Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 5

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Depois do jantar e de consolar Charlie,Harley finalmente volta para o seu quarto,os passos apressados e ansiosos.

E,assim que fecha a porta,ela desaba.

As lágrimas escorrem em silêncio,e a morena tem que se afastar da porta para não chamar atenção pelos soluços que solta de vez em quando. Sentando na cadeira suspensa no outro lado do quarto,a Quinn abraça suas pernas,a cabeça deitada nos joelhos.

Ela treme,soluça o mais baixo que consegue,sentindo seu coração sendo prensado pelas muralhas que passou tantos anos construindo em volta dele.

A perda pela mãe dói.

A perda pelo amigo do pai dói.

E o sentimento de solidão também.

Sua respiração fica ofegante,Harley sente uma crise de ansiedade chegando,mas não tem mais forças para pará-la,não tem forças nem para caminhar até a mesa de cabeceira e pegar os remédios – que,mesmo se ela tomasse todos,o efeito não seria de imediato.

A Quinn começa a suar,as muralhas prensando tanto seu coração que sente como se ele estivesse lutando para sair do aperto.

A falta de ar começa a se fazer presente,e ela tem que tirar o moletom – com muito esforço – de tanto calor.

De repente,aquela sensação da qual se medica tanto para fugir chega com tudo. O medo,os pouquíssimos pelos em seu braço se arrepiando,seu estômago implorando para pôr o jantar para fora.

O choro – antes de dor – se torna de desespero,de pavor.

Ela odeia essa sensação,odeia se sentir com medo,se sentir vulnerável.

Mas Harley não pode fazer nada,e sabe disso,então tenta fazer o que sua terapeuta passou anos ensinado-a.

A Quinn começa a contar de um a dez lentamente,chacoalha as mãos,se concentra na própria respiração,tentando regulá-la.

A sensação só começa a passar dez minutos depois.

Já não está mais tão quente,as muralhas não prensam mais seu coração.

E,mais de meia hora depois,finalmente consegue se mexer sem sentir que vai cair ou vomitar.

Suada,Harley pega um pijama qualquer e toma um banho gelado e longo,ainda se concentrando na respiração,agora não tão acelerada.

A Quinn volta para o seu quarto e deita na cama grande e macia,logo sendo consumida pela exaustão mental,caindo em sono profundo enquanto abraça um de seus travesseiros.

E,por algum motivo,Harley queria que Emmett estivesse ali para ajudá-la,para acalmá-la.

E o Cullen queria estar lá para fazer isso,para mostrar que ela pode confiar nele.

É por isso que Emmett está andando de um lado para o outro na sala de estar de sua casa,se perguntando o porquê de não ter insistido para ficar com Harley.

Rosalie revira os olhos à cada quinze minutos. Não entende como uma humana pode ser tão importante para Emmett à ponto de deixá-lo desse jeito.

– Por favor,Emmett,pare com isso,está me irritando – pede a loira,o olhando com irritação.

O moreno suspira,se sentando no sofá ao lado de Alice e Jasper.

– Eu só queria que ela se expressasse,que.. me deixasse ajudá-la – Emmett pensa estar falando sozinho,mas Alice se vira para ele,com pena.

Unexpected love // Emmett CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora