Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 13

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É o último dia de todos reunidos na Casa Grande. Já é domingo à tarde,e é a única vez que Harley consegue — e quer — sair sozinha para a praia.

O último um dia e meio que passou ali a deixou nostálgica e com saudade de sua mãe,mais do que de costume.

Sentada na areia e abraçando os joelhos,apenas vendo o pôr do sol e ouvindo as ondas e gaivotas,a Quinn se deixa afundar nos próprios pensamentos.

O tipo de saudade que sente não é do tipo que a deixa triste e com vontade de chorar. E sim o tipo que vêm junto da nostalgia e daquelas memórias incríveis que,por mais que queira,não pode viver novamente.

O mesmo tipo de saudade que sente toda vez que fica naquela clareira de Forks.

A viagem foi incrível,rever sua família e morar com eles por um final de semana quase inteiro foi incrível e revigorante também.

Mas o fato de Eliza não estar ali a deixa desanimada.

Olhando para trás,Harley vê Candense caminhando em sua direção. A mais velha senta ao lado da sobrinha,olhando para frente.

As duas continuam em silêncio,apenas assistindo ao pôr do sol.

— Queria que ela estivesse aqui — murmura Harley.

A tia suspira,olhando para o céu como quem se pergunta onde o falecido deve estar agora.

— Todos nós queríamos,Leyley. Todos nós sentimos saudade dela também,por isso estamos fazendo essa festa — consola Candense,fazendo carinho no braço da mais nova — Olha pra mim.

A morena obedece,vendo o semblante calmo da tia.

— É difícil para todos nós. Especialmente pra você,Harley,e sabemos disso — diz Candense,colocando uma mecha de cabelo da garota atrás da orelha — Mas ao menos estamos sentindo tudo juntos. Ao menos estamos juntos,compartilhando o que sentimos. Você não está sozinha,Leyley,e nunca vai estar. Você está com a gente.

Harley deixa que uma lágrima solitária caia ao piscar,e Candense a enxuga. Dando um beijo na testa da mais nova,a outra se levanta,dando uma última olhada para o horizonte antes de ir até os outros.

Respirando fundo,a Quinn se levanta depois de alguns minutos,sacudindo a saia de seu vestido branco e longo antes de ir até a festa,bem em frente à Casa Grande.

Vendo as luzes amarelas penduradas nas palmeiras,a mesa de jantar cheia de comida e um agrupamento de lanternas ainda não acesas no canto,Harley sorri minimamente.

— Tudo bem,gente,hora do jantar! — grita Ella,seu vestido branco e solto destacando seu cabelo loiro.

Todos — vestidos igualmente de branco — se reúnem à mesa.

O jantar é cheio de sorrisos e risadas. Cada um compartilha uma lembrança que tem de Eliza,e o que sentiu ao vivê-la.

Todos ali sentem um quentinho no coração,e aquele sentimento de nostalgia se torna algo alegre por um momento.

E,depois do jantar,já de noite,a mesa é limpa para dar espaço às lanternas flutuantes. Agora,ninguém mais está rindo ou conversando. Apenas dando atenção total à sua própria lanterna,e ao que vai escrever no papel que irá ser preso nela.

Unexpected love // Emmett CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora