em um lugar rapidinho, depois te deixo em casa.

- Onde amor?

- Confia em mim, eu te amo demais.

Eles desceram numa linda casa, Eike entrou de mãos dadas com Melissa.

- Amor, que lugar é esse? - perguntou a garota.

- Vem, preciso dar um recado rápido, já vamos para casa.

Ele entrou e deu de cara com uma reunião particular, onde os pais de Eike estavam bebendo um vinho com alguns amigos.

- Boa noite, que bom encontrar todos reunidos. Vim apresentar uma pessoa especial para vocês. - disse ele.

- O que significa isso, Eike? - perguntou sua mãe.

- Essa é a Melissa Bianchi, minha mulher, o meu amor, e futura Melissa Bianchi Benson, queria que conhecessem esse ser humano perfeito, que me ensina coisas novas a cada olhar.

- Cale-se, Eike! - disse sua mãe.

- O que fizeram com a Melissa é imperdoável, ela foi agredida e estuprada brutalmente.

- Estuprada? - perguntou o pai de Eike.

- Sim, meu pai, estuprada. Mandaram alguém dar um susto na Melissa, mas ele foi além. - disse o rapaz.

- Não pode nos acusar dessa forma. - falou sua mãe.

- Posso, eu sei que foram vocês.

- Eike, vamos embora, não fale assim com os seus pais. - disse Melissa.

- Não, Melissa, você sofreu pelo preconceito deles.

- Filho, isso não é uma mulher! - disse sua mãe.

- O nome dela é Melissa! - gritou Eike.

- Não sabia que tinha um filho gay! - falou seu pai.

- Vocês são horrendos, que vergonha! - disse Eike.

- Dois homens brincando de casal, nunca dará certo. - falou sua mãe.

- Tenho vergonha de ser seu filho.

- Eu que tenho, de te ver de mãos dadas com outro homem. - falou aquela senhora absurdamente preconceituosa.

- Vamos, meu amor, onde não te cabe, jamais será o meu lugar. - disse Eike.

O recado foi dado sem soltar da mão de Melissa por um minuto sequer.
E os dois seguiram juntos.

- Não chora! O que eles pensam jamais influenciará nas minhas escolhas, te amei desde o início e após te conhecer, descobri que sempre te procurei, eu amo a sua essência, as suas atitudes e o mais importante, é que permaneça ao meu lado, me fazendo feliz. - disse Eike.

Ela abraçou Eike, ele sentia a tensão em seu corpo, mas viver aquele amor acalmava qualquer tempestade.

- Você sempre será a minha melhor escolha, amo você, só permito que chores se for por mim.

- Te amo, seu bobo, muito. - disse Melissa.

Eu decidi amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora