YOU BELONG WITH ME - Charlie Buschnell

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Belle

O meu sábado se passou em um piscar de olhos, eu não fiz nada praticamente, tive um "jantar" com minha psicóloga, nem eu sei por que, ela disse que "seria bom para mim ter uma amiga que me ajude" eu tenho o meu trio, eu não preciso de mais amigos, eu acho.

Agora o meu foco era o trabalho, estava me arrumando para ir no Boliche, coloquei um vestido florido, tons de azul com branco, prendo meu cabelo por que estava puro óleo, passei um pouco de base e blush só para não ficar com cara de morta, calço meu vans azul que tanto amo, pego os materiais e minha bolsa.
Vou em direção para o carro, espero que não esteja muito cheio. Por que ele escolhe o pior lugar, um boliche? que estranho.

Chegando no local meus olhos passam por toda parte até parar em uma mesa que estavam as pessoas que eu menos queria ver, o grupinho dos populares, Amber, David, Charlie, Chris e Taylor.
- mãe me ajuda por favor - olho para cima com as mãos juntas.
Estava indo até uma mesa mais afastada até que senti olhares me encarando, viro e vejo Charlie me olhando, dou um leve sorriso e ele retribui com o mesmo gesto.
Sento na mesa e espero um sinal de vida para ele vir.
- Oie loirinha - só pelo apelido já sabia quem que era - vamos começar logo isso - ele se senta na minha frente pegando seu celular.
- Olha o boliche não é um dos melhores lugares para fazer trabalho, mas para começar a gente vai fazer só um leve rascunho - pego um lápis e meu caderno - então vamos lá.
Escrevo "rascunho" na folha.
- Oi meu bem - meus olhos se direcionaram para Amber que estava se jogando no mesmo - Vamos ali do lado - ela beijava as bochechas dele enquanto me encarava, pedindo para eu sair de lá, mas é óbvio que eu não ia né e se ela me provocar é capaz de eu dar um soco de novo. Ela o puxava pela gola da camisa, quase enforcando o coitado.
- Olha Charlie a gnt faz outro dia - tiro minhas coisas da mesa.
- Não Belle, fica - encaro o mesmo enquanto ele tirava a garota que estava praticamente em seu colo beijando seu pescoço - Amber por favor, da para dar licença, você não está vendo que eu estou ocupado.
- Desculpe meu amorzinho - ela da beijos pelo rosto inteiro do mesmo, sério? que estranho, eles nem namoram, menina emocionada.
Finalmente essa garota sai, eu só queria fazer um trabalho, SÓ ISSO, é tão difícil assim?
- Olha desculpa tá? Ela as vezes é muito emocionada e pensa que a gente namora - AS VEZES? é sempre né querido, mas acontece.
- Relaxa, acontece, eu conheço muita gente assim - me lembro do meu pai com minha madrasta.Mas se meu pai está feliz, está tudo bem, afinal, o que importa é isso.
- Tá certo, olha a gente vai ter que falar o que é, o que estuda e a importância, apesar da maquete, teremos que falar sobre, anota aí, você vai falar sobre o que é e o que estuda, já eu falo sobre a importância e eu faço a maquete - anoto as coisas no meu caderno até sentir algo na minha mão livre, olho e vejo que ele estava praticamente entrelaçando nossos dedos, que porra é essa?
  - você não vai precisar de ajuda loira? olha eu posso tentar ajud-
  - não precisa - solto nossas mãos, que sensação estranha foi essa - eu dou conta, não é tão grande, relaxa - sorrio para o mesmo.
  - bom, qualquer coisa, já sabe minha casa - ele pisca e eu assinto - apesar, quer ir em uma festa na sexta que vem? é na casa do David.
  - ah, o Nick e a Soph podem ir?
  - Claro, eu já tinha convidado minha irmã, mas fica a vontade em convidar o Nick também, ele é gente boa.
  - Então pode ser! Eu tenho que ir Charlie, a gente se vê por aí amanhã - levanto e dou um leve sorriso para o mesmo.
  - Beleza, até amanhã Belle - ele retribui.
 
  Uma missão de começar o trabalho já foi concluído, acho melhor cada um fazer sua parte, eu sla o por que. Agora eu teria que ir para o cemitério ver minha mãe, mas antes de tudo, passar na floricultura e na casa do Nick. Ele e a Soph sempre vão comigo para lá, eu acho bom ter uma companhia nesses momentos, mas como a Soph não pode hoje vou só levar o Nick mesmo.
   Tiro meu carro da garagem do local e vou em direção a casa do meu melhor amigo.
   
  - Oie amiga! - Nick entra dentro do carro e coloca o cinto - certo, você já foi na floricultura?
  - Oii, ainda não, queria que você me ajudasse a escolher qual flor eu pegar.
  - Claro amiga, eu ajudo com certeza.
  - Ah e Nick, você quer ir em uma festa na casa do David? O Charlie me convidou.
  - O Charlie te convidou? Desde quando vocês estão tão próximos? Mas a Sophie vai? - assenti - então pode ser, mas só se eu me arrumar na sua casa. - reviro os olhos.
  - Aff, só dessa vez idiota - ele comemora batendo palmas.
  Chegamos na floricultura, entramos e vamos direto para rosas, eram as favoritas da minha mãe.
  - Boa tarde Belle! Aí meu deus você está mais linda que o normal - sorrio com sua fala - flores para sua mãe? - assinto - imaginei, temos as rosas brancas que são extremamente lindas, se você quiser - as rosas sempre foram as favoritas da minha mãe.
  - Elas mesmas por favor senhora.
  - Ah Ok, vou separar para você, um minutinho - assim ela sobe umas escadas que tinham, provavelmente para embalar bem bonitinho do jeito que eu gosto.
  - Olha que lindas Nick - olho as margaridas, eu sempre fui apaixonada por elas, minha mãe sempre falava que eu lembrava elas, então eu sempre fico bem quando vejo.
  - É mesmo - ele chega do meu lado e toca nas flores.
  - meu bem, aqui as flores - a senhora de idade me entrega - quer que eu coloque na sua conta e depois você paga?
  - Por favor - ela anota em um pequeno caderno - Obrigada! Até outro dia.
  - Eu que agradeço Belle, volte sempre - e assim fecho a grande porta de vidro.
 
