Suguru geto - continuação

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Animada para o seu primeiro dia no trabalho, teve o pressentimento de duas coisas, uma ruim e uma boa.

Apesar de que começou o dia meio mal, já que acordou tarde, queimou a torrada do café da manhã e esqueceu um papel importante do trabalho.

_não vou deixar isso me abalar! - estufou O peito e quase foi atropelada por avançar o sinal de novo - me desculpa! - pediu depois do motorista a xingar.

No prédio do trabalho, quando foi pegar um pouco de café para levantar o astral, deixou a xícara cair dando um suspiro triste.

_calma, você deve estar nervosa - consolou uma colega de trabalho que conheceu - até eu fiquei assim no meu primeiro dia.

_a questão nem é isso, sinto que algo vai acontecer, só não sei o que é.

_[s/n] - uma garota ruiva a chamou - o chefe pediu para você ir buscar café para ele - sorriu.

_ok - levantou destemida indo até a cafeteira.

_ele sempre pede para comprar em uma padaria aqui perto - a [c/c] murchou.

_ta brincando?!

_pior que não - riu nervosa.

Soltando o ar meio deprê, desceu para buscar o café; depois de esperar em uma fila grande e irritante, aguardou o sinal fechar para atravessar, até que...

BUM!

Uma explosão assustou todos perto do prédio, pedaços de vidro começaram a cair do andar mais alto. Um caco grande vinha na direção da garota, não daria tempo para fugir, estava vindo muito rápido.

É o meu fim, fechou os olhos aceitando a morte. Sentiu um vento no rosto ao invés do impacto que nunca veio, ao olhar viu que voava acima de um riozinho, alguém a segurava pelas vestes.

_não precisa ter medo princesa - o albino deu uma piscadela.

A garota começou a gritar de pânico e por sua saia voar deixando sua roupa íntima a mostra.

_será que poderia tomar mais cuidado gojo?! - gritou geto vindo montado em um bicho estranho que mais parecia um dragão.

_até que a cor é sensual - assobiou olhando para as nádegas da [c/c] - agora ela é sua!

A jogou para cima, suguru a pegou dando um olhar reprovador para o amigo.

_mais cuidado! - olhou para seu rosto assustado - vou te levar para um lugar seguro, se segure.

O agarrando com todas as forças, sentiu se locomoverem em alta velocidade. Ele parou e a colocou devagar no chão; ainda processando o que havia acontecido, sua visão estava borrada por causa das lágrimas.

_o-o-o-o que é-é essa c-co-coisa?!! - tremia dos pés a cabeça.

_seria complicado explicar agora, pelo visto você estava no seu trabalho não é? - dando passos cautelosos até ela, a [c/c] perdeu o equilíbrio e caiu dentro da fonte atrás de si - deixe-me ajudar.

O pânico ainda era visível em seu rosto e corpo; levando-a para a escola jujutsu por ser mais perto, deu lhe um calmante e emprestou roupas secas.

_me desculpe pelo transtorno que passou, espero que sirva mesmo sendo um pouco grandes - a observou vestir seu moleton.

_eu quase morri - abraçou os joelhos - o pior de tudo, é que eu meio que esperava por isso, não pela minha morte é claro - acrescentou depressa.

_posso te fazer uma pergunta? - se sentou ao lado dela.

_claro.

_você viu algo estranho ou sentiu? - foi uma pergunta confusa.

_bom, eu vi aquele bicho feio em que você estava montado - ele riu - agora, sentir...eu senti um frio na espinha e uma sensação de desespero, acho que o pânico não me deixou ver o que estava acontecendo direito.

_ótimo - começou a dobrar a manga do moleton que a garota usava - algumas coisas é difícil de explicar, mas não é impossível. Aquilo que você viu em que eu estava montado se chama maldição - passou para a outra manga - maldições são espíritos que nascem através de pensamentos negativos dos humanos, essa energia se acumula e acaba vazando para o nosso mundo, entende? - olhou para ela com carinho - eu sou um feiticeiro, o tipo de pessoa que salva garotas como você desses monstros - tocou a ponta de seu nariz.

_então...por que você estava montado em um?

_feiticeiros como eu tem poderes e técnicas, conseguimos isso através da nossa energia amaldiçoada que concentramos. Minha técnica é exorcizar e absorver maldições que posso usar a meu favor.

_nojento, mas prático.

O garoto sorria de forma doce; reinando um silêncio que começou a ficar desconfortável, ela começou a pensar em algo para preencher o ambiente.

_olha, sei que é uma pergunta meio coisada de se perguntar, mas...você tem namorada? - geto começou a rir deixando-a confusa.

_todos que vem do Brasil são tão engraçados assim?

_eu não sei, quando morava lá tinha poucos amigos - riu.

_se é essa a sua dúvida então não, eu não tenho namorada - respirou aliviada - você é tão fofa, seu sotaque é engraçado.

A [C/c] riu de um jeito gostoso; suguru colocou uma mecha atrás de sua orelha se aproximando, seus lábios estavam a centímetros até a porta se aberta com brutalidade.

_eita, o que ta rolando aqui? - gojo alternou o olhar dela para ele - interrompi algo?

_não, eu já estava indo acompanha-la até em casa, não é? - deu um olhar significativo.

_estava?...é e-estava!

_ah, então ta - olhou desconfiado - vocês estavam dando amassos? - perguntou baixinho quando a garota passou por ele.

_cala a boca gojo!! - deu outro tapão na cabeça do albino - qual é a sua?!!

_só estava curioso! - esfregou o lugar - só isso!

Eles tiveram uma pequena discussão enquanto ela ria. Depois de ligar para o trabalho e explicar o que aconteceu, o chefe foi gentil e deixou a [c/c] se acalmar do pânico por uma semana; geto a acompanhou até em casa como havia dito.

_obrigada, de novo - colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - já é a segunda vez que me ajuda.

_não tem problema, é um prazer ajudar - deu um sorriso doce.

_acho que te devo uma não é? - riu e se aproximou dando un beijo na sua bochecha - até mais, fique bem.

O moreno corou e segurou o seu pulso delicadamente, o garoto procurava pelas palavras certas.

_olha, eu sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas...gostaria de sair comigo algum dia desses? - um sorriso de orelha a orelha surgiu no rosto da garota.

_sério? - seus olhos brilharam - eu adoraria!

Pulou em cima dele toda feliz, tanto que o moletom subiu um pouco mostrando suas coxas mais do que deveria.

_cuidado, sua roupa subiu - abaixou envergonhado tampando suas pernas - me dê o seu número e marcaremos direitinho.

Dando o número para ele, o garoto foi embora dando um último aceno. Entrando em casa ainda sem acreditar, cheirou profundamente o casaco sentindo o seu perfume.

_tão doce...acho que apaixonei - começou a dar um surto de alegria.
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