3. SENTIMENTOS

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Forks, ano 2052

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Forks, ano 2052

— Bella, por que tem uma estátua com o teu rosto no cemitério da cidade?

— Como é que eu vou saber, Demetri? Eu nem vi o nome da cidade, só fiquei impressionada com o número de habitantes. Isso aqui é um ovo.

Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso debochado.

— Sério, Bella... Eu nunca conheci uma imortal tão facilmente distraída quanto você.

— Ah, qual é? Eu só tenho cinquenta e oito anos de existência, você já tem mil. Isso é tempo suficiente para aprender a ficar focado, então me dá um desconto.

Ele riu e bagunçou o meu cabelo, o que lhe rendeu um empurrãozinho que o lançou a quinhentos metros de distância.

Quando voltou para perto de mim, ele segurou meu queixo e me fez virar a cabeça para ver a placa próxima do portão: Cemitério de Forks.

Puta merda.

Como não conhecer esse nome que eu vi tantas vezes nas minhas pesquisas?

— Demetri... Essa é a cidade onde eu nasci.

— Droga! Qual a chance dos Cullen terem vindo morar justo aqui?

— Só sei que o meu pai mora aqui. Ou morava, nem sei se ainda está vivo.

— Ele é importante na cidade?

Eu assenti, pulando por cima do portão do cemitério para examinar a estátua mais de perto.

— Ele foi o chefe de polícia, a maior autoridade desse lugar. Aposto que todo mundo aqui o conhece.

Observei a grande estátua de mármore branco. Não havia dúvidas de que era eu. Os cabelos esvoaçantes, o sorriso tímido sem mostrar os dentes... Até o vestido entalhado era a cópia do meu vestido de formatura do colegial.

A imagem era baseada em uma foto minha ao sair para a festa de formatura. Eu parti na semana seguinte para o Arizona a fim de conhecer o campus da faculdade onde fui estudar História.

Essa lembrança me pegou de surpresa. Ela não estava lá antes e, de repente, em um flash, eu apenas me lembrei de Charlie tirando a foto e sorrindo orgulhoso.

— Você está bem? — Demetri tocou meu ombro.

— Não sei como me sinto. É confuso estar aqui, saber que essa é a cidade onde eu passei a maior parte da minha vida humana, e ao mesmo tempo não me lembrar de nada.

— A transformação faz isso. Você se esquece de quem foi para se tornar o predador que a nossa natureza exige de nós. Eu quase não me lembro da minha vida humana e por isso não sinto falta. Amo a Grécia que conheci em minhas viagens, mas a vila grega onde vivi há mil anos nem mesmo me causa nostalgia.

Mais Quente Que o Sol (Jasper + Bella)Onde histórias criam vida. Descubra agora