Fushiguro megumi - continuação

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Depois de contar tudo que ela precisava saber - desde o que são maldições? a o que é um xamã? - a garota ouvia atentamente.

_então você esta me dizendo, que eu possivelmente possa me tornar uma xamã? - tentava entender.

_exatamente! Megumi me contou que você quase quebrou a parede da sala com um soco - ela ergueu uma sobrancelha - e você consegue ver espíritos, então você é uma garota com futuro.

_interessante - o albino sorriu orgulhoso - vocês tem uma habilidade única em inventar histórias.

_é o que?! - disse gojo indignado.

_não acredito em nada do que me disseram - se levantou - e você - apontou para megumi que estava encostado na parede - fique longe do meu caminho.

Colocando a mochila nas costas, saiu batendo a porta. Satoru suspirou.

_essa daí, é um cão chupando manga.

_mas e agora? Ela não acreditou em nada do que você disse.

_não se preocupe - foi indo em direção as escadas - tenha paciência, alguma hora ela muda de ideia - bagunçou o cabelo do garoto - boa noite megumi.

Andando pelas ruas escuras, a [c/c] chutou uma pedrinha pensando no que acabou de ouvir. Ela riu disso.

_esses caras são esquisitos.

Um som estranho surgiu dentro de um beco tomado pela escuridão; parando de andar para observar, ela achou ter visto um vulto então chegou mais perto.

_hum, era só um gato - disse depois que um gatinho saiu daquele breu miando.

Voltando a andar, a garota nem percebeu que havia olhos brilhantes a espreita daquele beco.

No dia seguinte queria esquecer sobre tudo que ouviu do homem de cabelos bracos. Megumi de pouco em pouco tentava se aproximar e fazer amizade.

_posso sentar? - perguntou colocando a bandeja na mesa em que ela se sentava sozinha.

_não somos amigos - não olhou para ele.

_então vou sentar mesmo assim - se sentou colocando a mochila em cima da mesa.

_mais que saco! Eu não sou sua amiga! Você apenas me ajudou e eu agradeci! Não te devo nada!

_não estou fazendo isso porque me deve - separou os hashi - só quero conversar.

_então acha outra pessoa, não estou a fim de conversar! - se levantou aborrecida e saiu.

O dia inteiro se seguiu assim, com megumi indo onde ela ia, não desgrudava de seus calcanhares. Olhando o mural da escola e lendo alguns avisos, sentiu alguém apoiar o queixo em sua cabeça.

_o que você esta olhando? - a garota corou de nervoso e se afastou - aonde você esta indo?

_não somos amigos! - começou a andar depressa.

_por que você esta andando tão rápido? - ela começou a correr - por que você esta correndo?!

Tentava se esconder dele, mas fracassava ja que ele era estranhamente rápido em lhe achar.

Com o tempo a garota foi cedendo, mas ainda não era tão próxima. Ja não corria mais dele e deixava lhe fazer companhia; fushiguro gostava da sua presença e amava perturbar.

_você é grudento.

_obrigado - deu um beijo no topo de sua cabeça.

Certo dia voltava sozinha para casa, mesmo que megumi quisesse esperar, ela não deixou. Depois de guardar os matériais, saiu da sala e seguiu o corredor que estava deserto. Um ruído lhe chamou atenção, ele vinha de dentro de uma sala; ao observar pela janela da porta, viu o grupo de canalhas fazendo algo imperdoável.

_soltem ela! - eles a olharam, a garota que estava caída no chão sussurrou 'socorro'.

_não se meta, já que ele bastardo não esta aqui para te proteger.

_eu não preciso dele para me garantir em uma briga! - fechou os punhos.

O garoto riu e foi avançando, mas parou arregalando os olhos, a [c/c] inclinou a cabeça para o lado confusa.

_o que deu em você...? - então ela sentiu um frio.

Uma sombra grande se ergueu atrás de si; se virando lentamente, viu o que deixou eles em pânico.

_corram...corram! - ordenou e assim foi feito.

Estava perdida, não sabia o que fazer. Foi a primeira vez na vida que desejou ajuda a alguém. A criatura a jogou na parede, sua mão foi suja com o sangue que cuspiu. Mesmo que não quisesse salvar aqueles caras, algo lhe dizia que era o certo a se fazer. Com muita luta, a garota finalmente conseguiu ferir a maldição; mas em troca a coisa espetou sua perna com sua garra gigante.

Ofegante e escondida, uma dor surreal emanava de sua perna, o sangue não parava de jorrsr. Tirou o casaco e respirou fundo antes de aperta a ferida para estancar o sangramento. Não sabia mais o que fazer, estava cansada e com dor por todo o corpo; até que aquele medo se tornou uma fúria incontrolável ao pensar que morreria sozinha.

_eu não vou morrer...não sozinha.

Tirando forças do seu interior, saiu de trás das paredes com as púpilas dilatadas.

_vem para cima seu monstro - a coisa riu e avançou.

Estou com sede, foi a primeira coisa que veio a cabeça enquanto andava mancando. Estava exausta e com machucado por todo o corpo; seu nariz, boca, cabeça sangravam e seu estômago dóia.

Bateu duas vezes na porta com as últimas forças que tinha; fushiguro abriu e viu o estado deplorável em que estava.

_eu...acredito - sua voz estava rouca.

A uma altura dessas, nem sabia que conseguia chorar, lágrimas rolavam por seu rosto. Indo devagar, apoiou a cabeça no ombro dele.

_estou tão...cansada.

Seu corpo cedeu e caiu para frente, megumi a segurou e afastou o cabelo de seus olhos.

_dorme um pouco, e depois me conta o que aconteceu.

_você é um ótimo amigo - sorriu fraco.

Os lábios de megumi se formando em um sorriso foi a última coisa que viu antes de fechar os olhos.
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Eu não queria que ela morresse, desse jeito o megumi vai sofrer😭😭😭🤧🤧.

Até o próximo se tiver.

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