Eita p**** -Guapoduo-

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– E ai, o que você acha?  - Cell pergunta para Bagi  enquanto fazia seus exercícios matinais e via sua vítima fazer o mesmo.

Eles ainda estavam observando o homem e aproveitava também para correr e manter a forma.

– Acho o mesmo que você, a melhor hora pra passar a faca é de noite mesmo.

– Poisé... Espera ai... - ele diz a avistar algo, ou melhor alguém... Um alguém muito guapito que havia passado a noite conversando com ele, ele era legal e interessante até, apesar de que por incrível que pareça, eles não saberem nem mesmo de seus nomes, sempre se tratando por apelidos, os mais usado eram guapito e gatinho.

– Ta bom mano, qualquer coisa tô aquí. - ela respondeu e ele tira os fones e vai em direção ao tal alguem, ele estava suado e destraido enquanto estava sentado num banco, bebendo água.

–¡Hola!

– ¡Ahh! ¡Pendejo! Que susto! - Roier responde depois de ter se molhado quando pulou de susto quando Cellbit chegou por trás e o comprimentou.

– Ta devendo é? Desculpa guapito. - ele diz se sentando no banco e rindo. - Vem sempre aqui?

– Eu? - ele pensa um pouco, aliás estava la só por um objetivo. - Bem de vez em quando, sabe?

– Ah, sim.

– E você aqui, nessas horas? Que eu me lembre a sua última mensagem foi umas meia noite.

– Minha rotina é meio lascada mesmo, trabalho, sabe? E você que respondeu a minha mensagem aquelas horas?

– Digo o mesmo. - os dois riem. - Ta bom, agora me diz, com o que você trabalha?

Essa pergunta pegou Cell de surpresa, afinal ele não podia dizer que trabalhava matando pessoas, teria que inventar, ou nem tanto.

– Eu sou escritor. - ele responde e os olhos de Roier brilham, um escritor? Isso é muito interessante, ele escrevia sobre o que? Será que ele seria romântico e poético por isso? Ou será que ele só escrevia fanfics? Não deixava de ser poético e romântico... Mas em que Roier estava pensando?? Ele havia acabado de conhecer Cell.

– Escreve sobre o que?

– É meio chato, eu acho, mas é terror sabe? - ele diz se lembrando da época em que escrevia, fazia tempo.

Cell ainda pretendia escrever, quem sabe? Com seu antigo nome o livro havia feito sucesso, se lembrava de "Iniciação - o novo bestseller dentro e fora do Brasil" 6 anos atrás... Talvez viver o terror o havia ensinando a escrever sobre o gênero.

– Uhmmm, interessante.

– E você, com o que trabalhava? - é, essa pergunta pegou Roier de surpresa, aliás, diferente de Cell que ja havia escrito um livro, Roier não havia feito mais nada de interessante alem de o que ele logicamente não podia falar. Havia sim algo que ele havia feito ainda quando tinha seus 18 anos, mas não achava que seria algo de interessante de se falar, pelo menos ele achava isso.

– Nada de interessante não...

– Você é interessante guapito, então o que for, vindo de você deve ser também.

– Eu... Eu desenho! - não, ele não desenhava, talvez um pouco, mas não ao ponto de trabalhar com isso.

– Legal, legal, se os seus desenhos forem tão bonitos como o artista... - ele se levanta do banco. - tenho que ver algumas coisas de trabalho agora, mas então a gente se vê de novo por ai, guapito?

– Com certeza, gatinho!

E assim os dois se despedem, só não esperavam a forma que iriam se encontrar mais tarde...

– Que que deu aquela hora em que você desligou em? - Bagi pergunta, Cell havia acabado de chegar em casa, a que dividia com a Favela 5 e o Richarlyson.

– Só vi alguém e fui cumprimentar. - ele responde pegando uma garrafa de água e começando a beber.

– E quem é esse alguém? - Bagi questiona enquanto fazia um sanduíche.

– Um amigo, por quê?

– Nada, nada não...

– E a Tina? - Bagi trava instantaneamente, Tina era com quem ela fazia alguns negócios mas acabaram trocando números e saindo algumas vezes.

– Ela ta bem, por quê?

– Nada, nada não, só queria saber como tava a minha cunhada. - Cell fala e Bagi instantaneamente cora, elas ainda não tinham algo realmente sério.

– Ela não é a sua cunhada, ainda.

– Ta bom, e quando vai ser? Vocês enrolam de mais.

– A gente que enrola ou você que é um apressado? Vamos mudar de assunto ok? Me fala do seu "amigo" - ela faz aspas com a mão no "amigo".

– Primeiro, por que as aspas? E segundo que não tem nada pra falar.

– Ai, meu querido irmão, se for esse seu amigo o que você passou a noite toda conversando das 6 as meia noite, então você tem algo pra falar e tem o motivo das aspas também.

– Como você sabe?

– Eu sei das coisas mano. Ta, agora me fala, qual o nome do meu cunhado?

– Depois eu que sou o apressado, mas o nome do meu Amigo... - ele pensa um pouco, ele não sabia...

– É??

– É...

– Espera, tu não sabe? Pelo menos eu seio o nome da Tina, to mais rapida que você ainda. - ela ri.

– Vai se fuder Bagriela! - ele pega o sanduíche que ela estava preparando e vai em direção ao seu quarto.

– Meu sanduíche!! - ela grita.

– Perdeu, bocó!

– Desgraçado! Mas tudo certo pra hoje a noite então?

– Sim! - ele a responde.

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