  Eu e Nick entramos novamente no carro, indo na direção do Cemitério.
  Chegando lá dou meu nome da portaria e vou para o estacionamento perto do túmulo da minha mãe.
  Saímos do carro e fomos em direção.
  - Nick, pega as coisas para dar uma limpada aqui no túmulo, eu vou ajeitando as flores.
  - Sim senhora - ele vai em direção a uma bancada, onde tem regador, mangueira e sabão.
  Vou arrumando as flores de acordo com a cor de cada uma, eu sempre tento deixar o máximo arrumado, ela merece.
  -Aqui amiga, vai querer ajuda?
  - Obrigada, pode ser, eu vou passar o sabão enquanto isso vai enchendo o regador - ele assenti com a cabeça e vai encher. Nesse tempo eu pego um balde em que tinha uma agua limpa (que Nick tinha pegado) e passo por cima de todo túmulo, pego uma esponja e o sabão e passo sobre as letras de seu nome delicadamente.
  - Toma aqui amiga - pego o regador e passo por tudo denovo, para tirar o sabão. Assim que acabo coloco minha flor do lado e me agacho de frente para cova - eu vou lá no banheiro tá? - eu sei que ele não vai no banheiro, e sim por que ele sempre deixa ter um momento de mãe e filha, queria me deixar sozinha para eu tentar ter o máximo de contato possível com ela, pois ele sabe que perder alguém importante não é fácil.
  - Oie mãe, tudo bem? Eu espero muito que sim, por aqui tá tudo ótimo, estou tendo que fazer um trabalho com o irmão da Soph, lembra dele? O Charlie. Ele é legal, gente boa, mas sla, eu vou ter uma das minhas primeiras festas, sim, ele me convidou, vai ser legal ter uma experiência diferente depois de tudo o que aconteceu. Eu vou começar a procurar meu vestido de madrinha para o casamento do papai com a nossa vizinha, a Vicky, ela é legal, mas eu não sei, eu nem queria participar do casamento, eu nem tenho alguém para ir comigo. Estou indo melhor na escola, depois que caiu um pouco minhas notas por conta da ansiedade mas tá dando tudo certo, mãe, eu só queria que você tivesse aqui, eu sinto saudades do seu abraço, de todas as vezes que a gente ia no shopping fazer compras - quando percebo, já estava caindo lágrimas sobre minha bochecha - eu sinto saudades de você ao meu lado todos os dias, não foi fácil superar sua perda, apesar que eu nem superei direito, a Susannah falou que eu estou melhorando, mas ainda preciso tomar os remédios e ir toda vez na terapia, mas eu já cansei disso, e o meu pai fica me cobrando toda hora, como se eu fosse morrer amanhã. Eu te amo tanto mãe, eu só precisava de um abraço seu agora.. por que você não falou para mim sobre a doença? - começo a soluçar, é, eu estava chorando - eu só queria você de volta, se eu pudesse pedir uma única coisa seria você novamente, quem vai me ajudar a me arrumar na minha formatura? - percebo alguém me abraçando por trás, era Nick, me viro e abraço o mesmo forte, tão forte que parecia que seria minha última vez vendo ele - Nick, eu só queria ela de volta.
  - Eu sei Bel, você não merece isso - ele passa seus dedos pelas minhas bochechas, secando as lágrimas que caiam - vamos embora? - assenti com a cabeça.
  - Eu só vou me despedir, pode indo para o carro - dou as chaves para ele - mãe, eu te amo tanto, espero que esteja me observando daí de cima, farei de tudo para te fazer orgulhosa - dou um beijo nos meus dedos e passo os mesmo pelo túmulo.

  Seco minhas lágrimas com minhas mãos e entro no carro.
  - Tem condições de dirigir? Não quero morrer novo - rio da fala do Nick.
  - Relaxa idiota, eu só chorei, não bebi 10 cervejas.
  Dou partida no carro e sigo em direção da casa do Nick

QDT

Saio do banho e vou em direção ao meu guarda-roupa pegar meu pijama de seda. Após colocar me deito na cama e apago as luzes, deixando só a do abajur ligada. Pego um quadro de fotos, onde está eu e minha mãe abraçadas, em um parque aqui da cidade.

  Eu lembro bem desse dia, eu tinha acabado de completar 6 anos, e meu pai estava viajando a trabalho, então era só eu e minha mãe, no dia meu pai não tinha ligado nem mandado uma mensagem, eu fiquei tão mal, mas aí minha mãe me levou nesse parque, que foi incrível, ela me levou para tomar sorvete, e quase vomitamos naqueles brinquedos que giram até a morte, até hoje eu vou nesse parque e lembro dela.

  Beijo a foto e deixo no lugar que estava.
  - eu te amo mãe, boa noite - passo a mão por ela.
  Apago a luz do abaju e agora sim me permito dormir bem.

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- Susannah é a terapeuta dela tá gente

- Vocês estão gostando? Aí eu não sei se tá muito bom não😭
 
- Desculpa o capítulo curto gente