016. BOAS VINDAS!

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Giovanna Scarpa
📍São Paulo, SP

— Caralho, Raphael... — Já não controlava mais meus gemidos, eu estava cada vez mais viciada e necessitada de seus toques. — Isso... ah...

Bip, bip, bip.

E sinto seus braços me balançarem.

— Gio...

Será que eu estou indo com muita força e assim o machucando? Tudo o que eu não preciso no momento é da torcida me culpando por alguma lesão que eu possa ter provocado em Raphael através do sexo.

Bip...

Outra vez esse barulho, de onde vem essa merda?

— Giovanna, acorda! — Ouço o jogador pedir e desperto no susto e no melhor momento do... sonho. — Bom dia, sua dorminhoca. — Olho furiosa para ele que sorria como uma criança que acabava de aprontar a sua pior traquinagem. — Com o que sonhou? Parecia bom, estava até falando, gemendo ou seja lá o que eram esses sons.

Um sonho erótico com Raphael Veiga.

A que ponto chegamos, Giovanna? Era a pergunta que meus divertida mente mais faziam. De jeito nenhum o jogador descobriria o que meu cérebro projetou enquanto eu dormia.

— Quem morreu além da minha dignidade? — Pergunto, me levantando e indo pegar a primeira roupa que vejo. Um conjunto com cropped e short jeans, perfeito para o calor que fazia em São Paulo.

— Como assim? — Veiga pergunta, procurando ou arrumando algo em uma das gavetas. Estou longe, então, não consigo identificar a ação.

— Nada, esquece! — Digo, penteando o cabelo. — Vamos buscar meu irmão no aeroporto? É bate e volta, hoje ele dorme na casa dos nossos pais e amanhã já vai pra Minas encontrar a Sarah e começar os trabalhos no Galo.

— Não vou poder ir, tenho treino já já! Pode ir com a Jullie, se quiser pega meu outro carro. A propósito, meus pais também não poderão vir hoje, vão com o Gabriel ajudar nas coisas da casa nova. — Apenas assinto.

Tirei carta quando completei dezoito anos mas nunca tive um automóvel para chamar de meu, a ideia dos meus pais era ter uma motorista a mais em casa para alguma emergência. Felizmente nunca nada de ruim aconteceu, então os meus planos mudaram: compraria um carro após terminar a faculdade. Seria mais um sonho realizado, além do meu próprio negócio com Jullie.

— Não tem medo que eu estrague a sua máquina, jogador?

Raphael gargalha.

— Confio em você, gatinha! — Respondeu, me dando um selinho em seguida. — Mas caso aconteça alguma coisa com ele, desconto do seu... salário. — Sinto arrepios ao ouvir isso. Pra ele eu continuo sendo apenas a contratada para o serviço de falsa namorada, mas que ele jura de pés juntos que criou afeto.

— Ah, claro... — Não escondo minha chateação com aquelas palavras.

Outra gargalhada, o que esse cara tá pensando?

— Gio, pelo amor de Deus. Tô brincando contigo! Já esqueceu da nossa conversa? Mesmo que não continuemos juntos, vou estar sempre aqui para o que você precisar.

Me abraça de uma maneira como se não quisesse me soltar e eu faço o mesmo.

— Só coloca gasolina no caminho, tá bem? — Ele pede e eu assinto.

— Cadê esse lerdo? Daqui a pouco começa o Brasileirão e não encontramos ele! — Jullie diz, impaciente andando pelo aeroporto lotado em busca de Gustavo.

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