𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑉𝑜𝑐ê

Capítulo - 23

2013

(K19, A18)

O cheiro de combustível cobria o ar das movimentadas ruas de Bangkok. Pessoas, carros e edifícios ficaram confusos enquanto o ônibus acelerava.
Ciclomotores e tuktuks entram e saem entre as pistas. Todos estão em uma corrida para seu próprio destino.

Arthit sorriu olhando pela janela aberta do ônibus. Ele não estava focado em nada em particular. Uma leve brisa varreu confortavelmente seu rosto corado. Durante todo o passeio, ele recordou o momento íntimo que compartilhou com seu jovem namorado. Ele ainda não consegue acreditar o quão ousado foi ao iniciá-lo. Ele tocou suavemente sua pele beijada atrás da orelha. Ele agarrou sua nuca e sorriu novamente. Foi uma sensação tão intensa e estranha ser beijado ali. Ele quase consegue ouvira boca úmida de Kongpob movendo-se ao redor dele, como se ele estivesse fazendo isso agora mesmo. Ele não consegue comparar isso a mais nada, mas foi muito bom e emocionante. Isso ele sabe e espera fazê-lo novamente. Ele se pergunta se Kongpob também gostou. Seu rubor se intensifica.

"Oh, desculpe-me." Um homem disse por bater o joelho no de Arthit enquanto ele se sentava ao lado dele.

Ao ouvir alguém falar com ele, Arthit saiu de seus devaneios. Um pouco irritado, mas acenou com a cabeça para o homem ao lado dele. Então ele olhou em volta e percebeu que o ônibus estava parado e as pessoas estavam entrando. Então ele olhou para fora. Ei, aquela não é a velha padaria? Merda! Arthit imediatamente se levantou. Esta é a parada dele. As portas se fecharam e o ônibus começou a andar novamente.

"Pare! Por favor, pare! Eu tenho que descer." Arthit gritou alto o suficiente para o motorista ouvi-lo lá de
trás.

O motorista do ônibus podia ser visto balançando a cabeça pelo espelho retrovisor. Mas o ônibus parou rapidamente e abriu as portas novamente.

"Obrigado!" Arthit gritou alto novamente antes de sair. Graças a Deus ele não perdeu a parada, afinal.

Arthit consultou o relógio e ainda não eram cinco horas. Ele ficou aliviado porque o trânsito não estava tão ruim
voltando do Kongpob para casa. Ele começou a caminhar rapidamente em direção a casa. Por alguma razão, ele de repente sentiu que algo estava errado, mas ele não consegue identificar o quê. Arthit apenas se sentiu desconfortável. Ele havia mandado uma mensagem para Krystal para avisá-la que estava voltando para casa há mais de trinta minutos, mas ela não respondeu. Arthit verificou seu telefone novamente para ver se algo estava errado com Krystal, mas ela não respondeu a mensagem.

Arthit teve vontade de correr para casa. Ele não sabe por que, mas sentiu a necessidade de correr. Então, sem mais demora, ele saiu correndo. Por que ele deve correr novamente hoje? É exaustivo.

Arthit finalmente conseguiu chegar ao portão da frente. Tudo parecia calmo e tranquilo. Nada fora do comum. Recuperando o fôlego, ele tirou as chaves da mochila. Ele entrou na casa com uma sensação de nervosismo. Então ele ouviu o som de uma fungada.

"Arthit Rojnapat! Venha aqui!'"

Arthit ouviu a voz de seu pai crescendo antes de ver o próprio homem. Ele hesitantemente entrou na sala de estar. Seu pai se levantou do sofá olhando para ele. Ele olhou para a origem da fungada e, claro, era sua irmã ajoelhada no chão, chorando.

"Onde você esteve? Você deveria estar de castigo. Como ousa me desobedecer?" O pai de Arthit gritou.

"Pai, me desculpe. Mas não é culpa de Krystal. Por favor, deixe-a fora disso." Arthit implorou enquanto se ajoelhava ao lado de sua irmã.

"Ela é cúmplice. Sua irmã mentiu para mim e tentou encobrir você. Você tem alguma ideia do que aconteceu hoje?" O pai de Arthit falou com raiva com as veias visíveis ao longo do pescoço.